- Oi querida. - Disse mamãe assim que desembarquei.
- Oi. - Disse tando um abraço forte nela.
- Como está? - Perguntou.
- To bem. - Disse dando de ombros.
Ela me olhou nos olhos séria, sabia que minha resposta estava errada. Estava na cara.
- Eu só estou cansada mamãe. Meus pés estão inchados e estou com um pouco de dor nas costas. Só quero dormir. - Falei antes que ela falasse algo.
- Ok minha flor. Vamos. - Disse ela rendida.
Fizemos o trajeto todo em silêncio. Estava perdida de mais em meus pensamentos para puxar assunto com mamãe. Quando avistei nossa casa de longe, percebi a enorme saudade que sentia daquela casa. Por mais que fizesse pouco tempo que morasse lá, foi nessa casa, nessa cidade em que eu descobri os verdadeiros amigos, descobri o amor e o mais importante: me redescobri. Tudo que passei ali, por mais curto tempo que fosse, foi essencial para me ajudar a me libertar do passado de vez e conseguir seguir em frente.
- Chegamos. - Disse mamãe desligando o carro.
- Vou pegar as malas. - Disse saindo do carro.
- Não. Deixe que eu faça isso filha. Vá para seu quarto de descanse um pouco.
Concordei com a cabeça e entrei em casa. Da porta, observei todo o ambiente. Tudo estava do mesmo jeito que deixei. Subi as escadas correndo e quando cheguei em meu quarto vi tudo no seu devido lugar. Minhas poucas fotos de quando eu era criança, umas de hoje em dia com meus amigos. Minha cama perfeitamente arrumada com meu lençol roxo preferido. Minhas poucas roupas que havia deixado estava todas lavadas, passadas e dobradas em meu quarda-roupa.
Me joguei na cama encarnado o teto. Tudo agora era calmaria dentro de mim, apesar do caos aqui fora. Me senti segura estando do ambiente que serviu de libertação para mim. Estava feliz por ter voltado para casa, por viver novamente com mamãe. Tudo por um segundo pareceu em seu devido lugar, mas me lembrei. Me lembrei dos motivos que me trouxeram novamente para cá, das consequências que isso traria, da dor e saúde que isso causaria. Mas no meio de tanta confusão de pensamentos e sentimentos surge a esperança. Esperança de ver meu bebê bem e seguro, de dar a ele o conforto necessário que em um nine apartamento com quatro adultos não daria. Isso me motivava a ficar e enfrentar a dor e saudade de tudo que deixei lá. Isso agora era meu porto seguro.
Adormeci calmamente e tive sonhos que não consegui me lembrar. Meu corpo relaxou tanto que parecia que não dormia a dias. A turbulência por um minuto passou e a paz me tomou.
Quando acordei já era noite, estava soada do calor que ali fazia. Peguei algumas roupas na mala em que mamãe em algum momento havia colocado em meu quarto enquanto eu dormia e fui tomar um banho.
Depois de banho bem tomado, desci as escada e sem perceber as pessoas que na sala se encontravam fui em direção a cozinha.
- Oi Thay. - Uma voz conhecida me chamou atrás de mim. Congelei.
Me virei e pude ver na sala todos os meus amigos, Carlos, Camila, Gustavo, Paula, João e Cezar. Todos eles ali, bem na minha frente me olhando emocionados.
Corri para abraça-los. Sentia uma saudade tão grande e desconhecida de cada um deles.
- Eu... Eu estava com tanta saudade de vocês! - Disse limpando as lágrimas que caíam de meus olhos.
- Nós também Tha! - Disse Camila me abraçando mais uma vez. - Você nos deu um susto garota! - Exclamou a mesma me dando um leve tapa no ombro.
- Nos ficamos realmente preocupados contigo Tha. - Falou João.
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Tudo Que Vem Depois - 2 livro de A Baixinha E O Playboy.
RomanceSe tudo fosse fácil a vida não teria graça. Para um amor ser verdadeiro e durar, ambas as pessoas tende a lutar por isso. E por mais que aconteçam coisas para separar esses dois, o amor fala mais alto.