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- É o Diego, vagabunda! - Não tinha melhorado muito, mas entendi o vagabunda, então eu já sabia quem era. Eu ouvia um som pesado atrás dele, provavelmente estaria em algum barzinho ou boate.
- O que você quer? FALA ALTO! - Eu gritava no telefone.
- Só liguei pra saber o que estava fazendo.. - Aham, pensa que me engana o coitado!
- Aonde você está? - Ele demorou séculos pra responder, talvez estivesse elaborando uma resposta. Mas eu nem liguei não eram os meus créditos que estavam sendo gastos.
- A gente se encontra ainda essa noite. - Só sei que eu não ouvi mais nada, ele desligou o celular depois dessa frase medíocre. O que ele esperava, que eu adivinhasse onde ele tava? Enfim, já era 21:00 e eu tinha que me arrumar.
Parti pro banheiro com pressa, tomei meu banho maravilhoso e depois liguei pra Tina. Ela disse que me encontraria aqui na portaria 00:00 com a Manu e a Débora. Era hora se arrumar , troquei de roupa umas 30 vezes antes de decidir o look . Peguei um vestidinho pink, colado, que valoriza todo meu corpo e um sapato branco com alguns glitters, não muito exagerado. Meus cabelos não eram difíceis de arrumar porque eram naturalmente lisos, deixei eles soltos e coloquei um brinco dourado. Joguei 2 pulseiras no pescoço, uma pequena e outra maiorzinha, coloquei apenas 2 anéis, um em cada mão. Fiz um make escura, mas que brilhava bastante. Passei um gloss, me perfumei. Peguei minha bolsa e desci pra portaria.
Assovios à parte, já eram 00:30 cadê as meninas. Foi ai que eu vi um hb20 preto cruzando a rua. Sai do condomínio e entrei no carro.
- Nossa gente, que demora! - Sentei no banco da frente, Tina que dirigia.
- Ah, Manuela parecia que ia pra um casamento! - Eu olhei pra tras e vi a Manu toda linda. A Manu era a típica garota carioca, corpão , cabelão queimado de sol, ela surfava, tinha o corpo moreno, marquinha de biquíni fio dental.. Enfim, linda e linda. Ela tinha os olhos castanhos, muito bonita.
- Tá bonita mesmo Manu, pelo menos valeu a pena, gata! - Ela riu de volta e retrucou.
- Você também tá linda! - Na maioria das vezes eu não agradeço a elogios, mas resolvi ser educada. Aparentemente a Débora parecia ser a mais tímida eu não a conhecia bem, aliás eu nem a conhecia. Ela era morena, tinha um cabelo meio ondulado, um corpo lindo e puta bundão. Ela tinha tatuagens nas duas mãos, uns símbolos em africano que eu nem fazia idéia do que eram.
- Você também Débora!
- Obrigada! - Ela sorriu e nós continuamos ouvindo o pancadão que rolava dentro do nosso carro.
Depois de uns 30 minutos nos chegamos à boate, era bem bonita a fachada. Bem de playsson mesmo. Assim que adentrei eu avistei Diego com uma vagabunda no bar, aquilo me subiu como ódio. Mas fingi nem telo visto.

Me coma com carinho - PARTE 1Onde histórias criam vida. Descubra agora