CAPITULO-7
Era manhã, por volta de dez horas, o sol brilhava forte, Henrique andava pelas ruas da cidade, usava uma calça jeans preta e apertada, blusa xadrez de cor vermelha e prata.
Ao chegar na praça da cidade, chamada praça do reencontro, ele senta no banco, olhava fixamente para os prédios, olhava para as pessoas andando pro lado e pro outro.
Alguém devagar se aproxima, cobre seus olhos e pergunta.
- adivinha quem é- diz a pessoa.
- será que é o André?! - Henrique lança uma pergunta retórica.
Ele levanta do banco e abraça o amigo.
- estava com saudades- diz Henrique.
- eu também estava- diz André.
Lucas estava em seu quarto, ainda estava com o tabuleiro, mexendo sem parar para tentar descobrir o que era, ele sem querer derruba um pedaço da parte da frente.
Ao virar, fica surpreso, pois pedaço arrancado dava inicio a um quebra cabeça.
Juntando todas as peças ele consegue quebrar o enigma, ao junta a imagem do jogo, o tabuleiro abre, mas não havia nada la dentro. De pressa, ele se dirigi a casa dos seus amigos.
- Gabriel, nós já esperamos bastante, voce reconheceu o demônio, agora diga o nome dele- diz Danilo.
- é aquele que traz a desgraça com o vento e a peste- diz o anjo.
- diga logo o nome, pinóia- Danilo começa a gritar.
Antes que o anjo dissesse, Lucas abre a porta do apartamento.
- pazuzu- diz Lucas, mostrando a imagem do quebra cabeça.
- quem? - pergunta vitoria.
- o demônio- responde o anjo.
Logo em seguida, Henrique e André entram na casa.
- pazuzu- diz Danilo.
- André- diz vitoria.
- André? - pergunta Lucas.
- vitoria- diz André.
- Danilo- diz Henrique.
- Lindalva- diz Danilo.
Todos ficam se entreolhando.
- quem é Lindalva? - pergunta vitoria.
- uma exorcista que conheci, ela já exorcizou pazuzu- diz Danilo.
- cadê ela? - pergunta Lucas.
- morta, pazuzu devorou a alma dela- diz Danilo.
- por que estamos falando de pazuzu? - pergunta Henrique.
- é o nome do nosso demônio- diz vitoria.
- eu descobri que esse tabuleiro era um quebra cabeça, e quando montei, mostrou a foto de pazuzu, o tabuleiro abriu, mas não tinha nada dentro- diz Lucas, sem tirar os olhos de Henrique e André.
- legal. Gente, olha, o André veio me visitar- diz Henrique.
- tanto faz- diz Danilo.
- pode explicar melhor, a parte que o tabuleiro abriu? - pergunta vitoria.
- sim- responde Lucas.
Antes que começasse.
- esse tabuleiro guardava um artefato antigo, as bruxas enterraram junto com pazuzu, esse objeto nas mãos erradas, pode causar um grande problema, pois ele pode fazer o demônio habitar dentro de um corpo- diz o anjo.
- mas isso já acontece, se chama possessão demoníaca- diz Danilo.
- acontece que, o artefato faz o demônio habitar pra sempre, aquele corpo se torna do demônio, ele fica fixo, e assim se torna um '' ser humano '', e não vai poder ser exorcizado- diz o anjo.
- Eduarda, foi por isso que ela voltou, ela está com o artefato... anjo, e Lucas, n'so vamos atrás dela, vitoria, prepare um feitiço de selo de corpo- diz Danilo.
- e eu? - pergunta Henrique.
- André veio te visitar, mesmo sabendo o que nós somos, ele não tem nenhum tipo de habilidade que possa nos ajudar, e voce ainda está fraco, fique com ele hoje- diz Danilo.
E todos se dispersam para seus deveres.
- vamos dar uma volta? - pergunta André.
- vamos sim- responde Henrique.
Vitoria foi ate seu quarto, pegou seu grimorio, quando virou foi atingida na cabeça por uma barra de ferro, logo levantou, agarrando os quadris da pessoa que a atacou, e a jogando no chão, viu que era Eduarda.
- voce? - diz vitoria.
- preciso de voce queridinha- diz Eduarda.
Eduarda a empurra para trás, a pega pelo cabelo e joga em cima da cama, puxa um pedaço de doce do seu bolso, e enfia na boca de vitoria, fazendo-a comer.
- o que é isso? - pergunta vitoria.
- é um docinho especial, não permite que voce use magia por vinte e quatro horas- diz Eduarda.
Vitoria corre, desce as escadas, sai do seu apartamento, e foge para a saída de emergência.
Descendo as escadas, ela pula para uma corda , que a fez descer ate o ultimo andar.
Sai do apartamento pela porta de trás, que dava em um beco sem saída, pois no lado esquerda havia uma parede, e no direito Eduarda.
Vitoria correu para a parede, mas Eduarda a alcançou, antes que subisse, a agarra pelas costas e a joga no chão, e pisa em cima de seu peito.
- voce vai me ajudar a fazer um feitiço- diz Eduarda.
- não sou obrigada- diz vitoria e forma de deboche.
- é sim, se não Henrique morre- diz Eduarda.
- não pode fazer nada contra ele- diz vitoria.
- mas o André pode- diz Eduarda.
Vitoria faz cara de surpresa, e leva um soco de Eduarda, que a deixa desacordada.
A puxando pelo pé direito, Eduarda leva vitoria ate o carro, a joga no porta malas e vai embora.
Henrique e André passeavam.
- estava com saudades- diz Henrique.
- voce não era o único- diz André.
Um silencio toma conta dos dois, ate que Henrique quebra isso.
- voce disse que me amava, e depois foi embora, voce faz idéia de como me senti ? - pergunta henrique.
- seu único problema- diz André.
- o que? - pergunta Henrique.
- voce se apaixona demais- pararam ao lado de um carro preto, André sacou uma arma e apontou na cabeça de Henrique- Henrique, sempre a dama de honra, nunca a noiva, entra no carro- diz André, sorrindo.
Henrique senta no banco de trás, André da a volta, senta na cadeira do motorista, quando olha para o lado, é atacado por Lucas, que bate sua cabeça dez vezes no volante, matando André.
- e pensar que voce estava se atirando pra esse cara- diz Lucas.
- pessoas se enganam- diz Henrique.
- mas voce se engana demais, não seja tão idiota, as pessoas são traiçoeiras, nunca acredite em um '' eu te amo '', isso só fode voce, mais e mais- diz Lucas, saindo do carro.
Henrique fica parado no banco de trás, olhando para o cadáver do seu amigo.
Eduarda leva vitoria para dentro de uma gruta, joga ela da escada, descendo logo em seguida, abre a porta e chuta vitoria para dentro.
- quem é? - pergunta vitoria apontando pro caixão.
- meu pai, e voce vai ressuscita-lo- diz Eduarda.