Capítulo 3

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— Harry – Hermione chamou. – Precisamos conversar.

— O que houve? – Ele perguntou se sentando em um dos sofás da Sala Comunal da Grifinória. Ron sentou-se numa almofada e Hermione no braço do sofá.

— Não sei por mais quanto tempo vou conseguir esconder... dele – ela enfatizou "dele" para que Harry e Ron entendessem que se referia a Draco – sobre a Armada de Dumbledore. Ele tem notado que do nada muitos alunos somem. Eu digo que é porque todos devem estar na Torre de suas respectivas casas, mas acho que ele já percebeu que não é isso. – Hermione sussurrava.

— Ele te perguntou alguma coisa? – Harry perguntou.

— Não, mas e se a qualquer momento ele perguntar?

— Você não pode dizer, Hermione. – Ron disse.

— Draco já provou estar do nosso lado. Sei que muitos serão contra, mas o que podemos fazer?

— Tente esconder um pouco mais dele... Temos que pensar o que fazer... Não vai ser fácil convencer o pessoal.

— Se a Hermione falar... Talvez... – Harry disse.

— Não posso contar pra ninguém que estamos juntos. Vamos ter que arrumar outro jeito.

— Vamos pensar em um, Hermione. – Harry tentou tranquilizar a amiga.

*****

Era sábado à tarde, Harry e Ron estavam no sétimo andar, enquanto Hermione e Draco estavam na Sala Precisa. Enquanto tinham o Mapa do Maroto discretamente aberto, os dois conversavam sobre Quadribol, já que era um assunto que não despertaria suspeitas em nenhum possível espião de Umbridge.

*****

Hermione e Draco estavam tomando Suco de Abóbora. Estavam sentados na cama que sempre aparecia para os dois. Ambos estavam de pernas cruzadas e de frente um para o outro. Draco contou, com detalhes, o que havia contado rapidamente durante a semana e, Hermione fez o mesmo.

A namorada ficou preocupada ao escutar sobre o que acontecera na sala de Umbridge, porém Draco a tranquilizou.

— Sinto muito, mas vou ter que entregar mais pessoas essa semana. Ela não pode desconfiar que não estou realmente trabalhando para ela.

— Eu entendo.

— Espero que ela vá embora logo. Papai me enviou uma coruja... Está todo satisfeito por eu estar trabalhando para a cara de sapo. – Hermione soltou um riso.

— Espero que Dumbledore volte logo.

— Nunca pensei que concordaria com essa frase. – Os dois riram.

— E você já começou a estudar para as provas? – Hermione perguntou.

— Nem me fale...

— Se quiser, posso te ajudar...

— Que horas? Onde? Mal podemos nos encontrar aqui... E quando o fazemos precisamos do Potter e do Weasley.

— Tem razão... – Hermione tinha um tom pesaroso na voz. – Mas vamos dar um jeito. – Ela tentou parecer otimista.

*****

Na tarde de sexta-feira daquela semana, Draco recebeu um berrador de seu pai furioso. Queria saber por que não era o primeiro a delatar os alunos para Umbridge. Lúcio foi extremamente taxativo: ou ele passaria superaria todos os espiões em números de alunos entregues ou ele sofreria as consequências. Assim que recebeu o berrador, Draco tentou se comunicar com Hermione ou Harry, porém não obteve sucesso. Viu-se, então, obrigado a entregar todo e qualquer aluno que fosse suspeito para Umbridge... Nem que fosse por apenas aquele dia.

Obsessão - A Batalha do MinistérioOnde histórias criam vida. Descubra agora