3 - No Family

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Dennis caminhou em direção a janela e curiosamente, olhou para fora. Ele estava preocupado com seus pais, já havia se passado uma hora desde que Amaya fora embora e eles ainda não chegaram. Mal sabia Dennis que sua mãe e pai foram mortos dentro da Empresa JH e em pouco tempo, se tornarão assassinos sem consciência.

Ele ficou observando a rua por mais 5 minutos até Helena Wood chamar sua atenção.

Helena era uma senhora solitária e víuva de 50 anos. Não recebia mais visitas dos filhos, cuidava de dois gatos e sua única distração era o jardim ou a novela das seis. Ela foi morta por zumbis de manhã, em frente ao mercado, mas logo retornou a vida, faltando-lhe consciência e algumas partes do corpo.

Quando Helena viu o pequeno Dennis a observando pela janela, não hesitou em caminhar na sua direção. O garoto acenou pra ela, como sempre fazia, mas dessa vez, a idosa não retribuiu.

Quando se aproximou mais um pouco, Dennis viu o estado de Helena. As roupas estavam sujas de sangue, os olhos brancos e a pele dos braços estava pendurada. No mesmo segundo, ele se lembrou do videogame. Lembrou-se do zumbis que devia matar, mas nunca conseguia.

Já era tarde. Helena avançou na janela da casa, sem se importar com o vidro rasgando-lhe a pele. Dennis gritou e tentou correr para longe, mas a zumbi foi mais rápida e agarrou seu braço, deixando alguns arranhões. Sangue espirrou no tapete branco e absurdamente caro da Sra. Young.

- Para, por favor!

Dennis puxou o braço, se libertando. Helena entrou na casa e correu até o garoto, que não sabia o que fazer. Ele estava próximo da porta de entrada e um pequeno sorriso surgiu em seus lábios. Helena se aproximava, mas ele não se importou, pois sabia que ia escapar.

Ele tentou.

Tentou de verdade.

Mas Amaya havia trancado todas as portas da casa.

~*~

- Seu rosto continua sangrando.- a morena disse após analisar o rosto de Louis.

- Eu sei. Depois cuido disso.

- São uns arranhões bem feios.

- Eu realmente espero que isso não afete minha beleza.- Louis comentou, dando um sorriso.- Não se preocupe comigo, tá bem?

Amaya assentiu e resolveu ficar em silêncio enquanto o seguia. A rua continuava deserta e, segundo Louis, isso significava duas coisas: Ou todos morreram, ou foram levados para longe.

Infelizmente, a primeira opção parecia a mais certa.

- Afinal, onde estamos indo? Quero ver meu irmão.

- Temos que conseguir armas antes, princesinha.

- E onde vamos conseguir isso? Só os policiais de Hoper tem permissão pra usar.

- Eu sei disso.- Louis sorriu e fez um gesto com a cabeça, apontando para uma farmácia.

Amaya não entendeu.

- Só me segue.

Eles se aproximaram. Na entrada da farmácia, havia uma placa dizendo aberto com um rosto sorridente do lado. As paredes de vidro estavam sujas de sangue fresco e rachaduras, como se tivesse acontecido uma luta ali, há poucos minutos atrás. Ao conferir o lado de dentro, Amaya viu um homem os observando atrás de um balcão.

Ele já era idoso, devia ter os seus 70 ou 80 anos. Tinha uns poucos cabelos brancos e barba por fazer. Usava o uniforme da farmácia, que era nada mais que uma camiseta azul claro com Farmácia Hoper estampada na frente em letras chamativas.

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