capítulo 10- A culpa é sua

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O senhor Leandro entra disparado pela casa a dentro, não reparando em mais ninguém, a minha mãe ainda tentou impedi-lo mas em vão.

Segue diretamente para o escritório do meu pai, onde se encontram os pais de Gabriel também, abre descaradamente a porta interrompendo o que quer que eles estavam a falar. Corri atrás e assisti a toda aquela cena que estava a acontecer e aquilo fez com que eu ainda ficasse com mais remorsos.

-A culpa de tudo isto é sua Kayle, inteiramente sua. - dizia com um tom frio na voz e apontava o dedo para ele ao falar

-vamos ter calma e mude o seu tom de voz Leandro. - o Kayle mandava um olhar de descontentamento para o Leandro.

-Alguém me pode explicar o que se passa aqui?- o pai do Gabriel perguntou confuso.

-Pergunte ao Kayle, porque é que a minha filha está desaparecida ? - podia sentir-se a raiva que ele sentia pelo seu tom de voz.

-desculpe mas o nosso filho também está desaparecido, mas tenha calma tudo há de se resolver, vamos ser racionais neste momento.

Agora é que eu ainda fiquei mais confusa, que será que o meu pai tem haver com isto tudo, o meu querido pai. Ele não é nenhum santo mas o senhor Leandro não o pode acusar assim, ele já pode ter feito muita coisa na vida mas não merece isso.

-Não vou ter calma coisa nenhuma, a minha filha está desaparecida e este cobarde tem toda a culpa nisto. Durante tantos anos a protege-la e agora acontece isto? A culpa é toda sua se lhe acontecer alguma coisa.

-Vá embora daqui antes que eu perca a paciência. Vem a minha casa e acusa-me de cobardia não sabe realmente do que falas- agarrou Leandro pelos braços e atirou porta fora do escritório, o seu olhar era de pura raiva .

Leandro ajeitou as camisa que estava amarrotada e seguiu caminho para a porta de saída, antes disso deitou um olhar para a minha mãe e para mim que estávamos ali a assistir a tudo isso.

-Espero que a minha filha esteja bem, senão o seu marido vai ter graves problemas.

Dito aquelas palavras de ameaça com uma pitada de amargura na sua voz. E saiu.

(No escritório )

-Kayle que se passou aqui? Dizia o pai de Gabriel

-É uma longa historia meu caro amigo, agora o que importa é que encontremos o seu filho e a Pandora, pois o mais provável é estarem os dois juntos.

A mãe de Gabriel mantivera-se sentada no sofá castanho que Kayle tinha no escritório a chorar e a soluçar durante toda aquela cena.

-Mas a um dias atras na empresa tinha acontecido algo que previsse uma situação destas ? Alguém recebeu algo dos Menezes ? - falava com ar preocupado

-Não quem eu saiba não houve qualquer imprevisto em relação a essa gente. Não esta a insinuar que os Menezes tiveram alguma coisa haver com o desaparecimento do meu filho e da Pandora pois não ?

Ficou calado por instante, não sabendo o que responder. Ficou rijo ao ouvir aquilo e o mais provável é que fosse realmente verdade, mas como dizer que poderiam realmente serem eles, no passado já tinham dado provas disso mesmo. Andou para trás e para a frente do escritório, passou a mão pela pouca barba que tinha e finalmente falou.

-Temo que sim.

Sentou-se na sua cadeira com um ar abatido e de impotência, afinal ele poderia ser o culpado de tudo isto de tudo o que pudesse acontecer a Gabriel e a Pandora.

**

Depois de ver o ser Leandro sai daquela forma e ameaçar assim o meu pai não aguentei mais não estava aguentar tanta pressão em mim. Precisa de me distrair desta confusão toda de tudo por um bocado, por algumas horas. Foi então que me lembrei o Seth, com todas esta confusão esqueci-me completamente dele, mas já sentia saudades do seu toque da sua voz. Peguei de volta nas chave do carro e voltei a sair de casa. Desta vez tentei acalmar-me a minha cabeça estava a mil assim que entrei no carro o sentimento de culpa evadiu-me por completo por estar a afastar-me de todos mas eu precisava disso. Conduzi de vagar ate chegar a casa de Seth, era uma casa bem amigável a primeira vista, com um jardim bem arranjado de reação. Ainda nervosa de estar ali porque foi estranho depois da outra noite nunca mais falamos. A cara de surpreendido de Seth ao ver-me ali frente da sua porta mudou para um sorriso de orelha a orelha entrei e a primeira coisa que o meu impulso levou foi a abraçar e sentir o seu aperto doce em mim.

-Evelyn que fazes aqui? - Desfazendo o abraço para que pudesse olhar nos seu olhos

-Estou com uns problemas e não sei mais a quem recorrer e desculpa.

Os meus olhos foram encontro ao chão, não era de mim fazer isto mas estava bastante triste e desconfortável com tudo o que tem vindo a acontecer. Mas logo senti as suas mãos no meu queixo a elevar-se e os seus lábios macio colaram-se aos meus num beijo de conforto. Contei-lhe tudo o que se passava desde que soubera do desaparecimento da Pandora.

Mais um capítulo sei que não esta grande coisa e que vi um bom tempo sem postar nada, mas não tenho tido deposição ultimamente, mas espero que gostem e que comentem o que acham ;)

Fico a espera dos votos e dos comentários para melhorar.

Com Amor Angels <3

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