Capítulo 8

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Casa desconhecida, 01 de Janeiro de 2016.

[A L I S S O N]

Raios solares batem contra meus olhos e aquecem minha pele me fazendo acordar, gemo em frustração e me enrolo mais em baixo dos cobertores quentinhos e no estofado macio, espera, cobertores? Estofado macio? Abro meus olhos com rapidez e olho ao meu redor. UMA CASA. MAS ONDE MERDA EU ESTOU?

Sento-me no sofá e olho ao meu redor, estou em uma sala, à mesma tem um sofá branco, ao qual estou sentada, uma pequena mesa com algumas fotos, alguns quadros espalhados pelas paredes, uma televisão um bocado muito grande e alguns jogos espalhados perto da mesma. Olho para meu corpo e vejo que ainda permaneço com o vestido que usei na noite passada. A noite passada. Memórias acertam minha cabeça com força e logo sinto a mesma latejar, como se fosse explodir a qualquer momento. Coloco minhas mãos na mesma tentando amenizar a dor, mas não tenho sucesso.

Coloco minhas pernas nuas para fora do cobertor, gemo pelo contato frio dos meus pés descalços no chão gelado. Minhas sandálias. Procuro minhas sandálias com os olhos e as encontro perto da porta de entrada. Tenho que sair daqui.

Levanto-me e dou passos cautelosos de pontas de dedos, olho para o lado e vejo uma escada enorme, provavelmente deve levar ao andar de cima.

"A sério, Alisson?" grita meu subconsciente, reviro os olhos e continuo andando, até que ouço algo que faz com que meu coração pare de bater, e meu sangue de circular. Paro de andar e sinto todos os meus músculos tensos e pelos arrepiados, até que a voz torna-se familiar em meus ouvidos.

You used to call me on my cell phone

Late night when you need my love

Call me on my cell phone

Late night when you need my love

I know when that hotline bling

That can only mean one thing

I know when that hotline bling

That can only mean one thing

-Drake

Meu coração volta a bater, meu sangue a circular e sinto meus músculos relaxarem, solto um suspiro de alívio e olho na direção em que vem a voz familiar, e percebo que a mesma vem da cozinha. Ando em passos calmos até a mesma, e continuo observando a casa.

"Cantas bem." Digo assim que entro na cozinha e começo a rir quando o dono da voz quase leva ao chão as panquecas que estavam sobre os pratos em suas mãos.

"Estava a ver que a Bela Adormecida não acordava mais." Sinto minhas bochechas corarem e sorrio envergonhada. Meus olhos fitam os seus olhos azuis e depois descem observando o seu corpo, que só esta coberto por uma calça. Seu peito nu me da à perfeita visão para o seu tórax bem definido e para as tatuagens que cobrem algumas partes do mesmo. Subo meu olhar para seu rosto novamente e o vejo olhando o meu corpo e passando a língua pelos lábios, seus olhos sobem até os meus e sinto minhas bochechas aquecerem, um sorriso safado curva os nossos lábios.

"Bom dia, Louis."

"Ótimo dia, linda. Panquecas?" Louis aponta para o prato cheio de panquecas em sua mão e eu faço que "sim" com a cabeça. Aproximo-me da mesa e quando estou puxando a cadeira para me sentar Louis me para e se posiciona bem na minha frente, bem próximo a mim.

"Mas antes disso, o que te deu na cabeça para dormir em uma ponte, mocinha?" fala em tom sério tentando me repreender, mas falha miseravelmente quando um sorriso brota em seus lábios, e eu começo a gargalhar, mas paro assim que sinto sua mão em meu rosto, meus olhos logo fitam os seus e os mesmos estão mais escuros, desço o olhar para seu rosto e vejo que uma expressão preocupada toma conta da expressão descontraída e brincalhona.

Changes || z.mOnde histórias criam vida. Descubra agora