A patricinha do alemão (em revisão)

Capítulo 6

— Boa escolha, Pat né? — Gabriel falou com um sorriso simpático

— Sim, demora muito pra fazer?

— Não, menos de 1 hora.

— Ótimo.

— Vou fazer o desenho e já volto, podem ficar a vontade.

Sentamos em um sofá que tinha lá e o Gabriel saiu.

— E então é aqui que você faz os seus rabiscos?

— Sim.

— Só tem esse estúdio aqui?

— Não, mas na minha opinião esse é o melhor.

— Quem sabe que se os meus pais não me matarem eu faço essa tatuagem virar permanente.

— Não vai falar que é de henna?

— Não, eu quero vê o que eles vão falar.

— Boa sorte então.

— Sua primeira foi com quantos anos?

— 16, só que eu não tenho só essas.

— Não?

— Não, eu tenho algumas escondidas.

— Escondidas?

— Sim, algumas só se eu tiver com cueca da pra ver.

— Ah, entendi, a tia não te matou?

— Se eu tô aqui eu acho que não. — Rick falou rindo

Dei uma risada sarcástica e dei um soco no ombro dele.

— Muito engraçado...É sério, ela ficou brava?

— Brava ela ficou, mas você sabe como é né? Ela sabe que eu amadureci rápido demais e que as tatuagens é uma forma de mostrar quem você realmente é...Cada tatuagem do meu corpo fala alguma coisa.

— Essas caveiras, o que quer dizer?

— Essas no meu peitoral?

— Sim.

— Xi, é antiga, uma das primeiras, nem lembro mais.

— Não parece que é antiga.

— Quando as minhas tatuagens perdem cor eu volto aqui e retoco.

— Ahh, entendi.

— Só uma dica, cuidado.

— Por que?

— Tatuagem é um vício, você faz uma e não para...Ah, também cuidado com o que você vai tatuar.

— Entendi, obrigada.

— Nada.

Gabriel entrou segurando um desenho e caminhou até mim.

— Onde quer fazer?

— Nas costas, perto do ombro direito.

— Ok, pode me acompanhar?

— Claro.

Me levantei e acompanhei ele até uma sala.

— Deita na maca de bruço e sem blusa, por favor.

— Ok.

Tirei a minha blusa e deitei na maca de bruço, Gabriel colocou o papel com desenho nas minhas costas e depois tirou

— Você vai sentir uma coisa gelada, é a tinta, ok?