Capítulo 23 - A Chegada

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Dias depois...

- Me ajuda a descer. - Pedi a Vic.

- Daqui a uns dias tu não consegue descer e subir mais essas escadas garota! - Falou ela me ajudando a descer as escadas de casa.

- Vou ter que aguentar. - Falei descendo o último degrau e dando um suspiro de alívio.

- Esse meu sobrinho já da trabalho! - Falou Vic rindo e passando a mão na minha barriga.

- Agora ele precisa se alimentar. Tô morrendo de fome. - Falei indo até a mesa de janta.

Vic veio junto comigo. Na mesa já estavam sentados todos os meus amigos, mamãe e meu amor.

Me sentei ao lado de Thomaz que me recebeu com um beijo na testa.

- Daqui uns dias tu vai ter que carregar ela mano. - Falou Gabriel com a boca cheia.

- Olha os modos! - Paloma deu um tapa nele. - Mais é verdade Thon, a cada dia parece que a barriga cresce mais. - Falou se virando para Thomaz.

- A carregarei com muito prazer. - Disse ele e piscou para mim.

Todos fizeram " onw" em conjunto e rimos.

Já fazia alguns dias que tinha saído do hospital e que tudo que passei tinha deixado para trás. Ver essas pessoas, meus amigos, minha mãe e meu amor, todos. Todos eles juntos, rindo e conversando alegremente não tinha preço. Tudo que passei, eles estiveram ao meu lado, mesmo que a distância. Todos sofreram comigo, me deram forças para continuar e principalmente fizeram seus extremos para ficar do meu lado. Isso é a maior prova de amor, apesar de tudo, da distância, das dificuldades que passamos, sempre no final continuamos juntos, levamos a vida juntos.

Olhei para o rosto de cada um e memorizei cada traço, cada riso. Levaria eles, independente do que aconteça, para sempre comigo. Vic que encontrou seu olhar com o meu, piscou par mim. Retribui a piscadela e sorri alegremente para ela.

O fim do almoço demorou a chegar, tinhamos muito que conversar. Mas infelizmente chegou a hora de dizer adeus a meus amigos.

- Pegaram tudo crianças? - Perguntou mamãe a Paloma e Gabriel.

- Pegamos! - Disse Paloma se despedindo de mamãe e falando algo que não consegui ouvir.

- A gente já vai baleia. - Falou Gabriel me abraçando e rindo.

- Não se esquece que ainda posso te dar um chute. - Respondi e pisquei rindo também.

- Opa! A gente ainda não teve filhos Thay. - Falou Paloma voltando para perto de Thomaz e eu. - Sentirei falta dos dias que passei aqui com vocês. - Falou ela me abraçando e depois abraçando Thomaz.

- Também amiga.

- Se cuidem. E venham ver a gente logo. - Falou Thomaz.

- E quando tu volta pra faculdade? - Perguntou Gabriel a Thomaz.

- Não sei cara. Tô procurando um emprego por aqui, mas logo tô de volta. - Disse ele.

- Vamos amor. - Chamou Paloma.

Nos quatro trocamos abraços demorado e Paloma e Gabriel entraram no táxi e foram embora.

- Acho que agora é minha vez. - Falou Vic descendo as escadas com suas malas.

Thomaz a ajudou a descer, se despediu e entrou em casa deixando só eu e minha amiga lá fora.

- Sentirei falta de você de mais amiga! - Disse em pulando em mim me abraçando. Nos duas já estavamos chorando. Duas mantegas derretidas.

- Não quero que vá.

- Eu tenho que ir baleia. - Riu. - Minhas " ferias" acabaram. Mas logo voltarei para o casório e para conhecer meu afilhado. - Alisou minha barriga.

- Não vai demorar. - Ri.

O táxi que ela havia pedido chegou.

- Tenho eu ir amiga. - Falou triste. - Se cuidem, comam direito e não fiquei descendo e subindo aquela escada feito louca.

Ri alto.

- Ok senhora minha mãe. - Falei rindo. - Sentirei falta. Se cuide amiga. - Dei um beijo em sua bochecha.

E com um último e apertado abraço e um último beijo na testa, ela se foi.

A saudade tomou conta de mim...

2 Meses depois...

Acordei com aquele barrigão pesado e fui ao banheiro. O dia anterior não tinha sido os dos melhores pois as contrações estavam começando a vir com mais frequência e mais fortes. Me troquei e coloquei um vestido florido. Desci as escadas com muito cuidado e encontrei Thomaz na cozinha fazendo o café.

- Bom dia amor. - Falei.

- Bom dia flor do dia! - Falou ele sem se desligar das panelas no fogo. - Dormiu melhor.

- Um pouco só. A falta de ar é grande, mas agora tô bem. Só com muita fome. - Disse pegando uma maçã.

- E o garotão. Ele tá querendo uma comida bem reforçada. - Falou ele é eu ri. - Já sai o café da manhã. - Disse ele a minha barriga.

- Onde está mamãe? - Perguntei.

- Ah, ela acordou bem cedo e já foi para o hospital.

- Ah...

Comecei sentir uma contração forte e fui em direção a mesa para poder me sentar. Mas parei. Senti algo úmido escorrer pelas minhas pernas. Água. O contração agora era muito forte. A baixo dos meus pés, uma pequena poça de água se formou. A bolsa tinha estourado.

- Thomaz! - Gritei.

Ele veio correndo.

- Oi...? - Seu olhar era de confusão. - Amor, no conseguiu chegar até o banheiro a tempo?

A dor já era mais forte.

- Não seu bocó. A bolsa. - Ele me olhava em confusão. - O bebê. Ele vai nascer.

Finalmente ele se ligou do que estava acontecendo.

Ele deu um leve sorriso e olhou para mim que retribui o sorriso.

Tinha chegado a hora. Meu bebê estava por vir.

Tudo Que Vem Depois - 2 livro de A Baixinha E O Playboy.Onde histórias criam vida. Descubra agora