No meu penúltimo dia com a minha mãe, eu desci pra me despedir dele. Já era a noite e ele estava jogando futebol com os meninos do condomínio. Eu o chamei, mas ele fingiu não me ouvir. Eu era tão ingênua que pensei que ele não tinha me escutado, então me aproximei da quadra e o gritei novamente. Rolou um coxixo por uns 30 segundos na quadra; os meninos fizeram uma espécie de rodinha enquanto eu observava quieta apoiada nas grades da mesma. Foi quando Diego se aproximou de mim e disse:
- Quem é você? Aquilo foi mais que um choque! Fiquei 4 dias conversando com o garoto e hoje ele me pergunta quem sou eu? Eu muito boba respondi, mas ele fez questão de gritar que não me conhecia. Os meninos começaram a gritar atrás. - É SUA FÃ DIEGO? MAIS UMA? - Eu perguntei em voz baixa porque ele estava fazendo aquilo, mas ele riu da minha cara e disse que não me conhecia e não entendia porque eu o chamava e insistia em querer falar com ele. Me magoei, meu olhos se encheram de lágrimas mas não chorei. Respirei fundo e tentei seguir meu caminho, mas depois senti algo bater nas minhas costas com força, era barro. Os meninos jogavam barro em mim e as meninas riam e zombavam de mim. Aquilo foi a gota d'água!
A partir daquele dia seria o ultimo que Diego zombaria de mim ou demais alguma menina, estava decidida! Iria voltar melhor do que nunca e ele imploraria pra me ter!
Aí quando eu me mudei de novo teve o lance da cuspida, mas isso fica a parte; pra descontar essa eu ainda pensaria em algo.
Acordei desse pesadelo com o meu despertador berrando; me levantei e tomei um banho, ainda estava com Diego na minha cabeça e meu sonho só me deu mais certeza do quanto eu o odiava. Do quanto eu queria faze-lo pagar por toda a humilhação que eu e outras meninas passaram. Depois de uns 20 minutos eu já estava pronta, eu saí do apartamento e Diego saiu na mesma hora. Nós não nos falamos apenas nos encaramos com ódio, eu caminhei até o elevador e apertei o botão, fiquei esperando até que ele veio. Eu entrei e logo em seguida ele, eu o olhei, ele estava de perfil e no pescoço dele era possível ver as marcas na ultima noite, os arranhões os chupões. Pelo menos o barulho pra ele havia valido a pena. O elevador parou no sub-solo e eu sai. Fui até meu carro e nem vi Diego saindo do elevador, eu entrei no meu carro até que vi ele correndo até mim pelo retrovisor.
- NIIINA! - Ele gritava enquanto corria, se aproximou até a janela do meu carro, eu abaixei o vidro e ele continuou. - Nina, me dá uma carona? Tô sem gasolina na moto. - PUTZ MANO! Era um péssimo dia pra ele me fazer um pedido daqueles, eu estava MORRENDO de ódio. Eu não disse nada, destravei a porta e ele entrou sorrindo . Eu dei partida e comecei a dirigir.
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Me coma com carinho - PARTE 1
Genç Kurgu''Eles não se entendiam, raramente concordavam em algo. Mas, apesar das diferenças, tinham algo importante em comum: eram loucos um pelo outro Créditos a @thingsweb história REPOSTADA