P R Ó L O G O - MÁSCARAS

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A pergunta sempre foi, quem sou eu? Se nem eu mesma sabia, então ninguém poderia ter essa resposta também

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A pergunta sempre foi, quem sou eu? Se nem eu mesma sabia, então ninguém poderia ter essa resposta também. Talvez eu fosse alguém com um passado extremamente difícil, se é que eu posso me classificar assim, eu me reconheço, isso não é algo que se pode deixar lá atrás, vai nos acompanhar para sempre.
Hoje, se habituar com as pessoas e os lugares não é tão difícil quanto antes, mas também nunca foi fácil, é só um cubo mágico bem menos complicado.

Sempre fui um pouco aérea, completamente diferente das outras meninas da minha idade naquela época horrível chamada adolescência, óbvio que na visão deles eu era patética, e na minha, eu era apenas uma menina como outra qualquer. Todos gostavam de apontar o dedo pra mim, zombando ou humilhando, não importa o adjetivo, todos são ruim. Eu tive cicatrizes por dentro, minha alma queimava como fogo e eu chorei tanto que as minhas lágrimas secaram.

Ser alvo de bullying sempre marca uma vida, nunca foi brincadeira, toda pessoa um dia já sofreu com isso e muitas das vezes provavelmente deixou passar batido, mas, para aquela pessoa que sofreu constantemente, todos os dias em vários anos seguidos, marcou de alguma forma, e os meus motivos não foram básicos, cita-los em voz alta ainda era estranho, começando pelo fato de que na época eu era uma garota magrela e sardenta, com tudo isso e mais um pouco havia essa pressão sórdida simplesmente por eu existir. E para completar minha desgraça, eu não podia escolher o meu próprio bem estar ao invés de usar as roupas da "moda", ser filha de uma estilista e um homem influente não me ajudou em nada, na minha casa sempre foi proibido se vestir confortável para se sentir bem.

Deus! Nunca pensei que ter que estudar em uma escola normal fosse um sacrifício, e era um problema, as pessoas queriam algo de mim que eu não poderia dá.

Sempre foi a roupa, meu corpo, até a minha forma de falar ou andar, o que eles esperavam de mim, uma boneca de porcelana? Por que diabos eu incomodava tanto?

Meu pai sempre insistiu em me colocar em uma escola comum, para me mostrar os valores da sociedade e me ensinar que não importa o seu dinheiro ou quanto status social você tenha, você é e sempre será igual aos outros, independentemente de qualquer coisa.

Irônico, não? Eles não entendiam isso, as pessoas que estavam ali me viam como, nada. E a questão nunca foi dinheiro, as pessoas sempre foram cruéis.

Ter estudado numa escola pública não mudou em nada na minha vida, eu sempre soube respeitar as pessoas independente disso. E mesmo assim, eu aprendi a minha própria humildade sozinha, porque eu jamais faria o que fizeram comigo. Porque dói, porque em mim doeu demais.

E depois, quando eu finalmente entrei na faculdade vi as coisas tomando um rumo diferente, me tornei o que eu mais detestava, design de moda, com um grande empurrão dos meus pais é claro, afinal, eu era uma marionete, tinha que continuar o trabalho da família. Consegui alcançar meu pleno sucesso como design e sócia majoritária de uma famosa empresa chamada NYDesing, e isso foi o ápice da minha carreia. Meu nome, Chloe Devis, estava entre os 10 melhores.

Meu Amor Não Correspondido Onde histórias criam vida. Descubra agora