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Diego narrando:
Sai do apartamento da Nina e logo entrei no meu, estava exausto... mas aquela mulher não saia do meu pensamento. Fui pro meu quarto, tirei minha roupa e tomei um banho demorado. Após terminar, coloquei uma bermuda solta e só joguei uma camisa no meu pescoço, calcei um chinelo, peguei meu celular e saí do apê. Estava tarde da noite, mas eu precisava relaxar. Desci e fui até o calçadão da praia.. Fiquei caminhando ali e logo fui até a areia. Me sentei e fiquei olhando o mar. Meus pensamentos voavam longe e claro, só na Nina. Será que eu realmente sou pra ela só um cara qual a satisfaz? Será que ela não sente nada? E porque eu.. logo eu, venho sentindo essas coisas? Minha raiva quando vejo a Nina se insinuando pra outros caras sobe lá em cima. E meu irmão? Não.. não consigo acreditar que ela transou com meu irmão! É demais pra mim. A Nina precisa parar com esse joguinho, com essa facilidade de se entregar a qualquer um. Balancei a cabeça com a intenção de que esses pensamento saíssem de mim. Me levantei e voltei pro condomínio. Assim que o elevador abriu eu caminhei até a porta do apê da Nina, parei ali e suspirei fundo. Minha vontade era de entrar no apartamento dela e falar tudo que venho sentindo, mas como? Se nem eu mesmo ainda entendo. Virei e entrei no meu. Fui direto pro quarto, deitei na cama e acabei pegando no sono.
Sabrina narrando:
No outro dia de manhã eu acordei com uma ligação da minha mãe, ela me disse que voltaria só na outra semana. Ou seja, 3 semanas sem a minha mãe. Ela depositou mais dinheiro na minha conta; eu nem ligava muito porque na maioria das vezes eu não via muito a minha mãe, quando eu saía pra ir na faculdade ela já tinha saído pra trabalhar, quando eu voltava ela ainda estava no trabalho, quando ela voltava eu já estava dormindo Uma agência dá muito trabalho, ainda mais quando se é dona. Minha mãe conhecia vários donos de grifes e toda semana ela ia a um desfile ou a uma exposição; ela tinha que selecionar modelos e books o dia todo. Apesar de muitas vezes eu me sentir sozinha, não reclamava ela já tinha problemas de mais e eu não queria preocupa-la; além disso eu já era grande o suficiente pra ficar sozinha. Meu pai eu não via muito, vez ou outra ele vinha no rio nos visitar. Ele ainda é solteiro e "sonha" que ele e minha mãe ainda vão reatar, mas eu não crio esperanças pra ele, eu tenho certeza que não. Meu pai é muito galinha e sempre estava com uma mulher diferente, foi assim todas as vezes que eu fui lá nas férias e também as vezes que a mamãe pegou ele a traindo. Eu não falo nada, nunca opinei na relação dos dois. Meus pais se separaram quando eu tinha 14 anos, não foi nenhum choque pra mim, desde pequena minha mãe me falava que os homens não prestavam, deve ser por isso que eu acho que nenhum dos meus namorados prestavam e nenhum homem serve pra mim; não sei, mas acho melhor eu continuar com esse pensamento, melhor prevenir do que remediar, não acham?

Me coma com carinho - PARTE 1Onde histórias criam vida. Descubra agora