capítulo |4|

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Ouço batidas na porta e logo vou abrir.

-Quem tá pronta para aprontar com a sala da líder?- Felipe diz com uma cara de pervertido.

-Eu!- digo com uma voizinha fofinha.

-Então vamos logo, aproveitar enquanto ela está dormindo.- ele diz e logo saímos do meu quarto.

-E aí? Me conta mais sobre você. Porque está aqui?- ele me pergunta enquanto andávamos no corredor.

-Eu meio que aprontava muito na minha escola e...

-Aprontar de que tipo?

-De jogar o carro do diretor de um abismo!

-Meu Deus, você fez isso?

-Sim.

-Você é bem expert de bagunça né?

-Sim, um pouco. Mas então, aí minha mãe e meu pai ficaram bravinhos por causa disso e me mandaram pra cá.

-Eles acham que você vai virar santa vindo pra cá?- ele pergunta rindo.

-Acho que sim. Não entendo o pensamento deles.

-Mas graças ao senhor Deus, você me encontrou e eu serei teu cúmplice nessas parada.

-Então somos meio que parceiros?

-Sim, somos parceiros.

-Mas eu nem te conheço, como sei se você será um bom parceiro?

-Ok, meu nome é Felipe Smith, tenho 17 anos e meu pai me acha a maior praga que esse mundo já viu só porque eu pego o carro dele e jogo no mar, vou no trabalho dele e fico infernizando a vida dele... Então ele acha que me mandando pra cá eu ia melhorar o meu comportamento.

-Nosso motivo de ter vindo para cá é igual. Eles acham que isso vai acontecer?

-Não sei, são burros de mais.

-Então quer dizer que somos parceiros?- pergunto.

-Sim, parceiros!- ele fala e faz um toque de mão comigo.

Eu nem conheço esse Felipe direito, mas acho que ele será um belo parceiro para aprontar aqui nesse acampamento. Ele parece ser bem legal e simpático.

Depois de uns minutos conversando descobri que ele gosta das mesmas bandas que eu, tem um cachorro chamado "Tambor", sua mãe morreu aos 10 anos de idade e que ele só tem um amigo nesse acampamento, chamado Nick. É, Felipe é legal.

Finalmente chegamos à tal sala da líder e logo começamos a aprontar. Pichamos a parede, jogamos confete na sala inteira, colocamos papel higiênico no teto e apenas deixamos um bilhete escrito "melhore". Aí vocês me perguntam: mas nessa sala não tem câmeras? E eu respondo: não. Pois, pelo que diz Felipe, a líder do acampamento é tão pão duro que ela não quer gastar seu precioso dinheiro nem para comprar uma câmera.

Saímos de fininho da sala sem que ninguém percebesse e logo estavamos a caminho dos nossos dormitórios novamente.

-Somos ninjas Alice!- ele diz

-Ninguém pode nos deter.- e de novo fazemos um toque de mão.

Voltamos o caminho todo conversando mas somos interrompidos no meio do caminho por uma garota totalmente histérica gritando o nome do Felipe e se jogando em seus braços.

-FELIPE AMORZINHO!- a tal loira se joga nele.

-Oi Ashley!- ele diz sem muita animação.

-Que saudades de você e... quem é ela?- ela pergunta me olhando de cima à baixo.

Quando o amor acontece...Onde histórias criam vida. Descubra agora