you make me smile

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Hey amores, mais uma att pra vcs, leiam e me falem o que acham, amo vocês.

Ah, eu publiquei mais uma fanfic, ela é narrada por pequenas cartas que o Michael escreve, e ela vai ser bem curtinha, então deem uma olhada nela, ela se chama "dear lukey" e esta no meu perfil.

Procurei a garota que me entregara o bilhete por todo o colégio, o que me custou bons minutos desperdiçados. Depois de ler e reler o bilhete várias vezes, e também listar mentalmente todas as pessoas que conhecia com a inicial "G", desisti de procurar pela pessoa que me escrevia eles, bufei irritado e coloquei as mãos no rosto, eu nunca acharia a pessoa que os escreve.

Me assustei com o toque de Ahston em meu ombro, o que fez o garoto rir, e meu rosto ganhar uma expressão irritada, mas logo voltei para minha expressão de sempre, e ele parou de rir como se o mundo dependesse disso, o que eu deveria lembrar de agradecer quando fosse rezar, ele pegou uma cadeira na sala e colocou-a em frente a minha, havia muito para conversarmos, sobre os machucados, que a propósito ainda doíam, sobre os bilhetes, sobre tudo.

- Quando você planejava me dizer que ele ainda te bate, Luke? - ele perguntou, com a voz doce e calma, a mesma que sempre usou para me dizer que tudo ficaria bem durante anos.

- Eu não quis incomodar Ash, e também não é algo que se fala no almoço, não é só falar "hey cara, lembra que eu cresci apanhando do meu pai? Então, ele ainda faz isso".

- Mas eu sou o seu melhor amigo, você devia ter me dito algo, qualquer coisa.

- Eu sei.

Ficamos em silêncio por alguns minutos, Ashton sabia do que eu precisava agora, e não era de nenhum sermão dele, ou qualquer coisa do tipo. Por toda a minha vida me senti sozinho, e não é aquele sentimento que passa quando alguém se aproxima ou quando você para de pensar nisso, é aquele sentimento que te faz querer gritar e chorar, implorar para que ele vá embora, para que te deixe por pelo menos alguns segundos, é o tipo de sentimento que pode te deixar louco a qualquer momento, e tudo que você pode fazer é conviver com isso.

Depois que todos foram para casa e Ashton se despediu de Calum eu ele fomos para a casa dele, nos trancamos no quarto como faziamos quando eramos crianças, sorri ao lembrar de todas as loucuras que fizemos ali, passei os dedos por todas as coisas que faziam eu me sentir em casa, ali era minha casa, e eu não estou falando do quarto ou das coisas, mas sim dele, Ash é minha casa.

- Então, você vai me falar o que esta acontecendo agora? - ele perguntou, jogando sua mochila em algum canto qualquer e se sentando na cama.

Respirei fundo e me sentei ao lado dele.

- Como você sabe, ele ainda me bate, e nada melhorou com o tempo, ele continua o mesmo, e eu, bom, eu continuo o mesmo. - eu disse, brincando com os dedos enquanto tentava manter a calma - e tem uma coisa estranha acontecendo, cara, alguém vem me mandando bilhetes.

- bom, eu não consideraria mandar bilhetes algo estranho, mas se você diz.

- Não, cara, eu nao faço ideia de quem é, o primeiro foi o Calum quem me entregou, e o segundo foi aquela garota, e os bilhetes são tão... eu não sei explicar.

- Ou seja, você ta recebendo mensagens de um admirador secreto? - Ash perguntou, usando uma expressão confusa e divertida.

- Eu não diria bem isso, mas acho que sim.

- Isso é muito legal. Eu quero ver, você ta com os bilhetes ai?

- Não, por que motivo eu ia andar com eles por ai?

- Sei lá, pra ler quando ficar triste.

- Você é estranho. - disse sorrindo para ele, que riu.

Passei o fim da minha tarde ali, rindo no quarto do meu amigo e me sentindo feliz por ter ele.

No outro dia, enquanto caminhava para o colégio, pensei em todas as coisas que estavam dando certo, talvez minha sorte estivesse mudando, ou talvez eu apenas esteja passando por aquele momento de felicidade antes de bater de cara com um muro de depressão e coisas ruins, mas o problema é que eu costumava ficar de cara com esse muro o tempo todo, pelo menos até receber o primeiro bilhete.

Quando cheguei no colégio parei em frente ao armário para guardar uns livros dentro do mesmo, quando o abri notei um pequeno pedaço de papel no meio da bagunça, senti meu coração falhar uma batida, peguei o bilhete e o enfiei no bolso.

Fui até a sala e me sentei no meu lugar de sempre no fim da classe, coloquei meu capuz e abri o bilhete.

Eu vi seus machucados Luke, não posso acreditar que uma pessoa como você tenha coisas assim no corpo, é horrível, e eu odeio a ideia de alguém machucar você.
Eu queria poder te proteger disso, mas as coisas não são como eu queria que fosse, eu nem ao menos tenho coragem de dizer a você o que sinto sem ser por cartas anônimas, como poderia cuidar de você e te fazer bem de alguma forma?
Mas ainda assim realmente desejo poder cuidar de você e fazer todos os seus problemas sumirem, eu realmente me importo com você, e eu quero que você saiba disso, realmente quero.
Você é especial demais para essas marcas feias em seu corpo, você entende isso, certo?
Eu espero que você saiba que eu estou com você, mesmo que por aqui, eu estou com você.
G.

Passei o resto do dia com um sorriso no rosto, me senti feliz por ter um estranho me mandando bilhetes, me senti feliz como sempre que recebo os papéis, então antes de sair do colégio colei um pequeno papel na porta do meu armário.

Você me faz sorrir :-)

hold me down || muke Onde histórias criam vida. Descubra agora