"Porque eles dizem que lar é onde
Seu coração está gravado em pedra...
Contanto que estejamos juntos
Importa para onde vamos?"
Home — Gabrielle Aplin
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14 anos depois...
— Lilith, querida, venha aqui — mamãe me chamou do andar de baixo.
Deixei o livro que estava lendo sobre a cama e desci calmamente para encontrá-la.
Jane Granger, com seus cabelos castanhos e olhos cor de mel, estava sentada no sofá ao lado do papai, Cameron Granger, cujos cabelos negros estavam cuidadosamente penteados para trás, e seus olhos castanhos brilharam quando terminei de descer as escadas. Fui adotada pelos Granger há dois anos, e, dentre todas as pessoas que já tentaram me adotar, apenas eles conseguiram minha confiança.
Dirigir meu olhar para a garota entre eles. Seus cabelos castanhos estavam presos em um rabo de cavalo, o que dificultava saber até onde eles iam. Seus olhos eram castanhos iguais aos do papai.
Abracei meu pai, que me recebeu com um enorme sorriso, e então ele me apresentou a garota.
— Pequena — ele falou sorrindo. — Quero te apresentar à sua irmã, Hermione.
A observei com mais atenção e sorri levemente. Lembro de ter visto fotos dela espalhada pela casa há alguns meses. Mamãe havia mencionado que ela havia ganhado uma bolsa de estudo em um colégio interno longe de Londres, voltando para casa apenas nas férias e no final do ano letivo.
— Olá, Hermione — sorri. — É um prazer finalmente conhecê-la.
— Digo o mesmo Lilith — ela sorriu alegremente. — Mamãe me falou bastante de você.
— Espero que boas — falei e eles acabaram rindo, sorri.
Mamãe logo mudou de assunto, perguntando a Hermione sobre Harry. Ela então explicou que ele estava se isolando, o que de fato para ela era compreensível, dado a suas recentes perdas. Papai, preocupado, comentou que deveria esta sendo difícil para ele, enquanto afagava carinhosamente os cabelos de Hermione, que respondeu com um sorriso leve.
Hermione então mencionou seu desejo, compartilhado por Harry, de adotar um menino chamado Teddy, algo que surpreendeu nossos pais.
— Andrômeda, eu já havia mencionado ela para vocês — disse ao notar o olhar de confusão de nossos pais. — Bem, ela está afundando em depressão pela morte da filha, e nem mesmo o Teddy está conseguindo a ajudar. Afinal, ele herdou o dom da mãe. Então, como eu e o Harry somos padrinhos dele, decidimos o adotar e dar-lhe uma família estável.
Mamãe apoiou sua decisão com um sorriso caloroso, brincando sobre o fato de que adoraria ter outra criança correndo pela casa durante o ano letivo. Hermione sorriu amplamente e a abraçou, antes de se virar para mim, sugerindo que lhe mostrasse meu quarto. Concordei com um aceno de cabeça, sem demonstrar muita emoção.
Mamãe se levantou, pronta para retornar a cozinha e finalizar o almoço, mas não antes de nos lembrar de não demorar. Hermione a tranquilizou, assegurando de que seríamos rápidas, enquanto papai ligava a TV. Levantei-me e subi as escadas, seguida por Hermione.
Chegando ao meu quarto, abri a porta e dei espaço para Hermione entrar. Ela adentrou o quarto e começou a examinar o ambiente, seus olhos recaindo sobre a bancada ao lado da cama. Discretamente, escondi minha varinha embaixo do travesseiro, torcendo para que, por um milagre, ela não tivesse notado.
Eu era uma bruxa, embora nunca tivesse frequentado qualquer escola de magia. Tudo o que eu sabia vinha de um velho livro que eu possuía desde o momento em que cheguei aquele orfanato.
Percebendo a expressão confusa de Hermione, perguntei em um tom controlado, se alguma coisa estava errada. Ela balançou a cabeça, ainda incerta, mas logo descartou a questão com um sorriso, afirmando não ser nada.
— Seu quarto é lindo — ela elogiou, e eu agradeci com um aceno. — Foi você quem o decorou?
Respondi diretamente que sim, observando o quarto com satisfação contida. Demorou para que ele ficasse de acordo com meu gosto, mas todo o esforço valerá a pena, pois mostrava que, finalmente, eu tinha um lugar ao qual pertencer.
Hermione se acomodou ao meu lado, e nosso assunto derivou para assuntos mais pessoais. Ela havia mencionado um tal de Harry, que agora, ela explicava se tratar de seu melhor amigo desde os onze anos, e desde então, nunca mais se separaram. Além dele, havia também um Rony, ao qual, em uma observação cuidadosa de seu tom, insinuei que ela possuía uma queda por ele. Hermione negou, com um sorriso envergonhado nos lábios, mas sem demora admitiu a verdade.
Por conta disso, ela sinalizou que eu a lembrava de alguém chamado Draco Malfoy, mas de um jeito bom, menos irritante, o que levei como um elogio.
De repente, o celular dela vibrou. Ela leu a mensagem com uma animação evidente e contou animada sobre Harry estar na casa de Rony, perguntando se eu gostaria de conhecê-los. Hesitei, e sugeri que talvez fosse melhor ela ir sozinha, mas Hermione insistiu, me fazendo ceder. Então, relutantemente concordei.
Quando mamãe nos chamou para o almoço, descemos as escadas e nos juntamos aos nossos pais na mesa de jantar. O almoço fora repleto de conversas descontraídas e risos. Embora eu ainda mantivesse uma postura mais reservada, comecei a me sentir mais à vontade com os Granger.
Após o almoço, subi para me arrumar. Escolhi dentre todas as peças do meu guarda-roupa, uma blusa verde, com detalhes em renda nos ombros, e uma saia preta. Calcei minha bota e escondi minha varinha dentro dela. Não era o indicado, mas era prático. Parti para o banheiro para escovar os dentes e arrumar o cabelo. Quando finalmente deixei o quarto, Hermione também estava saindo do dela. Com um simples aceno, deixamos a casa após uma rápida despedida de nossos pais.
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Ice Princess || Harry Potter
Fiksi PenggemarHá muitos anos, Rowena Ravenclaw proferiu uma profecia sombria: uma garota com o coração amaldiçoado pelo gelo surgiria, e se não fosse salva a tempo, desencadearia uma guerra que devastaria todo o mundo bruxo, deixando apenas escuridão e gelo. Em u...