Nossas Escolhas

8- Será?

Minha mãe saí do quarto e vai para o banheiro. Eu continuo sentada em minha cama pensando em tudo que está acontecendo. Meu celular vibra.

" Amigaaaaaaaaaaaaaa. Porque você não me atende? Já liguei umas dez vezes e nada. Me liga por favor!!!! "

Não pensei duas vezes. Liguei para Katy no mesmo instante. Ela atende. Parecia muito feliz.

" Finalmente ne sua vaca. Já tava tendo um ataque aqui. "

" Aí como é exagerada essa minha amiga. "

" Mais você ama essa exagerada. "

" Troxa. "

" Nem te conto Miga "

" Oque você aprontou agora Katy? "

" Ai nossa, não fala assim. Só queria te contar quee ... "

" Vai logo sua puta. "

" EU E O CARLOS VOLTAMOS. "

" QUE ? "

" É isso mesmo que você ouviu. Ele me pediu perdão e eu aceitei. Não é legal? "

" Não Katy! Aquele cara é um idiota. "

Carlos é o ex da Katy. Eles terminaram quando eu encontrei ele se engolindo com a Lauren. Eu fui correndo contar pra Katy. Ela ficou umas duas semanas sem sair do quarto se entupindo de chocolate e sorvete, mas não demorou muito pro jeitinho louco dela voltar. Mais cara. Porque ela foi fazer essa burrada?

" Nossa Aurora. Não fala assim né poxa. Pensei que você fosse me apoiar mais eu tava enganada. "

" Como você quer que eu apoie isso? Esqueceu o quanto ele te fez sofrer sua louca? "

" Não Aurora, eu não esqueci. E também não precisa ficar lembrando né? "

" Aí Katy, ainda não acredito que você fez isso. Como tudo isso foi acontecer? "

" Ta, vou contar. "

Ela ficou umas meia hora falando, até que, finalmente, ela cala a boca.

" Olha, vou deixar uma coisa bem claro! Se aquele viado te magoa de novo, eu faço ele se arrepender de ter nascido. "

" Ta sua louca. Minha mãe ta me chamando pra ir jantar. Beijo Panqueca."

" Beijo Pudim. "

AIIIIII como a Katy e boba.

Desligo, coloco o celular em cima da escrivaninha do lado da minha cama e vou para o banho. Fico uns quinze minutos no chuveiro. Me enrolo na toalha. Até escutar baterem na porta.

- Já vou sair Cat, espera. - eu abro a porta.

- U-uau. - ele fala.

- LUCAS? - fecho a porta na cara dele.

- Relaxa. Eu não vi nada. - ele fala rindo.

- É bom mesmo. - eu grito.

- Vou estar no seu quarto. - ele fala.

- EI. - eu abro só um pouquinho da porta. - Cadê a minha mãe?

- Ela saiu. Pediu pra eu falar que ela volta tarde hoje. - ele fala pertinho da porta.

- Ta. Agora vai pro quarto. - eu falo empurrando seu peito.

- Ok. - ele fala sorrindo.

Demoro uns cinco minutos e saio do banheiro. Chego no meu quarto e Lucas está sentado na minha cama mexendo nos meus ursinhos.

- Psiu. - eu chamo ele.

- Hã? Ah. Foi mal. - ele coloca os ursinhos no lugar com vergonha.

- Tudo bem seu bobo. - eu dou uma risadinha.

Ele me olha e sorri também.

- Quem te deu esses ursinhos? - ele pega o urso e volta a brincar com eles.

- Eu ganhei do meu pai quando era pequena. - eu falo enquanto penteio o cabelo.

- Entendi. - ele me olha de cima a baixo.

- PARA DE ME OLHAR! - eu falo com vergonha. - vira pra lá!

- Desculpa senhorita. - ele vira e fica encarando a parede.

- Você anda muito tarado Lucas. - eu falo.

- A culpa não é minha que você é linda. - vejo ele sorrir.

- Bobo. - fico vermelha igual um pimentão.

- Sabe Aurinha, eu sempre me senti confortável perto de você. Sei lá, você me faz feliz mesmo não tendo a intenção. Eu gosto muito de você. - ele abaixa a cabeça.

- Eu também gosto de você. - eu falo.

- Mais Aurora, não é desse jeito que eu to falando. É diferente. - ele fala.

É raro o Lucas me chamar de Aurora. Geralmente ele me chama de "Aurinha" ou "Pequena", quando ele me chama de AURORA é por que ele ta falando sério, e muito.

- Mas Lucas, a minha melhor amiga é totalmente apaixonada por você. Não tem como isso se tornar real entre nós dois. - eu falo.

- Quer saber, deixa pra lá. - ele fala. - já posso virar?

- Pode. - ele se vira.

Como iamos na festa coloco um vestido azul escuro grudadinho e um salto preto. Lucas tinha que arrumar as coisas na casa dele pra festa, então ele foi embora depois de uns cinco minutos.