Querido destino...

Capítulo 5: Festa

Fiquei com o cabelo todo cacheado, algumas mechinhas louras se mostravam felizem em meus cabelos quando balançaram.
- Você está um arraso! - Ela diz dando uma volta ao redor de mim.
- Você também está linda. - Digo balançando seus cabelos, que agora eram apenas de uma cor. Louros.
Voltamos para a escola e os meninos ficaram babando. Realmente achei aquilo engraçado, mas não dei mole para nenhum. Não tenho cabeça para isso agora.
- Meninas, vocês estão um arraso. - Raquel diz aparecendo na nossa frente. - Vou pro meu salão agora também, tenho já a lista de quem vou pegar na festa. Até mais tarde. - Ela diz acenando para a gente e dando passos apressados e elegantes.
Eu e Gabi nos entrolhamos e rimos.

- Você está linda demais. - Gabi diz para mim.
Eu estava com um vestido branco e rodado, com algumas rendas por cima do pano. O vestido realmente era bonito.
- Obrigada, você também está.
Terminamos de nos arrumar e fomos para a quadra. Já estava cheio de alunos ali, e o relógio marcava que nós havíamos chegado meia hora depois do início do evento.
- Elena, eu vou procurar o Diogo, se importa de ficar aqui na mesa tomando conta das coisas?
- Não, imagina. Pode ir.
- Caramba, você está linda. - Ouço a viz de Agatha atrás de mim.
Me virei e vi Agatha em um vestido preto longo, ele era de alça, e ela usava luvas até acima do cotovelo. Ela estava com um delienador super forte, o que realçou em sua pele. Ela estava linda.
- E você? Está dislumbrante. Assim o Lucas se apaixona mais ainda.
Ela sorri de leve.
- Falando no Lucas... - Digo e vejo ele chegando por trás de Agatha e depositando um beijo em sua cabeça.
- Lindos, eu shippo. - Disse fazendo um coração com a mão.
Eles dois riram e saíram.
- Boa noite. - Uma voz atrás de mim soou, me fazendo arrepiar desde o meu fio de cabelo até a unha do pé.
Me virei lentamente para ver um garoto olhando para mim, sério.
- Achei que não estava falando comigo. - Digo me levantando e ficando de frente para ele.
- Eu não resisti por muito tempo. Gostaria de dançar? - Ele pergunta estendendo o braço.
- Bruno...
- Só uma dança.
- Tudo bem.
Seguimos em direção ao meio da pista de dança.
Mesmo eu sendo meio alta, ainda era baixa comparando a ele.
- Você está bonita hoje. - Ele diz me envolvendo.
- Você também.
- Eu queria me desculpar.
- Pelo o que? - Pergunto, confusa.
- Pelo jeito infantil que eu agi nesse tempo. Eu realmente achava que ignorando você, eu estaria melhor, conseguiria tirá-la da cabeça.
O jeito que ele manuseava as palavras, conseguia me deixar culpada nessa história. Eu não deveria ter dito aquilo para ele, deveria ter ajudado a superar tudo. Ou talvez...
- Não há nada com o que se desculpar. Eu é que não deveria ter agido daquela maneira. Eu só... não estou querendo me apaixonar e me magoar logo em seguida. - Digo desviando meu olhar do dele.
- Eu nunca te magoaria. Longe de mim fazer isso. Você seria feliz, eu te trataria como uma princesa, do jeito que você realmente merece ser tratada. Você é uma pessoa extraordinária, e eu sei pelo o que você passou, e sei que sozinha você não vai conseguir superar. Você fez bem ter vindo para esse colégio, você conheceu essas pessoas, e agora tem amigos que você pode confiar, e desabafar, e se quiser... um deles pode ser bem mais que seu amigo.
- Bruno, eu não tenho certeza do que sinto, e eu não quero te magoar depois. Tenta entender.
- Pelo menos um beijo? Um só. Eu não aguento mais olhar para você e agir assim normalmente. Eu tenho vontade de te abraçar, te beijar, te encher de carinho, isso só depende de você.
- Por isso mesmo que eu preciso pensar, eu não sei o que eu sinto por você, e se não for o que nós dois queremos? E se alguém acabar machucado no final?
- Você já me avisou, não precisa se sentir culpada caso isso não dê certo. A culpa vai ser minha, eu corri os riscos, e talvez eu arque com as consequências.
- Bruno... eu... - Antes que eu pudesse terminar ele já havia me beijado. Não tentei recuar, eu precisava daquilo naquele momento. Ele tinha razão, eu não estava sozinha, eu tinha amigos.
- Beuno, você está muito apressadinho. - Digo me afastando do beijo.
- Eu te amo, Elena.
Já? Pensei.
- Eu estarei te esperando se precisar de mim. - Ele plantou um beijo na minha bochecha e se afastou.