A patricinha do alemão (em revisão)

Capítulo 97

- Tia, esse Matteo, é novo na favela?

- Não sei nada sobre ele querida, na verdade ninguém sabe nada sobre ele

- Jura? Que misterioso

- Eu só sei o nome e o sobrenome, já que de Matteo eu não tenho só um cliente... Matteo Dominick

- Isso é estranho

- É sim, mas cada um no seu quadrado

- Sim tia... Bom, vou indo, quanto deu?

- Que isso querida, não deu nada, é por conta da casa

- Obrigada

- De nada, querida

Dei um abraço na tia e fui andando até o shopping, entrei e logo vi a Isabelly, que ficou me procurando, já que não me reconheceu

- Isabelly? – falei indo até ela

- Desculpa, eu te conheço?

- Sim, à muito tempo aliás

Ela ficou me olhando e deu um sorriso

- Pat! – ela falou me abraçando

- Finalmente

- Mulher, tu mudou hein

- Pois é, é uma longa história

- Mas por que shopping?

- Preciso de roupas

- Ahh, agora tá explicado

- Tô literalmente quase sem nenhuma roupa

- Nossa, por acaso tu fugiu do Rick?

- Mais ou menos

- Que?!

- É, eu ainda vou explicar tudo, mas com calma

- Tudo bem, mas quero saber de tudo mesmo hei

- Tu vai saber, Isa

- Ótimo, aonde vamos primeiro?

- Não sei, vamos andando por aí e entrando nas lojas que me interessar

- Tudo bem então

A gente ficou andando e entramos em quase todas as lojas, quando terminamos vi que estávamos com várias sacolas

- Eu não sei você Isa, mas tô morrendo de fome depois dessas compras

- Ah, eu também estou

- Vamos para a praça de alimentação?

- Vamos sim

Fomos para a praça de alimentação e fomos no bk, fizemos os pedidos e logo eles estavam prontos, sentamos numa mesa e a Isa me encarou

- Que foi? Tem algo sujo?

- Não, pode começar a falar o que aconteceu

- Tudo bem – revirei os olhos e contei tudo – bom, foi isso

Isa me olhou e bateu com a mão dela na testa da própria

- Patrícia, era óbvio que ele se envolvia com tráfico, só você que não via

- Eu só não quero que ele morra em um tiroteio e os meus filhos cresçam sem pai, sabe?

- Como ele? – isso me desmoronou – Patrícia, ficar longe dele, fingir que ele não existe, afastar os seus filhos dele só por isso, não é a mesma coisa de criar eles sem pai? Só que a única diferença é que o pai deles ainda vai estar vivo, mas não vai poder ver eles... Ah, tu não acha que se afastar e afastar as crianças dele não é um motivo à mais para ele se matar?

Merda! Odeio a Isabelly porque ela sempre está certa e as vezes isso é bom, eu admito, como agora, eu não sabia o que fazer e ela me deu uma luz

- É, tu tem razão

- Sempre tenho... Da uma chance, vocês podem ser muito mais feliz do que imagina, basta ter paciência e dar uma chance

- Vou fazer isso, mas e se não dar certo? Vai ajudar à recolher os cacos?

- Todos eles

Continuamos a comer e a conversar, Isa falou que ia me ajudar à levar as coisas para casa,  chegando em casa vi Matteo sentado no sofá conversando com o meu pai, engoli a seco

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Capítulo 4/5 da maratona