Capítulo 29 Ayla

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Chegamos e lá tinha um ciclope.

Bem pode parecer não tão ruim assim, mas, pra mim era devastador.

Quando eu tinha seis anos, eu convivia com minha mãe, meu pai e minha irmã, Kaira. Ela era o meu maior exemplo, já com 16 anos, havia participado de nove missões, todas arriscadas, e essa foram à última. A guerra.

Eu acho que nem meus pais sofreram tanto ao ver ela, ali no chão com os olhos cinza vidrados, sangue vazando de sua barriga, e sua mão segurando a minha.

Flash Black ON

-Kaira! – eu sai correndo gritando quando a vi

Todos se amontoaram em volta da pretora (minha irmã):

-Vencemos Ayla – ela sussurrava

-A vitória não vale sua morte. – falei entre o choro

-Vitórias exigem sacrifícios, Ayla, ele era o último ciclope a ser derrotado. – novamente ela sussurra

-Não me deixe Kaira. – eu abracei

-Me promete uma coisa Ayla? – dessa vez ela falou um pouco mais alto

-Qualquer coisa. – eu disse com a voz embargada do choro

-Seja igual a mim, minha irmã, eu te amo tanto.

E depois ela afrouxou o aperto da minha mão:

-Nãoo!!!!! Kaira!

Na época o outro pretor era o Marc, namorado dela, ele e mais a Maisa começaram a me arrastar, já que eu não arredava o pé dali por nada e ainda tentei me desvencilhar dos braços deles:

-Me solta! Eu quero a minha irmã!Kaira!Kaira! – eu gritava e esperneava

Até que por mim, eles me soltaram e corri em direção a ela.

FLASH BLACK OFF

Desde então, jurei vingança por minha irmã.

Se alguém se opôs a mim, não ouvi, mas parti pra cima do gigante, e no caminho da corrida o reconheci. (O danado já voltou do tártaro? – pensei) Era o que havia matado a minha irmã, agora era questão de honra.

Tirei a espada da bainha, que um dia foi da Kaira.

-Agora você me paga! – eu gritei

O ponto fraco daquele ali era o tornozelo, minha irmã me dissera isso. Então, obvio-me fui ao tornozelo:

-Sua peste!Igual a irmã, mas dessa vez não. – ele fala calmamente enquanto desfere um golpe com a lança.

Todos ficaram confusos com a parte de "igual à irmã", ninguém sabia (exceto Albert) mais depois eu me virava com isso, agora eu tenho que desviar dessa lança.

Depois que desviei, finquei a espada na canela do ciclope, e depois uma na mão esquerda, já que ele manejava a lança com ela e não tinha jeito nenhum.

-Criança petulante, até a irmã era menos chata que você e sabia mais golpes também!Eu fui pro tártaro, mas... – eu o interrompi

-Não tem direito nenhum de falar dela, seu verme! – vociferei

Aí eu dei a última tacada, ele deu uma brecha, deslizei pelo chão, me esquivei de sua mão e meti a espada no seu tornozelo:

-Isto é por Kaira. E que você apodreça no tártaro.

O ciclope se desfez em pó e eu cai exausta de joelhos no chão.

-Pelos deuses? O que foi aquilo Ayla? – Helena perguntou espantada

-A pergunta é você tem uma irmã? – Nathan pergunta sério diferente do que costuma ser, brincalhão.

Sinto meus olhos transbordando quando falo:

-Tinha.

-Como assim Ayla? – Helena pergunta mudando seu tom de voz para nervoso – Você sempre contou tudo à gente!

Albert se sentou ao meu lado e encostou minha cabeça no seu ombro me lançando um olhar de tipo "conte a eles" e se ele estava falando é porque eu tinha que falar:

-Perdi Kaira aos seis anos, na guerra. Na época, ela era pretora, o maior orgulho de meus pais e o meu maior exemplo. Salvou o mundo e em troca, este lhe deu a morte. – suspiro e sinto as lágrimas caírem – Ela matou esse ciclope, mas antes o mesmo lhe deu uma facada no tórax. E ela se. . . Foi.

Comecei a chorar como não havia chorado desde a morte dela. Os outros estavam pasmos, só olhando-me.

-Precisamos voltar para o acampamento. – Disse Lucca friamente

-Vocês vão eu não, preciso ir atrás de Marc. – eu disse depois de passado o choro

-E quem seria este? – Pergunta Matheus com um fio de ciúmes na voz

-O antigo pretor com quem minha irmã dividia cargo, namorado dela e filho de Plutão.

-Neste caso, nós a acompanhamos. – falaram todos em um uníssono

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Quem gostou da uma estrelinha rsrsrs

Espero que tenham gostado, caprichei pra vcs : * 


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