A chegada.

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Se mudar para uma cidade nova não é fácil, principalmente quando você tem de deixar tudo só para ver sua mãe feliz. A dois anos atrás eu perdi o meu pai em um assassinato, e desde então as coisas ficaram difíceis para eu e minha mãe, mas tudo pareceu ficar bem para ela quando a mesma conheceu Bob, um advogado da nossa atual cidade.
Acho que vocês já descobriram o motivo de eu ter me mudado.

Não ter mais o seu antigo quarto, a suas antigas coisas, é bem complicado. Mas não falo só de objeto, mas sim também de amigos, espero que as pessoas daqui não seje tão chatas.

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Abri meus olhos letalmente, não estava com um pingo de vontade de ir para a escola.- Principalmente sendo meu primeiro dia de aula-.
Virei para o outro lado da cama afim de fingir que não tinha escutado os sons do passarinho na janela indicando que já tinha amanhecido.
Respirei profundamente, quando senti o lado da cama se afundar;
-Tina,está na hora.- Minha mãe falou com aquela voz doce. Como alguém pode já acorda bem de manhã?.
-Sério mãe?- resmunguei algo indecifrável e me levantei contra a minha vontade e caminhei para o banheiro.
Fiz a minha higiene e desci para o café da manhã.
Mamãe tinha preparado torradas e meu Nescafé, que é tradição.
Bob não estava em casa, segundo a mamãe saiu bem cedo de casa.
Comemos em silêncio, até chegar a hora de eu ir para a aula.
Como aqui só temos um carro, e Bob o usa mais, eu terei que me acostumar a ir de ônibus para a escola.
-Boa sorte no seu primeiro dia.- Abracei minha mãe e me despedi.

Caminhar nas ruas de uma nova cidade a procura do ponto de ônibus que tinha orientado a você fica muito difícil.
Mas graças a um bom Deus eu consegui o achar.
Tinha somente um jovem moço sentado com fones de ouvido lendo um livro.
Não queria o incomodar, mas seria necessário.
O cutuquei e o mesmo me olhou. Sorri amigável para ele e ele retribuiu.
- Em que posso ajudar?- Ele retirou os fones.
- Queria saber se é esse ônibus que vai para a escola principal daqui do bairro..- Falei meio sem graça.
- Ah sim- Ele me fitou- Sim é esse ônibus..Você é nova aqui né?
Assenti
- Sou Richard, muito prazer- ele estendeu a mao e eu a peguei.
-Valentina, mas pode me chamar de Tina.
- É um prazer te conhecer.

Eu e Richard ficamos amigos muito rápido, e claro, ele me apresentou a escola inteira, até que era legal lá.
Na ultima aula, fomos para a biblioteca, ficamos lá procurando algum livro interessante para ocupar o tempo. Como Richard não era da minha turma, não tinha como eu conversa com alguém, então resolvi ficar na ultima mesa da ultima prateleira.
Fiquei observando o ambiente, mas alguém me chamou a atenção.
Um rapaz adentrou a biblioteca, com o capuz na cabeça e o olhar encarando o chão, algo mais além.
Ele estava vindo para o local que eu estava, respirei fundo e o esperei chegar a prateleira ao meu lado. Eu parecia invisível a ele, mas como não sou louca, vi um sorriso brotar em seus lábios.
Ele se sentou na mesma mesa que eu, ficou um silêncio insuportável naquele espaço, que logo foi preenchido pelo sinal indicando a saída.
O tal rapaz saiu tão rápido que acabou deixando o seu livro em cima da mesa.
Arrumei meus matérias e disparei atrás do mesmo, afim de entregar lhe o livro.
Por pouco eu não o alcanço.
-Ei!- Gritei. Ele se virou letalmente e quando viu que eu era a pessoa que o chamava,não pode deixar de sorrir. - Você esqueceu seu livro..- O entreguei o livro e respirei um pouco mais calma. Estava ofegante devido a correria.
- Obrigada- agradeceu. - A propósito, sou Evan- Deu um tchau com a mão e voltou a caminhar.
O observei de costa virando a esquina, por que eu senti algo diferente com ele?.
-Menina, por que correu tanto desse jeito?- escutei a voz de Richard atrás de mim. Sai de meus pensamentos e o encarei.
- Desculpa, tive que entregar um livro para o Evan. Um garoto que se sentou comigo na biblioteca..
-Pera, você conseguiu se sentar com Evan Peters na biblioteca?- ele pareceu espantado.
- UE, sim, por que?
- O cara é sinistro, ninguém chega perto dele..- ele fez uma expressão sombria.
- Isso é bobagem..- o puxei pelo braço para irmos ao ponto de ônibus- Vamos esquecer isso OK?
Ele assentiu.

Joguei minha mochila na cadeira da minha escrivaninha e já fui para o banheiro tomar um belo banho.
Resolvi tirar um cochilo- não antes de almoçar claro- e foi ai que veio a tona. Um sonho.
" - A proposito, sou Evan.."
Por que caralho eu estava com aquilo na cabeça?. Foi apenas uma apresentação dele. Não seria possível um sentimento assim, do nada. Ou seria?.

Um Amor SobrenaturalOnde histórias criam vida. Descubra agora