O Embrulho

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- Quem disse? - Rose fala com um sorriso maroto no rosto.

- Ta falando do quê? - Pergunto - O garoto fugiu e não conseguimos achar o pergaminho com a profecia.

- Vocês não conseguiram achar o pergaminho... - Ela reforça.

- Mas en... - Scorpius perde a fala com o que vê. Ele tem o olhar surpreso na mão de Rose, que tira do bolso interno da capa um pequeno livro de capa dura, mais ou menos do tamanho de uma mão. - Isso é a...?

- Profecia - Ela diz confiante.

- Mas como...? - Eu pergunto ainda admirado com minha prima.

- Bem, vocês sabem do meu interesse por livros e tal...

- Sim! - Respondemos em uníssono.

- Então, quando o garoto entrou na sala, eu me escondi atrás de uma mesa, que por acaso tinha esse livrinho em cima - Ela mostra o livro - E então eu não aguentei a curiosidade e peguei para folhear. Então eu bati o olho nisto. - Ela abre o livro exatamente no meio e nos mostra. Com uma caligrafia fina, é possível ler os versos da profecia. Percorro com os olhos apertados as linhas manuscritas e indentifico a palavra-chave: Coração de Pedra.

- Perfeito Rose! - Digo animado - Mas, porque o Hagrid disse que era um pergaminho?

- Talvez quisesse que a gente não achasse.

- Eu to boiando na conversa de vocês - Scirpius diz indguinado. Antes que um de nos dois possamos responder, ouvimos barulhos de passos no corredor. Rapidamente pego o mapa do bolso, susurro o juramento, e os desenhos se formam. Abro-o e vejo o sujeito que vem em nossa direção. - Vamos sair daqui. É a professora Boydallp. Até amanhã Rose. - Ela sai correndo e puxo Scorpius em outra direção. Seria muito bom ter a capa da invisibilidade, mas ela é do Thiago. Chegamos até o salão comunal sem ser notados, mas temos uma presença indesejada.

- O que os dois fazem aqui, a essa hora? - Narciso Lore, afundado numa poltrona preta, pergunta ríspido.

- O que você, faz aqui nessa hora? - Scorpius replica.

- Eu sou o monitor. Eu posso ficar aqui até tarde. E qual a desculpa de vocês?

- Estávamos na biblioteca. - Digo rapidamente antes que Scorpius possa falar. - Estudando.

- Não acredito - Ele diz ríspido e sério.

- Pois acredite, é isso que nós estávamos fazendo e... - interrompo Scorpius para que ele pare de falar, antes que fale algo que não deveria.

- Nós vamos subir para o quarto - Assim, eu luxo A corpo s pelo pulso e o arrasto pela escadaria preta. Chegando na porta do quarto, abro-a devagar, e ela produz um ruído.

- Ele tava fazendo alguma coisa suspeita. - Diz Malfoy, com certeza na fala.

- Ele é o monitor Scorpius. Ele faz o que quiser - digo despindo meus sapatos e minha capa.

- Sei não... Ele é suspeito para mim.

- E nós para ele. - Digo com indiferença.

- Tá bom, mas se ele matar alguém da escol ou fazer algo neste rumo, vou dar um bem-feito na sua cara!

- Tudo bem! - Com um sorriso no rosto, pego meu pijama e sigo para o banheiro. Depois de passar um tempo debaixo da agua quente refletindo sobre a profecia e o coração de pedra, e sobre o significado por trás de tudo isso, me visto e vou para debaixo das cobertas. Olho para frente uma ultima vez, e percebo Scorpius dormindo com a mesma roupa. Coitado, demorei tanto que ele dormiu do jeito de tava.

Acordo suando frio. De repente fixo desesperado, mas logo percebo a presença de Will, Talery, Reed e Scorpius, todos ainda dormindo. Não me lembro de ter sonhado nada. Parece que dormi apenas por 30 segundos agonizantes. Jogo longe as cobertas e ponho meus pés no chão frio, que me causa um arrepio na espinha. Ando na ponta dos pés até a cama em frente a minha e sacudo o garoto loiro que dorme feito pedra. Admiro muito essa capacidade dele.

- Scorpius - Sussuro. Ele não move um músculo. Até parece que ele nem respira. - Scorpius!

-Hm. - Ele continua com os olhos fechados, e o corpo na mesma posição.

- Acorde. Temos que encontrar Rose. - Ele continua com a teimosia - Agora! - Ele bem devagar, abre apenas um olho e analisa a situação. Parece não gostar porque volta a fecha-lo.

- Desisto. Vou falar com Rose e Lysander.

- Quem? - Ele se senta na cama rapidamente. Poe os pés para fora e começa a calçar os sapatos de qualquer jeito. - Eu vou com você, não precisa.

- Ótimo. - Ele se veste e descemos para o salão comunal. O mesmo já está cheio de alunos, muito animados. A palavra quadribol é perceptível em todo o percurso até a porta da masmorra.

- Hoje tem alguma coisa de quadribol? - pergunto a Scorpius, subindo o primeiro lance de escadas em direção ao salao principal.

- Quadribol... Acho que na... - Ele diz pensativo, revirando a mente - Ah, merda! - ele poe a mao na testa, como se tivesse descoberto o que procurava na mente, e não gostasse da descoberta - Hoje é o primeiro jogo! Grifinória contra Sonserina! Ai meu deus, Jasper vai me matar!

- Jasper?

- É o capitão do time da Sonserina.

- E quando vai ser?

- Eu não sei...

- Você também não colabora cara! - falo frustrado. - De qualquer jeito, vamos falar com Rose primeiro, e ler o que está naquele livreto.

- Tá né... - Ele fala como fosse sua única escolha, e ela fosse tediante. Chegamos ao salão principal e nos sentamos a mesa da sonserina. Pego um grande pedaço de bolo formigueiro, e ponho outro grande pedaço na boca. Scorpius pega uma porção de ovos com bacon. Muito bacon, e pouco ovo. De repente, uma mão pequena me toca no ombro e me causa arrepios na espinha. Olho para trás repentinamente, mas assim que eu vejo a juba cor-de-fogo eu relaxo o corpo.

- Você me assustou. - Digo casualmente

- Cala a boca e presta atenção - Ela me entrega um pacote de tamanho considerável, pardo - Só o abra em seu quarto. Até o jogo. - Então ela volta para perto do garoto loiro, a quem estava fazendo companhia.

- Você disse que ele não estaria aqui. - Scorpius fala m tom baixo, cutucando a comida. É obvio que ficou com ciúmes.

- Não sou vidente Malfoy! - Olho bem para o embrulho, esperando encontrar algo diferente nele, mas é apenas um embrulho comum. Ou parece, ser.

Harry Potter ~ DescendentesOnde histórias criam vida. Descubra agora