31º Capítulo - Drag Me Down

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#Niall Pov On#

O estúpido do alarme do meu estúpido telemóvel toca e eu rebolo na cama, tentando desligá-lo.

O que corre mal, já que fui para o lado oposto da cama e acabei por cair no chão alcatifado. Boa maneira de começar o dia, Horan, pensei e levantei-me com custo.

Olhei para o grande espelho que tinha num canto do meu quarto. Estava com umas horríveis olheiras, que não consigo disfarçar, nem mesmo que eu usasse maquilhagem, que eu não uso. O meu cabelo estava uma confusão. Pelo menos, uma bela confusão. Decido nem sequer o pentear.

Olho para o meu corpo apenas coberto pelos meus boxers pretos e noto que ele está muito mais trabalhado do que à anos atrás, em que era demasiado magro, mesmo com a quantidade de comida que ingero diariamente.

Relembro-me da primeira vez que me olhei neste espelho e o meu tamanho era metade dele. Agora sou mais alto que ele. Mantenho o mesmo cabelo loiro pintado e os mesmos olhos azuis. Estes agora muito mais cansados.

Eu não consegui dormir de maneira nenhuma a noite passada. Dei mil e uma voltas na cama e mesmo assim, a minha mente estava demasiada desperta para conseguir fechar os olhos. Fiquei apenas a olhar para o vazio escuro que se instalava pelo meu quarto. A única luz que entrava era a Lua que brilhava lá fora.

Alguém me disse que se pensares na tua vida perfeita te ajuda a adormecer. Tu sabes exatamente quem foi. Foi a Dais- , impeço o meu cérebro de sequer acabar de relembrar o nome da rapariga de olhos escuros, o contrário dos meus.

E eu pensei, eu juro que tentei. Mas pensei em mim, quando fosse adulto, era um futebolista ou músico e era casado e tinha filhos. Eu pensei em todas as raparigas com que já namorei. Todas. E eu tenho uma grande lista delas. E nenhuma parecia incapaz de preencher esse papel.

Sem ser ela. Ela com os seus cabelos compridos castanhos claros, os seus olhos negros misteriosos e o seu sorriso caloroso. Eu já imagina o nosso casamento, os nossos filhos, a nossa casa. Relembrei-me de tudo o que passei com ela. E desejei estar a enrolá-la nos meus braços durante a noite. Mas isso é impossível.

E com ela, refiro-me à Day-Day.

Tiro-a dos meus pensamentos, já demasiado irritado e dou com o meu punho no vidro do espelho. Não suficiente para me magoar, mas para o deixar cair. " Não, não, não. "

Consigo-o agarrar, quando estava a poucos centímetros do chão do meu quarto, demasiado desarrumado. Eu gosto dele assim, mas a minha mãe não concorda da mesma opinião.

Rio-me das minhas figuras e isso alegra o meu estado de espírito.

Hoje é um novo dia. Uma nova maneira de recomeçar. Mais uma conquista.

Sinto que a sensação de ser amado é muito melhor que amar. Porque eu não amo as sempre novas, raparigas com que estou diariamente. Mas elas sim. E para mim isso chega-me. Ajuda a esquecer a rapariga que ainda está na minha turma.

Chega de pensar nela!, grito interiormente. Quem será hoje a sortuda que me vai amar?

A Sarah tem um corpo de deuses, mas é irritante como tudo. Só a sua voz, estraga-me os tímpanos. Mas por hoje serve. Não me apetece conhecer raparigas novas e convencê-las a amar-me. Esta já me ama. Jesus, mas eu nunca a amei.

Dirijo-me para a minha casa de banho e dispo a única peça de roupa que tinha vestida e atiro-a para o cesto, que estava lá para a roupa suja.

Entro no chuveiro e ligo a água fria para me acordar. Acorda-me e desperta-me. Desperta-me o frio que está hoje e eu estou a tomar banho de água fria. Sinceramente, onde é que eu tenho a cabeça? No teu casamento com a Da- ! Basta de este assunto!

3 YOUS & IOnde histórias criam vida. Descubra agora