RUN OR DIE

11° Capítulo: "se preferes esperar por um milagre então espera"

{POV's Yvan}

Eu, a Inês e o Tiago estávamos sentados nas escadas do bloco quando começamos a ouvir gritos. Corremos para a sala de convívio e quando chegámos lá vimos o Pedro à briga com o David, um míudo que não gostou das ideias do Pedro. Toda a gente estava em círculo à volta deles e a segurá-Los para não se "matarem" um ao outro.

David: Tu pensas que vais mudar alguma coisa assim?
Pensas que por te revoltares contra o exército vais sair daqui mais depressa? Não vais e só vais conseguir piorar as coisas.

Pedro: Ao menos eu não vou ficar parado a ver todos à minha volta morrer e a pensar quando vai ser a minha vez.

David: Mas se forem lá para fora só vão morrer mais depressa, não entendes isso? Deves ser mesmo estúpido então.

Pedro: O único estúpido aqui és tu que tens medo de arriscar. Se preferes esperar por um milagre então espera mas eu não vou esperar.

David: E por não quereres esperar vais arriscar a vida dos teus amigos, é? Nunca pensei que fosses assim tão idiota.

Pedro: Os que vierem comigo têm a mesma opinião que eu, não os obriguei a nada seu atrasado de merda. Se queres ficar aqui, fica. Agora não te venhas meter nas coisas dos outros.

David: Uau, a sério... não fazia ideia do filho da Puta que és.

Assim que o David disse aquilo o Pedro soltou-se doa braços das pessoas que o agarravam e deu um murro na cara do David fazendo-o cair no chão.
A briga começou a piorar e eu e o Abílio separamos os dois.

David: Faz o que quiseres, o problema é teu.

Pedro: Até que enfim percebes isso.

Claudio: Chega! Acabou-se ja!

O Pedro soltou-se e saiu da sala de convívio a escorrer sangue do lábio é com alguns arranhões na cara.
O David também não ficou lá muito bem, tinha os olhos negros e pingava sangue da boca.
Isto está a ficar cada vez pior, á medida que o tempo vai passando as coisas pioram. Se continuarmos assim só vai haver mais brigas e discussões. Temos de sair daqui o mais rápido possível.

{POV's Tati}

Depois de assistir aquela confusão toda segui o Pedro até uma sala. Bati à porta e entrei.

Tati: Posso?

Pedro: Eu não quero que me vejas assim...- entrei na mesma e fechei a porta.

Tati: O que se passa? Tu não estás bem.

Pedro: Ah não é nada, são só uns arranhões.- disse mexendo na cara.

Tati: Não é disso que estou a falar. Nos últimos dias tens estado muito sozinho, chateias-te com tudo é com todos e eu sei que tu não és assim. O que se passa?

Pedro: Nada, a sério eu...- interrompi-o.

Tati: Pedro, por favor, podes falar comigo.

Pedro: É que... eu... eu já não sei nada. Eu só quero tentar ajudar mas parece que tudo o que faço está mal. Eu não posso perder mais ninguém que eu preciso.
Eu não posso deixar os meus amigos morrer, não te posso deixar morrer a ti. Eu já perdi o meu melhor amigo. Eu deixei-o para trás e não consegui fazer nada para o ajudar. Eu deixei-o agora ele nunca mais vai voltar e... e eu tenho muitas saudades dele e de tudo o que passamos juntos. Tenho tantas saudades...- os seus olhos encheram- se de lágrimas que escorregam pelo seu rosto sem parar.