Capitulo 2

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Sabe o Bernardo, bom, ele é bonitinho... Não, ele é charmosinho... Quer saber? Ele é lindo! Daqueles caras que você vira a cabeça pra olhar, sabe? Aqueles que você se sente quase uma pedreira fazendo isso? Ele parece ter sido desenhado a mão sabe? Ele tem olhos esverdeados, pela perfeitamente bronzeada, seu cabelo levantado formando um topete devidamente alinhando, com um sorriso de tirar.. de tirar o fôlego, e antes que eu esqueça seu rosto belo é emoldurado pela barba, acho que eu desenvolvi minha obsessão por barbas por conta do Bernardo, ele é daqueles que você suspira e comenta com as amigas "Que homem" e depois sonha se vai encontrar de novo? E eu o encontrei pelo menos na penúltima carteira do canto direito da sala, aquelas carteiras perto da janela, local estrategicamente proporcionado para espiar a vida alheia. Ele deu um meio sorriso e eu sentei no último lugar do canto direito da sala, atrás dele. Bom, era esse ou o primeiro lugar, aquele bem na frente da mesa do professor. Sentei no lugar escolhido, e ao meu lado estava Guilherme.

Guilherme é um dos meus colegas de classe, um dos que sou mais próxima, estudamos juntos já faz uns 7 anos, e pela força do destino (bendito destino) ele é muito amigo de Bernardo, eles moram próximos um do outro! Guilherme olhou em minha direção e exclamou.
- Seja bem vinda, Sophie.
(Tenho um grave problema em nunca ir pra aula na primeira semana, não sei bem os motivos, não gosto.)
- Obrigada, Gui! - Respondi com um sorriso, e olhando de canto de olho para Bernardo.
- Ela é nova? - Perguntou Bernardo para Guilherme.
- Essa dai? Não, é preguiça mesmo, ela sempre falta a primeira semana de aula.

Então, logo me apreso a falar:
- Já estudo faz tempo aqui! Mas você é novato né?
- Sim, sou novato, mas estou aqui desde o primeiro dia de aula. - Ele fala com tom irônico.

Então eu sorri, e conversamos a aula toda, o intervalo todo, e foi assim durante toda a semana.

Na segunda seguinte ele deitou no meu colo durante o intervalo que passamos em um banco, tomando sol. Eu emaranhei meu dedos em seus cabelos(perfeitamente alinhas, como já ressaltei) E algo nele me despertava confiança, e eu sentia que ele também confiava em mim, então ele contou a sua história, seu jogo de amor.

Bernardo falou que estava em um relacionamento com uma garota chamada Priscila, ela é um ano mais velha que ele, é magra, altura ideal para sua idade, cabelos longos, e com o modo que ele descreveu ela, aparentava ser uma garota bonita. E ele demonstrava ser apaixonado por ela. Afinal, já ia fazer 2 anos de namoro. Com isso fomos criando um vínculo de amizade muito forte, pude participar e conhecer sua vida, e ele a minha. E com o passar dos dias essa amizade só ia aumentando cada vez mais. E já se passará uns 3 meses e nos tornávamos cada vez mais amigos.

Porém, algo inesperado aconteceu...
No fim da aula de uma sexta-feira, só restará eu e ele na sala, íamos caminhando pelo corredor em direção ao portão que dava acesso a pracinha da escola, para podermos sair, quando de repente Bernardo para, segura em meu braço me olha nos olhos(já falei que ele tem olhos esverdeados, que me encanta) sem desviar o olhar um segundo de mim, vai se aproximando e se aproximando cada vez mais

Minhas pernas tremem, sinto que estou prestes a cometer a maior burrada da minha vida, uma parte de mim, gritava para sair correndo dali, enquanto a outra parte, só queria aproveitar o momento.
Bernardo me beijou. Sim, me beijou! Foi um "beijinho". Mas socorro, isso não podia está acontecendo, somos amigos, não podemos confundir isso, só amigos Sophie, amigos.

Ao chegar em casa, corri para a cama, peguei o celular, e já tinha uma mensagem.

Bernardo: Sophie?
Sophie: Você tem namorada, e isso não pode acontecer, foi só um beijo, devemos esquecer isso.
Bernardo: Mas... E se eu não quiser esquecer?
Sophie: A gente não podia ter feito isso.
Bernardo: Tudo bem.
Bernardo está off-line

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