Capítulo 3

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Casa Noturna de Londres, 22 de Dezembro de 2015.

[ A L I S S O N ]

"Essa hora a miúda já não deveria estar na cama?"

Meu corpo todo treme e um arrepio sobe pela minha espinha quando ouço uma voz grossa soar perto de mim. Com muita coragem, que não sei de onde tirei talvez do útero, giro meus calcanhares na direção da voz, encontrando um moreno alto, com cabelos castanhos e barba malfeita, vestindo uma regata branca e calças apertadas pretas, acho que suas calças são mais apertadas que as minhas, me pergunto se o "seu amiguinho" consegue respirar.

"Quem és tu?"- Nem sei como consegui, mas a minha voz sai mais firme e confiante do que pensei que sairia.

O moreno me olha de cima a baixo lambendo o seu lábio inferior e depois o mordendo com alguns dos seus perfeitos e alinhados dentes brancos.

"Eu perguntei primeiro, miúda. Entra no carro que eu te levo para o hotel onde estas hospedada."- sua voz grossa soa, enquanto acena para o carro do seu lado e mostrando a porta do passageiro. Oh okay, só percebi agora que ele tem um carro e que estas bem ao meu lado.

Ele só pode estar louco. Nunca entrarei naquele carro. Não o conheço, ele é um desconhecido. E seus olhos são demasiados intensos e com traços que te levam a achar que não é das pessoas mais seguras que se podes conhecer.

"Não respondestes a minha pergunta, és um desconhecido. Não vou entrar no seu carro." – falo confiante e pronta para me virar, girando meus calcanhares. Mas um forte aperto no meu braço me faz parar e me virar para o moreno na minha frente, ao qual nem sei o nome.

"Estas tarde. Como a princesa pensa que vai chegar ao seu hotel, já que ele é praticamente do outro lado da cidade?"- sua voz soa ameaçadora e com pouca paciência perto do meu ouvido, aproximando assim os nossos corpos.

Mas que merdas ele pensa que és? E que merdas pensa que estas a fazer?

"Não tenho motivo nenhum para entrar no teu carro, já que existem táxis por aqui e logo irei achar um. Então é melhor me largares, e ires a procura de alguma gaja burra que estejas disposta a fazer uma foda contigo em seu carro."- falo firme e com a voz alterada, tentando soltar o meu braço do seu aperto.

E ele gargalha, como um louco e como se estivesse a acabar de contar a piada do ano, mas não uma gargalhada normal, como a de uma pessoa normal com duas pernas, mas sim uma gargalhada sarcástica, como se estivesse a achar idiota o que eu acabei de falar.

Olho para ele incrédula, com raiva, sentindo o meu sangue todo a ferver dentro do meu corpo, e o mesmo pulsando fortemente dentro das minhas veias, as minhas mãos a fechar e os meus olhos a cerrar. Ele olha pra mim e para de ri quando olha em meus olhos, me apertando mais, já que me mexo de novo, tentando me soltar.

"Táxi? A sério? A essa hora não acharas nenhum táxi a tua espera, miúda, é melhor aceitares a minha proposta e entrares no carro."- ele fala me empurrando contra o carro, aproximando mais os nossos corpos enquanto fala, e me olhando nos olhos que estão cada vez mais escuros, e seu tom não esta mais malicioso como algum tempo atrás e sim rude. Demasiado rude.

"E é melhor parares de te tentar soltar, se não, não a iries largar!"- ele fala rudemente próximo a meu rosto.

"E é melhor me saltares e me deixares ir embora. Não irei entrar em teu carro, desistes. Não tenho sequer motivos para fazê-lo."- digo puxando meu braço em direção ao meu corpo, e ele me solta. Aproveito a oportunidade e coloco as mãos em seu peito o afastando de mim. Ele dá um passo pra trás e me encara com os olhos indecifráveis, como se estivesse passando por eles todos e nenhum sentimento. Já os meus são fáceis de decifrar, já que a única coisa que se passa por eles é raiva.

"Não tens motivos? Oh miúda, estou a querer te ajudar, então é melhor entrares no carro-".

"Pares de te dirigir a mim assim. não me conheces, e não gosto-" – ele, como o estupido que é, me interrompe.

"Estas a chover. Vês? Agora entres na merda do carro. Não irei te sequestrar ou matar, ou violentar, até porque prefiro ser morto a fazê-lo!"- sinto gotículas de água de chuva em minha cabeça.

"Okay, esta a chover-"

"Sim, miúda"

"Oh estúpido, me deixes terminar uma frase, sim?!"- resmungo pra ele, que revira os olhos na minha direção.

"Esta a chover, por isso preciso ir andando, então procures algo de bom para fazeres porque tenho que chegar ao hotel, e como tu mesmo disseste, o hotel é do outro lado da cidade."- falo desencostado do carro e me virando, saindo de perto dele.

"Foda-se. Okay, vais. Na.chu.va."- fala pausadamente como se eu fosse burra de não perceber que esta a chover, e como se eu não soubesse que a minha única opção é ir a pé, já que esta demasiado tarde. Uma coisa obvia aqui é o seu tom de voz, que esta rude, mais grossa e mais impaciente.

Ele da à volta no carro e entra no mesmo batendo a porta e me deixando na calçada olhando para o carro. Em questão de segundos a chuva piora e o moreno liga o carro. Bato-me mentalmente por estar a fazer isso. Mas sei que a minha única escolha é entrar, pois sei que estas certo, não tem táxi, a esta hora da manhã, rodando, esta a chover, não conheço nada de Londres, e as ruas podem ser demasiado perigosas.

Entro no carro, me sento no banco do passageiro e bato a porta. Sinto o olhar do garoto de pele morena em mim e o olho.

"O que foi? Nunca me vistes?"- pergunto para o moreno com os olhos enraivados ao meu lado.

Ele não responde apenas se limita a por os olhos fixos na estrada, a acelerar o carro, quase indo na velocidade da luz, e segurar o volante com força, como se o volante tivesse culpa dele ser um estúpido. Não se ouve nada apenas o barulho das nossas respirações. Um silêncio um bocado constrangedor, por isso me esquivo um pouco pra frente para tentar ligar o rádio.

"Não toques em nada."- rosna desviando seu olhar para o meu por meros segundos, antes que consiga chegar ao rádio. Volto para meu lugar e fico fitando a janela, olhando as ruas de Londres passarem pelos meus olhos. Sinto os mesmos ficarem pesados e tento os manter aberto, mas não consigo.

"Ei. Acorde, miúda. São três da manha. Vamos, pitinha."- sinto meu corpo ser balançado.

"Do que me chamastes, cabrão?"- desvio meu olhar para o rapaz de calças apertadas.

"Ouvistes bem, agora anda a sair se não quiseres que eu te ponha daqui para fora."- fala sem paciência.

"Vai-te foder!"- digo saindo do carro. Sinto passos pesados atrás de mim, e meu braço ser puxado com brutalidade para trás.

"Estas de brincadeira? Escusas a soltar meu braço! Agora!"- rosno em sua direção, tentando me livrar do seu aperto pela segunda vez em menos de duas horas.

"Olha miúda, nem te conheço, não passei uma hora contigo e já esta a dar cabo da minha paciência. Já estou cansado das tuas brincadeiras. Agora te sais da minha frente, e sobes para a bosta do teu quarto. "- rosna me apertando mais contra ele.

"Já te disse para não me chamares assim, nem se quer te conheço, nem sequer seu teu nome-"

"Zayn, Zayn Malik."

***

XX

KDHJDBHGDBE MAIS DE 120 LIDOS?! COMO ASSIM??? ESTOU TÃO HAPPY. OBRIGADAAA, AMORES, MESMO, MESMO. EEE...ZAYN? ELE APARECEU. PROMETO QUE AGORA AS COISITAS VÃO MELHORAR..HAHA. O QUE ACHARAM DO CAP? VOTEM, COMENTEM E COMPARTILHEM A HISTÓRIA COM OUTRAS PESSOAS..PLEASEEE...DE CORE..MY GOD.. TÕ MUITO FELIZ..OBRIGADAAA..ESPERO QUE TENHAM GOSTADO DO CAP. 

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