Enquanto os pais do Gabriel falavam no escritório, eu continuava ali simplesmente de braços cruzados, mas não, não podia ficar ali sem fazer nada.
Fui direta para o meu quarto e vesti a roupa mais quente e confortável que tinha no guarda-roupa e sai disparada pela porta. Tenho a sensação que o León e a minha mãe ficaram a olhar para mim a sair daquela forma, não sei bem para onde vou mas só sei que tenho de fazer alguma coisa, será que o senhor Leandro já sabe, bom mas se não sabe vai ficar a saber tem esse direito afinal é pai dela. Conduzi descontroladamente até lá, enquanto conduzia ia pensado onde poderiam estar, porque não nos avisou ela nada parecia bater certo. Finalmente cheguei ao bairro estacionei o carro frente a casa do pai da Pandora, inspirei fundo antes de sair do carro, entretanto começou a nevar, sai e senti uma brisa gelada e aconcheguei mais as roupas para proteger do frio. Bati a porta.
-Olá Evelyn- cumprimentou com olhos arregalados, certamente não esperava ver-me aqui
-Olá Sr. Leandro- cumprimentou
já dentro de casa o senhor Leandro ofereceu-me chá com uns bolinhos que tinha acabado de fazer. Não aceitei o chá não gosto muito, mas os bolinhos tinham um bom especto e cheiravam maravilhosamente bem a canela e comi um. Estava ali calada, não sabia por onde começar a conversa mas não foi preciso eu dizer nada, pois o senhor Leandro fez isso por mim.
-Então Evelyn a que se deve esta visita, a Pandora não veio contigo? - disse com um sorriso alegre e genuíno.
-Senhor Leandro...é sobre a Pandora que eu venho aqui. - disse ajeitando-me no sofá, e a minha garganta ficou seca.
-O que se passa com a Pandora, ela está bem? - disse num tom de voz preocupada.
Fiquei um momento calada, tentei ganhar tempo para encontrar as palavras certas para lhe dizer que ela não tinha dormido em casa na noite passada que parte da culpa poderia ser minha. Respirei fundo antes de começar a falar.
-Provavelmente a culpa é toda minha senhor Leandro e se lhe acontecer alguma coisa vou sentir culpa para o resto da minha vida. - senti algo quente a escorrer pelas minhas faces, eram lágrimas que teimavam em cair sem avisar.
-Devagar Evelyn por favor, assim eu não entendo nada do que me estas a dizer. Como é que podes ter culpa. Que se passou mesmo? - encorajou mesmo estando com um ar de preocupação estampado no seu rosto.
- Então foi assim, ontem fomos sair num jantar de cerimonia do meu pai..-fez uma pausa pensando se era a coisa certa a fazer, depois olhou para os olhos raiados de preocupação e continuou-...a meio da festa já noite dentro ela disse-me que ia para casa eu ainda me ofereci, mas não quis e como não fica assim tao longe deixei-a ir sozinha. Mas entretanto eu não dormi em casa e quando cheguei disseram-me se ela se encontrava comigo porque não tinha dormido em casa. Por isso que a culpa é toda minha, se eu tivesse insistido mais ela estaria aqui connosco.
Já sentia as lágrimas a rolarem pelo seu rosto, o senhor Leandro estava calado, parecia bastante sereno depois de lhe ter contado.
-Desculpa a pergunta Evelyn, quem é o teu pai?.
Achei aquela pergunta no mínimo estanha, acabo de lhe contar que pode ter acontecido algo de grave com a Pandora e ele esta mais preocupado com o nome do meu pai. O senhor Leandro pousou os cotovelos nos joelhos e passou as suas mãos pela barba ruiva que estava por fazer havia alguns dias.
-O meu pai é o Kayle González, mas porque? A sua filha pode estar a correr perigo e quer sabe quem é o meu pai?
Assim que referi o seu nome a sua expressão mudou num ápice, a preocupação que se fazia sentir agora mudara para um estado de pânico, podia ver-se na sua expressão, as pupilas dilataram o seu rosto endureceu assim que proferi aquelas duas palavras. Eu sabia que o meu pai podia provocar alguma tenção mas desta maneira jamais esperava
. Neste fim de semana as coisas tem-me fugido completamente das mãos, tenho sempre aquela constante sensação de que me falta qualquer coisa e que não está a bater certo.
o senhor Leandro andava para frente e para traz na sua pequena sala, o ar tornou-se tenso.
-Desculpa Evelyn, temos de ur a rua casa tenho de conversar com o teu pai.
Pegou nas chaves do carro, fiz o mesmo entrei no meu carro liguei entretanto o Sr. Leandro já estava a espera que eu seguisse. afinal não sabia ainda o caminho e fomos para minha casa. Conduzi o mais rápido que consegui e que fosse possível pois com a neve a cair não era nada fácil.
Porquê, porque todos vão diretos para o meu pai? Ele tem dinheiro, contactos para puder ajudar tanto a encontrar o Gabriel como a Pandora, mas a sensação que tinha dizia-me que havia ai mais qualquer coisa que não estava a bater certo.
Sentia-me como se estivesse num bloco de gelo quanto mais fundo cavava maia frio sentia, mais preocupação me atingia. A minha cabeça a borbulhar de ideias e acontecimentos que nunca dei importância estava a assaltar-me a memória. Estava num beco ao qual parecia não haver escapatória ou pelo menua não via.
Finalmente chegamos a minha casa, estacionamos e abri a porta de casa e o sr. Leandro entrou disparado para dentro a procura do meu pai, a minha mãe ainda tentou ir atraz mas foi em vão o seu esforço.
Ola. Mais um capítulo postado, desculpem pela imensa demora que foi :( não foi mesmo possível sempre que tentava surgia algo, mas o que interessa é que esta postado não é assim.
Que ira acontecer a seguir ?
Para a semana saberão, acho eu hehe :)Com Amor Angeles <3
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Pandora
RomancePandora uma jovem mulher de 21 anos que quer descobrir quem é de verdade.Quer saber porque nada era parecida com o seu pai, porque nao tiha sardas, porque não era ruiva, após a morte do seu pai Pandora vai a procura de respostas.