Capitulo 13

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Os dias iam passando, e estava com certos receios, as férias estavam chegando, íamos passar 30 dias distância um do outro, e ele ia passar 30 dias mais próximo dela...

Então, chegaram as férias de junho! Seis meses já haviam se passado. O final do ano estava mais perto do que prevíamos. E de fato, aconteceu o que eu temia.

* Primeiro dia de férias.

Sophie: Estou com medo...
Bernardo: Medo de que ?
Sophie: Da gente se afastar, nós não vamos nos vê, e isso tá me dando medo, não quero me afasta de você Bernardo.
Bernardo: Não, isso não vai acontecer, a gente vai se vê. Eu prometo. Vai ser difícil, mas vou dar meu jeito.
Sophie: Tudo bem! Quero muito te ver, não vou aguentar todos esses dias.
Bernardo: Vai dar tudo certo, amor.
Sophie: Vai sim, amor.
Bernardo: Vou resolver umas coisas, depois nós conversamos mais.
Sophie: Tá certo, beijos.
Bernardo: Beijos.

* Sete dias se passaram.

Já havia passado uma semana, a gente não se viu, apenas conversávamos por mensagens e ligações, até que ele começou a sair pela manhã e voltar no começo da noite! E para onde ele estava indo?! Isso mesmo. Para a casa dela, e com isso nós nos afastamos. Bernardo fez uma viagem de mais de uma semana com ela, e esse foi nosso desfecho... Essa viagem nos afastou. Ele não me ligava, me tratava com frieza, não me mandava mensagens, fomos nos afastando.

* Vinte dias se passaram.

Bernardo havia chegado de viagem, e essa situação toda estava me incomodando. Foi aí, que resolvi falar com ele...

Sophie: Oi, percebo que tudo está diferente, e isso me dói muito. Você está cada vez mais perto dela, e com isso a gente só vai se afasta Bernardo... Não aguento mais Bernardo! Acho que é melhor sermos, apenas amigos.
Bernardo: É verdade Sophie, esses dias, as viagens, os finais de semana, me aproximaram muito dela, não posso mentira pra você, e me dói também vê toda essa nossa distância. Tem certeza que quer fazer isso?
Sophie: Dói mais ainda, é não saber o que fazer.
Bernardo: Deve ser todos esses dias sem se vê, essa distância toda nos afetou, mas as aulas já estão perto de voltar.
Sophie: Não sei Bernardo. Não sei de tudo pode voltar a ser como antes.
Bernardo: Também não sei Sophie.
Fim da conversa.

E os dias iam se passando, e no fim das férias, já não nos falávamos mais. Nos distanciamos de verdade. Já é domingo! Ultimo dia de férias. Amanhã volta tudo ao normal. Estava em casa, após chegar do culto, da igreja onde congrego. Estou no meu quarto, e decido olhar um pouco o Facebook.
Olho pra última foto que ele postou e engasgo com o enjoo que nasce dentro da minha alma, tento contar até dez, para amenizar a tristeza que me invade, mas só consigo ver eles dois presos em um abraço, feito um desses casais apaixonados de história de amor. Eles sorriem de forma desprevenida como se tivessem sido pegos de surpresa por algum amigo metido a fotografo e eu sinto um aperto enlouquecedor esmagar cada pedacinho do meu corpo. De repente me vem uma vontade aguda de deixar o choro sair, e tudo o que eu quero é desabar pra ver se o amor sai junto com as lágrimas pesadas, mas seguro firme e engulo a minha dor. Dessa vez não, digo pra mim mesma.

Na foto, ela tá com a cabeça deitada no ombro dele, e um de seus braços a seguram pela cintura, eles parecem felizes e isso estraçalha meu peito até que eu não consigo mais aguentar e vomito uma enxurrada de decepção pelos olhos. Eu sei que estou me afundando cada vez mais nesse mar de lama, mas já não consigo mais sair daqui. Eu perdi a saída, amor, e agora eu não sei o que fazer. E nem se eu quero fazer alguma coisa. Continuo percorrendo o perfil dele e me apunhalando com cada declaração trocada entre eles, nos comentários das músicas que já foram nossas. Vejo a maneira como eles se olham em cada fotografia e apodreço por dentro tentando entender em que momento ela deixou de ser eu. Será que ele ainda se lembra de todas as vezes em que me viu com esses mesmos olhos? Ou ele ainda se lembra que teve uma época em que éramos pra sempre?

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