Emilly

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- Eu?- falei pasma. Eu queria pular daquela janela para me matar, depois de ouvir essa frase.
- Eu deveria ter te contado. - continuou mamae- Mas ao passar dos anos, descobrimos que você era uma garota normal, e então você não teria nada incomum na sua vida.
- Você que pensa.- Murmurrou Evan com um sorriso discreto.
- Tudo bem. Eu entendo as loucuras do mundo- Avisei mamãe.
-E quanto ao seu bebê..- mamãe falou baixo- eu sinto muito.
Abaixei meu olhar. Respirei fundo.
- Eu vou entender!- sorri amargo.- Só quero ir para casa..E mãe, cadê o Bob?.
- Acertei minhas contas com ele, eu nao sei se vamos poder continuar nessa cidade. Que tal voltarmos?.
- Não!- Evan quase gritou. - Eu não posso ficar longe dela.
Meu coração acelerou, e o aparelho do coração me entregou. Evan sorriu e mamãe sorriu também.
- Vou ir buscar um café, aceita Evan?.- Evan negou.

Ficamos a sós no quarto, Evan abaixou na altura do meu rosto, e deu um selinho demorado.
-Eu amo você- sussurrou.
Grudei nossos lábios de novo, deus! Como eu sentia falta daqueles lábios.
Finalizamos o beijo ,e sorrimos.

- Filha, eu estou indo okay? Qualquer coisa, me liga, liga para a ambulancia, liga para a poli
- Mãe!- chamei sua atenção. - Eu estou bem, muito bem agora que estou em casa. Daqui a pouco Evan já esta ai, pode ir se divertir com o seu tal amigo.
- Eu te amo filha!- me deu um beijo na testa e saiu.
Depois de vinte minutos, alguém tinha batido na porta, o relógio marcava meia noite e meia, Evan tinha o compromisso e chegaria por volta das uma. Eu não tinha medo, sabia que algo estava me protegendo.
Abri a porta e não me deparei com ninguém. Deixei o copo de sorvete na mesinha ao lado e sai na varanda da frente. A rua estava deserta, engoli em seco.
Me virei para voltar e só nao cai no chão, porque o mesmo me segurou.
- QUE SUSTO RICHARD!- Exclamei.
- Ei calma- sorriu, de um jeito diferente. - Quer ir da uma volta?.
- Não posso, estou esperando o Evan, e minha mãe saiu.- adentrei a casa.
Ele fechou a porta atrás de si.
- Voltou com ele?- perguntou vindo em minha direção.
- A gente tem que aprender a perdoar as pessoas. - retruquei.
- Hum...- coçou o queixo. - Você me perdoaria por isso?.
- Isso o que?- Minha visão se acabou, e minha mente escureceu.


Meus olhos pesavam, não sabia aonde estava, o ambiente era escuro,me parecia uma sala...De aula.
Levantei com um pouco de dificuldade, o piso gelado e a brisa me fez sentir um arrepio.
Caminhei entre as carteiras, e cheguei a porta. A abri com cuidado, a única coisa que lembro, foi de Richard indo até a minha casa. E me pedindo perdão.
Olhei os corredores vazios, eu estava na minha escola.
Comecei a caminhar devagar,até que vi uma silhueta se aproximar.
Nunca agradeci tanto por nossos armários serem do tamanho de uma pessoa, os armários era grande. Abri um qualquer, e entrei.
A silhueta se aproximou, e logo reconheci os cabelos. Era Evan. Abri o armário e me joguei em seus braços.
- Amor- ele sussurrou.- Está tudo bem?- Perguntou me fitando- eles te machucaram?.
- Eles? - perguntei confusa.-
-Esquece isso!- Me puxou- Vem.
Começamos a andar rápidos, até que me senti sendo puxada para longe de Evan. Me arremecaram alto, e eu me choquei contra a parede. Gemi de dor. Continuei na mesma posição.
- Você achou que seria fácil , Evan? - reconheci a voz. Richard!.
-Richard..- falei com dificuldade- deixo em paz.
Ele soltou uma risada alta. Segurava uma pena preta em suas mãos.
- Foi tão fácil...- Ele chegou perto de mim e chutou a minha barriga. Uma lagrima escorreu- Fazer a sua mente ver seu padastro de lobisomem, ver tudo aquilo.
- Do que está falando?.- o encarei.
- Fique longe dela- Evan rosnou, puxando Richard longe de mim. O jogando longe.
-Corra!- Foi tudo que consegui ouvir Evan falar.- Não importa o quê aconteça comigo,corra para a saída. - levantei correndo, não antes de dar talvez o ultimo olhar para trás. - Eu te amo. - aquelas palavras vieram como se a voz dele estivesse na minha cabeça.

Corria com toda a minha velocidade, meus pés doiam, parecia que estava somente nós três na escola. Até que um deslize, cai brutalmente no chão.
Uma velha de trajes rasgados apareceu na minha frente, rindo maleficamente.
-Sempre quis te conhecer, Valentina. - Ela chegou perto de mim.- Sou Emilly. A sua beleza era tudo que eu precisava para seduzir um anjo caido, e um lobisomem.
- Lobisomem?- indaguei.
- Richard, ou acha que ele é um ser humano?.
Caiu a minha ficha, por isso Richard não falou do assassinato, era ele que tinha assassinado a mulher. Emilly mexeu com a mente de todos
Me levantei.
- O que você quer?- Perguntei
Ela pegou um pedaço de seu pano e deu um nó
- Cada vez que eu der um nó nesse pano...EU VOU PEGAR VOCÊ- gritou. Sua risada maléfica tomou conta do lugar.
Voltei a correr o mais rápido possível, e sentia aquela velha junto a mim. Entrei na quadra, e encontrei Evan estirado no chão, e Richard pronto para enfiar a pena nele.
- NÃO!- Gritei- POR FAVOR NÃO. - Corri até eles.
- Nao seja tola Tina- richard sorriu.-A Emilly nao quer ser sua sogra..
O meu mundo acabou de desabar.

Um Amor SobrenaturalOnde histórias criam vida. Descubra agora