3° Capítulo- A despedida

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(POV's Tatiana)

Eles conseguiram puxar o Gonçalo para dentro do bloco e deitá-lo em cima de uma mesa, mas ele não parecia estar nada bem. O vírus já estava a espalhar-se por causa das mordidas nas pernas e foi aí quando vimos que já não havia solução para ele, que percebemos que tudo era real e estávamos mesmo em perigo.

Pedro Filipe: Gonçalo, aguenta ok? Não me vais deixar, não vais mesmo! Eu não te deixo morrer...

Gonçalo: Eu não vou conseguir... matem-me já. Eu não posso transformar naquilo, não vos quero magoar.- disse a chorar.

Naomi: Não! Ninguém vai matar ninguém. Eu não deixo. Gonçalo tu não podes morrer eu tenho tanta coisa que te quero dizer e...

Gonçalo: Então diz-me! Por favor, diz-me agora.- interrompeu-a.

Tatiana: É melhor dexá-los sozinhos um bocado. Chamem-nos se for preciso alguma coisa.

Todos saímos e eles fcaram a falar.

Naomi: Gonçalo, eu...eu gosto de ti. Eu gosto mesmo de ti, desde a primeira vez que te vi e que te sentaste ao meu lado com esse sorriso lindo que nunca me sai da cabeça...- lágrimas caíram do seu rosto.

Gonçalo: Naomi eu não gosto de ti... eu amo-te! Naquele dia eu podia ter-me sentado ao lado de qualquer rapariga, mas sentei-me ao teu lado, porque senti logo qualquer coisa por ti que nem sei explicar.

Naomi: A sério!? Todo este tempo eu nunca tive coragem de te dizer o que sinto e agora que disse já é tarde demais...- disse chorando.

Gonçalo: Mas ainda não é tarde, eu ainda respiro não é?- sorriu e agarrando-a no pescoço e beijando-a. Eu amo-te ok? Nunca te esqueças disso.

Naomi: Eu não esqueço, prometo.É melhor ir chamar os outros eu já volto. Ah... e eu também te amo!

A naomi veio chamar-nos e voltámos logo para a sala onde o gonçalo estava, mas quando lá chegámos nem queríamos acreditar no que tinha acontecido. Foi como se o meu coração tivesse parado.

(POV's Daniela)

Quando entrámos, os nossos olhos encheram-se de lágrimas com o que vimos. O Gonçalo estava sentado no chão, encostado a uma parede, com uma faca espetada no seu peito e quase inconsciente. Todos corremos até ele.

Tati: Gonçalo, o quê que fizeste?. Nós podíamos ter feito alguma coisa...- disse a chorar.

Pedro filipe: Gonçalo, por favor eu não consigo fazer isto sem ti... tu és o meu melhor amigo, tu és como um irmão para mim!- disse a chorar como eu nunca tinha visto nenhum rapaz a chorar.

Gonçalo: Vocês vão conseguir...eu sei que vão...- gaguejou.

Naomi: Eu nunca me vou esquecer do que me disseste,.. do teu sorriso, de ti! Não te esqueças de mim ok?

Ele acenou que sim com a cabeça, sorriu e os seus olhos fecharam-se. Nesse momento senti como se o meu coração estivesse partido e não consegui dizer uma palavra. Eu não sabia que as despedidas podiam magoar assim tanto.

(POV's Naomi)

Ainda estávamos todos muito afetados com aquela perda, eu ainda nem acredito... O Abílio, a Tatiana, a Daniela, a Micaela e o Cláudio preparavam-se para a 1ª saída depois daquele acontecimento.

(POV's Tatiana)

Saímos todos pela janela , o ambiente estava calmo. Coremos em direção ao pavilhão e apanhámos as caixas, desta vez fomos com muito cuidado e quando chegámos aos blocos entregamos as coisas.Mas algo estranho aconteceu. Ouvimos um grito de aflição como no 1ª dia que aconteceu isto tudo. O grito vinha do portão.

MICAELA: Mas o que foi aquilo.

DANIELA: Um grito muito assustador...

CLÁUDIO: Vamos lá, deve ser alguém em perigo.

MICAELA: Mas falta 5 min. para as janelas fecharem-se.

Sim, as janelas fecham-se, nós do bloco A e B combinámos que ás 6 da manha as portas abrem-se para quem quiser sair, mas ás 7 da tarde já ninguém poderá sair nem entrar.

Abílio: Nós somos rápidos, temos que ir lá ver o que se passa.

Corremos nós os 5 até ao portão e ao longe avistámos uma rapariga e dois rapazes a serem arrastados para dentro da escola pelos militares.

(POV's Inês)

Eu tinha combinado encontrar-me ao pé do colégio com um amigo meu, o Yvan, e um amigo dele o Tiago, que eu não conhecia. Nós estávamos lá para nos irmos inscrever no colégio. Estava à espera deles quando os vi chegar ao longe.

Yvan: Então nês, esperaste muito?

Inês: Ha ha ha Já esperei mais!

Yvan: Ah, este aqui é o Tiago, ele é muito meu amigo.

Inês: Oi!

Tiago: Ola nês! Ha ha ha.

Yvan: Parece que estamos no deserto, não estou a ver ninguém.

Tiago: Mesmo.

Inês: Olhem, está a vir umas pessoas estranhas com fatos de tropa em direção a nós.

Tiago: Parece que não estão com boa cara.

Os três homens com fatos de tropa aproximaram-se cada vez mais, quando chegaram até nós fizeram cara de caso.

Militar ###: O que estão a fazer aqui fora? Estão armados em espertinhos? Vão já para o colégio e nem pensem em voltar a sair de lá.

Enquanto o militar nos dizia isso, empurrava-nos lá para dentro com a ajuda dos seus 2 colegas.

Inês: AHHHHHH!! Mas qual é o seu problema? podes me soltar?.

Tiago: Solta-a já!! Quando me soltares vais desejar nunca te teres metido com ela.

Onw, ele foi tão fofo a dizer aquilo... Mas os militares não foram fofos, foram uns estúpidos. Mandaram-nos para o chão e fecharam os portões do colégio não nos deixando sair. Nós estávamos assustados, sem perceber nada e sem saber o que fazer quando de repente vimos para aí umas 30 pessoas a vir direto a nós. Mas algo se passava, essas "30 pessoas" vinham a rastejar ou a coxear e não pareciam mesmo nada bem, mas quando elas se aproximaram mais de nós tive a certeza de que não estavam mesmo bem. Estavam pálidas, com os olhos negros, com veias a sobressaírem, cheias de sangue e com as roupas sujas e rasgadas. Pareciam mesmo zombies.

Yvan: O que é isto? O que se passa aqui?

Tiago: Acho que é uma partida. Só pode!

Inês: E agora o quê fazemos?

Tiago: Esperamos eles chegarem ao pé de nós e vemos o que fazem.

Inês: Tenho medo...

Tiago: Não tenhas, eu protejo-te!

Inês (corada): Até já me sinto melhor.- ele é mesmo querido.

Quando aquelas coisas (as pessoas) chegaram ao pé de nós instalou-se o pânico, aquilo não parecia mesmo uma partido. Começaram a atacar-nos e tentar mordeu-nos e arranhar-nos . Faziam sons horríveis como que gritos que nos faziam arrepiar e seu odor era como se tivessem morrido (era mesmo nojento). Eu nunca estive tão assustada na minha vida e a minha primeira reação foi gritar o mais alto que conseguia.

Yvan: Ajudem-nos!! Por favor, ajudem-nos!

Tiago: Socorroooo!!

De repente 5 alunos, que pareciam estar bem, apareceram lá ao fundo e correram até nós. Começaram a bater nos zombies com pedaços grandes e afiados de madeira.

Micaela: Calma, nós vamos ajudar-vos.

Cláudio: Sigam-nos, rápido!

Inês: OK!

RUN OR DIEOnde histórias criam vida. Descubra agora