Me coma com carinho - PARTE 1

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Acordei era aproximadamente umas 14:00, ainda estava sonolenta mas se eu dormisse mais provavelmente não conseguiria dormir de noite. Juntei forças pra me levantar e fui até o banheiro me olhar; estava com a maior cara de derrotada, detonada! Tinha que dar um jeito em mim mesma, tomei um banho, penteei meus cabelos. Coloquei um vestido leve, uma rasteirinha bem linda, mudei minhas tralhas pra outra bolsa e fui a caminho do paraíso.. O SHOPPING!
Aqui os shoppings não são tão cheios como em SP, aqui tem praia e outras diversões; cariocas são definitivamente bem diferentes de paulistas. O meu maior prazer eram as lojas estarem sempre vazias, sem filas. Então não me demorei a fazer minhas compras. E que compras, rendi prejuízos na conta bancaria da minha mãe.
Eu andava tranquila pelo shopping todo, até que uma coisa me chamou atenção .De longe eu pude avistar Diogo em uma loja de lingerie. Pra quem ele estaria comprando? Eu me escondi e fiquei olhando de longe, ele olhou várias. Amarelas, brancas, rosas, azuis até que chegou na vermelhas. Ele olhou, pegou nas mãos, olhou de novo, sentiu o tecido e assentiu com a cabeça em sinal de afirmação. Como quem diz: ''é essa!". A vendedora saiu de perto dele e ele a acompanhou até o caixa. Ele saiu de lá com uma caixinha preta de laços vermelhos, eu segui Diogo sem deixar que ele me visse.
Diogo andou até uma loja de sapatos femininos e abraçou por trás uma mulher. SAFADO, CACHORRO! Pois é, era um mau de família mesmo, Diego era a cópia do irmão. Ele entregou a caixa a mulher e sussurrou algo no ouvido dela que a fez rir, eles deram um selinho e saíram abraçados da loja. Eu me sentei em um sofá que tinha na frente de uma loja e fiquei pensando, como podia duas pessoas serem tão parecidas em tudo? Como podia uma falar mau da outra mas fazer igual? Foi ai que me dei conta, estava pegando leve. Se eu quisesse ganhar esse jogo teria que colocar as minhas garras pra fora. Teria que ser mais agressiva em minhas atitudes, se eu continuasse me entregando do jeito que estava, certamente não daria em nada.
Fui até a praça de alimentação e comi comida japonesa, após uns 30 minutos depois da minha refeição meu celular tocou.
- Eu! - Disse em um tom alegre.
- Tu viu? Não vamos ter aula por um bom tempo. - Era Manuela. MANUELA? O que ela queria?
- Manu, é você?
- Sou, ué.. Não reconhece a voz?
- Er.. reconheci sim. Mas então eu sei que a gente não tem aula, mas o que tem? - Era segunda feira, o que será que ela queria fazer?
- Ah não sei, pensei que talvez poderíamos fazer alguma coisa! Aonde é que tu tá? - Ok, ela queria mesmo fazer algo!
- Eu to no shopping terminando meu almoço, você quer fazer o que na segunda feira Manu? - Não estava a fim de sair.
- Sério? Vai pra onde depois? - Nossa, que interrogatório.