CAPITULO-1
Chovia bastante na cidade de Minerva, tudo era negro, apenas as luzes dos grandes vaga-lumes compridos iluminavam a rua, prédios enormes, e uma densa neblina se alastrava. Havia um homem vestido de peto, ele carregava uma mala na mão direita, usava capuz e jaqueta de couro, calça e sapatos jeans, ele observava atentamente uma casa, a única da rua que estava com as luzes da casa acessas, em passos curtos ele se aproximava, não se importava com a chuva, apenas fitava a janela direita, onde uma jovem por detrás do vidro, o olhava densamente, ficou parado frente a porta e esperou alguns segundos antes de bater, havia pegado um cigarro de seu bolso, mas o derrubara.
- já vi que vou ficar de mal humor- disse olhando para o cigarro, que se estragava por causa da chuva.
Bateu na porta, apenas três batidas, então escutou ao longe uma voz gritando- já vou- percebeu o tom choroso. Quando a porta abriu, deu de cara com uma mulher, aparentava ter vinte e três anos, cabelos loiros e longos, olhos verdes e tristes.
- padre? - perguntou ela.
- não exatamente- disse o rapaz.
- ainda bem que veio, eu não aquento mais- ela se jogou nos braços do jovem- a cada dia ela piora, não come, não fala, nem mesmo sai do quarto- disse a senhora.
- segundo andar a direita? - perguntou ele.
- como sabe? - perguntou-lhe a mulher lançando um olhar de duvida.
- intuição masculina- disse o rapaz já subindo as escadas.
A casa ia esfriando, ate chegar ao ponto de ver sua própria respiração, a porta do quarto estava aberta, o jovem da um suspiro e continua a andar, a mãe da suposta garota possuída, acompanhava em passos curtos.
- ela não está- disse ele.
- como assim?, ela nunca sai do quarto- diz a mãe da garota.
Escutasse rosnados vindo de dentro do quarto, o rapaz então decide entrar.
- haha- apontando pro teto- eu achei ela- disse sorrindo.
a garota engatinhava pelo teto como se fosse uma aranha, ela rosnava e co voz grossa gritava palavras de baixo escalão.
A porta do quarto fecha, ela lentamente cai em sua cama, fita os olhos no rapaz e lá fica.
- qual seu nome, garotinha?, eu me chamo Danilo- o rapaz coloca sua mala sobra a cômoda do quarto.
- essa vaca é minha- a garota disse com voz grossa.
- bem, vai sair de dentro dela, quer queira quer não- ameaçou o rapaz, sem tirar os olhos de um livro que segurava.
- quero ver voce tentar- ameaçou a entidade que habitava dentro da garota.
A cama da garota começou a levitar, e chacoalhava pro lado e por outro.
Danilo se direciona para frente da cama, Poe um crucifixo em cima dela, a mesma parou de levitar.
- tira isso daqui- disse o demônio.
- por que voce não tira? - pergunta Danilo.
- não brinque comigo- ao gritar toca a casa se estremece.
- voce está com medo- diz Danilo.
- não- diz o demônio.
Horas se passaram e finalmente Danilo sai do quarto.
-ela está bem? - pergunta a mãe, já desesperada.
- ta sim- diz Danilo, abrindo a porta e indo embora.
A mãe sobe correndo as escadas, ao entrar no quarto da filha, ela não consegue se manter em pe, cai de joelhos não acreditando em que seus olhos estão vendo.
Todo o quarto havia sido destruído, paredes rachadas ate o teto, as pernas da cama estavam tortas, corvos mortos no chão, e bem no fundo do quarto escutava-se o choro abafado da criança, estava no canto esquerdo do quarto em cima de um manto branco, serpentes tentavam atacar a garota, mas morriam a chegar perto dos pés de uma imagem de nossa senhora de Fátima, estava escrito com sangue, em cima da garota, o seguinte versículo '' tu serás inimiga das mulheres, eis que a geração delas esmagaram a tua cabeça e a cabeça dos teus dessedentes ''.