Capítulo 2

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 — Que foi?

 — Sei muito bem quem ele é, e o tipo de homem que ele é.

 — O que quer dizer com isso?

— Não quero você perto dele.

— E por que não?

— Ele é o "chefão" do Morro do Alemão — Adriel falou fazendo as aspas com os dedos.

— Isso eu sei, o que tem de ruim?

— Ele é traficante.

— Não, isso ele não é.

— É sim, da pra vê na cara dele.

— Não fale assim dele na minha presença, você não conhece ele como eu conheço.

Me virei e entrei na escola, todos estavam com os seus grupos de amigos, procurei a minha melhor amiga e quando eu achei, corri até ela.

— Isabelly! — falei abraçando-a.

— Nossa, pra que isso?

— Eu estava com saudades.

Larguei ela e a mesma me olhou estranha.

— Quase que você se atrasa.

— Eu sei, mas você não sabe o que aconteceu.

— O quê?

— Minha mãe não teve tempo de me levar e o meu padrasto ia me levar, só que você sabe que eu não suporto ele, ai eu falei que eu ia de a pé e ele mandou eu ir.

— E você foi?

— Claro, só que no caminho eu encontrei um velho amigo que me deu carona.

— Hum, que amigo?

— Ahh, um amigo de infância.

— Adriel sabe?

— Sabe e viu ele, não gostou nada disso e até falou pra eu me afastar.

— Por quê?

— Deve ser porque ele é moreno, forte, alto e tatuado.

— Bem como você gosta né?

— Claro, mas eu sou fiel ao Adriel.

— Você eu acredito, mas ele nem a pau.

— O que quer dizer com isso?

O sinal tocou e a Isabelly me olhou com um sorriso forçado.

— Vou nessa, beijos — Isabelly falou me dando um beijo na bochecha.

— Tchau.

Isabelly começou a se misturar na multidão e logo sumiu, fiz a mesma coisa e entrei na sala. A primeira aula foi de biologia, logo foi de filosofia e o sinal do intervalo tocou.

Sai da sala e fui na direção da Isabelly.

— Oi.

— O que você quis falar com aquilo, Isa?

— Melhor você abri os seus olhos.

— Por quê?

— Eu não queria falar mas vou...a Tamisa não para de dar em cima do Adriel e parece que ele está gostando.

Tamisa! Odeio ela! Ela sempre quer o que é meu desde da 1° série.

— Vou ficar de olho, obrigada.

— Magina.

Sorri e senti braços envolver a minha cintura, me virei um pouco e percebi que era o Adriel.

A patricinha do alemão (em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora