Capitulo 3

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Dias e dias se passaram, e com isso fomos ficando  cada vez mais próximos. Até que surgiu algo que veio a nós afastar. Quase no meio do ano letivo, em uma segunda-feira chegou uma novata em nossa sala!

Emilly , era o seu nome. Ela tinha cabelos prestos, curtos, pele morena e era um pouco alta. (Para falar a verdade, tenho poucas recordações físicas desta vaca, ops! Desta garota).

Com menos de uma semana em que ela estava na escola, já fez amizade com Bernardo! E eu odiei isso. Não, não era ciúmes, eu não tenho ciúmes dela não, nem me preocupo se vou perder ele, ou se vamos nós afastar, não ligo não. (Alôôôôôôô, estou odiando tudo isso). Bernardo dando uma de garoto simpático, foi se aproximando de Emilly, passando-se alguns dias, eles já estavam brincando e rindo juntos. (ISSO PODE?! Claro que não, ele é meu amigo!).

Em uma terça-feira, era aula de Biologia, e nosso querido professor Murilo tinha faltado, ao entrar na sala, me deparo com a vaca, ops, com a Emilly. (Sempre confundo) E sabe aqueles momentos em que você sabe que a pessoa está sendo falsa com você? Então, esse é um desses momentos.

- Amigaaaaaa, estava te esperando - Fala Emilly com a voz mais irritante do mundo.

Quem ela pensa que é pra tá me chamando de amiga? Amiga?! Faça-me um favor né linda. (Admito, e sei perceberam que não gosto dela né?)

- Olá! (Digo espantada).
- Sabe que eu te acho super legal Sophie, e sei também que vai me ajudar em uma missão impossível - Emilly falar, enquanto puxa uma carteira e senta ao meu lado.

- Diga logo o que você quer me pedir.(Dentro de mim algo desejava acabar logo essa conversa)
- Preciso do número do Bernardo, tenho que falar com ele urgente, e ele não veio para a escola hoje, pode me dá amiga? - ela fala enquanto dá um sorriso no final, que me provoca enjoou.
- Claro que dou. (Peguei o celular, e dei o número de Bernardo).

Nããããão, eu não posso está com raiva de uma garota que é super legal, mas que está interessada pelo meu amigo, ele é só meu amigo, o que tem demais nisso? Eu deveria está feliz, mas não, estou com muita raiva, não deveria ter dado o número, eles vão conversar, marcar de sair, se beijar, namorar, noivar, casar, ter filhos e me esquecer. (Oi? Sociedade? Alguém me ajuda? Estou em um ataque de loucura).

Chegou o final de semana, na noite de sábado ligo para Bernardo, passamos horas e horas conversando, e tudo estava indo bem, riamos muito, falávamos de várias coisas (eu amo a voz dele) após horas de ligação, desligo para ir dormir, não nós falamos no domingo, meus Domingos são bem corridos. E ainda tem a igreja todo domingo de noite, e é o melhor lugar onde se pode estar.

Logo chega a segunda, e ao entrar na sala, vejo no lado esquerdo da sala, nas últimas carteiras está no maior papo, Emilly e Bernardo. Já entro na sala bufando, e vejo que a semana já começou péssima, vou para meu devido local, e como já falei, o lugar dele e na minha frente, e onde ele estava? Sim, do lado dela(Afffff).

Essa história só está começando, eles foram se aproximando cada vez mais, e com isso ele foi se afastando de mim. Os lugares para espiar a vida alheia não eram mais nossos, ele sentava do lado de Emilly agora. Não nos falávamos. Isso me doía muito.

Mas você sente, sente quando a pessoa começa a te tratar diferente, com indiferença. Sente quando a pessoa fica fria, e dá qualquer desculpa esfarrapada para não falar com você. Sente quando você está incomodando, quando anteriormente, a pessoa pedia pra você ficar e conversar o dia inteiro com ela. Sente quando ela vai se afastando pouco a pouco e enjoando, o pior é que você não pode fazer nada... Porque amor, saudade, carinho, afeto, isso não se pede. Você não pode se ajoelhar e implorar que a pessoa fique quando na verdade a maior vontade dela é ir embora. Eu sentia isso de Bernardo.

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