Capítulo 1

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Ouvi a porta ser aberta rapidamente, mas ignorei.

 — Bom dia, senhorita Patrícia! – ouvi a voz da minha governanta, Pietra.

Senti alguma coisa queimar o meu rosto, obviamente que a Pietra abriu as cortinas.

— Está um lindo dia para ficar deitada nessa cama! Vamos, levante-se.

Abri os olhos e vi Pietra — como sempre bela —, seus cabelos negros amarrados em um perfeito coque só deixando a franja solta, seus olhos verdes estavam apenas com um rímel, ela estava usando um batom vermelho matte e estava vestindo seu uniforme de sempre — um blazer branco, um vestido preto colado que vai até o joelho e um salto agulha preto também —, que deixava ela sexy demais.

-— Bom dia, Pietra — falei e boceje. 

— Levante-se e arrume-se. O café da manhã será servido daqui a 40 minutos.

— Sim, senhora.

— Não atrase-se.

— Não, senhora.

Pietra saiu do meu quarto e me sentei na cama, observei a minha gata — Safira — a dormir tranquilamente na cama dela. Safira é linda, seus olhos são azuis e seu pelo branco.

Me levantei e fui até o closet, peguei uma calça de couro preta que valoriza o meu traseiro e a camiseta do meu colégio, peguei também um salto agulha preto.

Fui até o banheiro e tirei a minha roupa, preparei a banheira e entrei, me lavei e sai da banheira, me sequei e me vesti, deixei o meu cabelo solto e passei apenas um rímel. Sai do banheiro e peguei o meu celular que estava em cima do meu criado-mudo, sai do quarto e desci as escadas, que davam na sala de jantar.

— Bom dia, filha — mamãe falou quando eu sentei no lado dela.

— Bom dia, dona Clarisse.

— Dona não, mãe.

— Bom dia, mãe Clarisse.

Mamãe revirou os olhos e eu comecei a comer.

— E eu não existo? — meu padrasto falou me olhando.

— Infelizmente, Gustavo, você existe — meu celular tocou e olhei no visor, era papai — meu verdadeiro pai ligou, com licença.

— Seu pai que te abandonou.

Olhei para Gustavo e me deu vontade de pular no pescoço dele, mas eu apenas me levantei e fui para a sala, em seguida atendi o celular.

— Bom dia, flor do dia! — papai disse animado.

— Nossa que animação. Bom dia para você também, pai.

— Estou animado mesmo, mas não é atoa.

 Por que você está animado?

— Vou voltar para o Rio de Janeiro!

— Sério?!

 Sério, só que tem um problema.

— Qual?

— Eu vou morar um pouco longe.

— Aonde?

— No Complexo do Alemão.

— Por quê?

— Não tenho tempo para explicar. Eu tenho que sair, tchau filha.

A patricinha do alemão (em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora