Fiquei observando mais um pouco aquele "acampamento" que parecia mais uma escola fiquei pensando o que eu iria fazer aqui nesse fim de mundo. Poderia estar com a minha bixa má agora, mais não estou. Então vou ter que aprontar aqui mesmo. Certo? Certo!
Olhei varias pessoas ao redor sabe elas me davam ânsia de vômito. Sabe aquelas pessoas super certas até pra se vestir? Roupas bizarras? Amores século XXI e não XIX, ok? Olho para o lado e ninguém descente. Até aparecer um garoto bem bonito por sinal, e usava roupa desse século. Ele parou ao meu lado junto com uma menina de cabelos pretos e ficaram me olhando sem falar nada. Eles tem problemas? Então como sou uma pessoa normal resolvi sair sem dizer nada. Estava tão bom ficar ali zoando as pessoas em pensamentos igual eu estava fazendo. Porque se for pra fazer minhas "pegadinhas" vai ser às escondidas para minha mãe receber as notícias do tipo "Sua filha está mudando" mesmo eu não mudar porra nenhuma. SOU ALICE CARALHO! Ta para né?! está ridículo. Menos Alice você não é isso tudo (mentira, sou sim). Percebi que estava parecendo uma louca falando sozinha na frente dos outros, mas nem liguei, continuei assim mesmo.O motorista do ônibus me ajudou com as malas e fui andando pelo "acampamento". Tá na moral, é uma escola. Fui andando pela escola e logo entrei num quarto grande e rosa. Rosa? Porque rosa? Não podia ser outra cor? Tipo azul? Não! Tive uma idéia, vou pichar essas paredes. Não, não sou nenhuma roqueira louca mais rosa é uma cor ridícula de patricinhas. Ah tá que vou ficar com essas paredes cheias de flores, corações e com um texto na parede "O errado se transformará no certo...". Parecia uma indireta pra mim, mas se eu sou errada, problema meu. Continuo olhando e rindo com o que leio na parede.
O homem me olha assustado e sai andando do quarto com um sorriso contagiante. Me viro para as malas e começo a tirar as coisas até achar o spray, e sem pensar duas vezes já estava pintando e fazendo vários desenhos na parede do quarto só deixei aquele texto lá, ele me fazia rir. E eu estava com a alma tranquila do que tinha feito.
Ouço o sinal tocando e fico me perguntando o que significava aquilo, então eu apenas saio do quarto e como dizem os brasileiros "sigo o fluxo". Vou parar em uma espécie de refeitório com várias mesas e pessoas certinhas sentadas com uniformes. Pra que isso minha gente? Eu hein...
Chega uma mulher dizendo ser a líder do acampamento e fez um belo discurso sobre boas maneiras e tal, mas eu nem liguei, só queria comer porque estava morrendo de fome.
-Bom, é isso. Podem comer!- a mulher falou e todos vão educadamente com seus devidos pratos para a mesa pegar a comida.
Mas como eu não sou nada educada que nem essas pessoas do acampamento, eu pego meu prato e saio correndo na frente de todo mundo esbarrando em muita gente. Mas uma coisa que me chamou atenção foi que eu não fui a única a fazer isso. Um menino um pouco mais alto que eu saiu correndo na frente de todos igual eu e conseguiu passar na minha frente. Nem sei quem é esse menino, mas já considero pra caramba.
Como saí correndo também, consegui um lugar na fila atrás dele.
-Você é das minhas garota.- o menino vira pra mim e fala.
-Ia falar a mesma coisa de você.
-Odeio esse acampamento que são todos certinhos. Finalmente alguém tão doido quanto eu aqui.
-Sim, sou louca. Você nem sabe o quanto!
-Qual seu nome?
-Alice, e o seu?
-Felipe! Eu tô com uns planos aí de pixar as paredes da sala da líder do acampamento e queria alguém pra me ajudar...
-Tô dentro. Quando?
-Hoje de madrugada, pode ser?
-Claro. Vai lá no meu dormitório que eu levo o spray.
-Ok. Gostei de você Alice.
-Gostei de você também Felipe.
Pegamos nossa comida e vamos cada um para um lado diferente do refeitório. Esse Felipe até que é legal. Pelo menos eu achei alguém que não segue as regras nesse acampamento ridículo e... sabia que conhecia esse garoto de algum lugar. Hoje mais cedo quando eu cheguei ele e uma menina pararam na minha frente, lembram? Aí eu saí sem dizer nada... lembro dele!
Termino de comer e vou para o meu dormitório ficar quietinha e ler um livro de boas maneiras... Só que não!
Saio do refeitório e vou procurar alguma coisa para aprontar antes do Felipe ir me chamar de madrugada, porque quero que essa escola conheça tudo que Alice Albuquerque tem a oferecer.
Vou andando e vejo um grupo de meninas conversando com uma voz bem irritante ao lado do banheiro. Fico pensando "o que posso fazer com essas meninas?", até que veio uma idéia na minha cabeça e o grupo de meninas entra no banheiro. Eu apenas pego a chave que ficava escondida atrás da porta e tranco todas naquele banheiro. Aí vocês me perguntam: porque você fez isso? A resposta é que eu não tenho um motivo, só sei que uma daquelas meninas na hora da entrada me olhou com nojo, e agora ela está em um banheiro nojento igual a ela. Toma trouxa!
Agora que já fiz o que tinha que fazer, vou em direção ao meu quarto ficar olhando as paredes e rindo daquela frase ridícula. Porque aquela frase estava lá? É realmente desnecessário. Mas fazer o que? Não vou discutir.
Apenas deito na minha cama esperando Felipe vir me chamar. Mesmo ele não sabendo onde é meu quarto, nem ligo. Ele dá um jeito de achar... espero!
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Quando o amor acontece...
Teen FictionAlice, é a típica garota "vida louca", que faz da vida de seus pais e da escola um inferno. Ela não leva desaforo para casa e fala tudo o que quer para qualquer pessoa. Cansados desse comportamento rebelde de Alice, seus pais decidem mandá-la para u...