The Bitch - Norminah

Fight for you.

POV NORMANI

20 de Junho de 2015

Me espreguicei gostosamente em cima da cama e suspirei sentindo o vento gelado da janela bater em minhas pernas.

Passei mais uma vez, a metade da noite acordada olhando para aquele bendito celular. Eu estava com esperanças de Dinah retornar todas as ligações que eu havia lhe feito.

Lauren me ligou ontem à tarde para falar que Dinah não estava nada bem. Não na questão de saúde, mas em questão de amizades. Ela disse que Dinah está andando com pessoas estranhas, ela não está indo ao treino, trata as meninas de qualquer jeito e de madrugada some para beber.

Saber tudo aquilo estava me deixando destruída, pois a culpada de tudo era eu. Eu quem à tornei dessa forma.

Lauren também me contou que Dinah brigou feio com Camila. Parece que as duas não se falam direito à dois dias, o que a deixa preocupada e sem reação.

Levantei em um solavanco e corri para a sala à procura do meu celular. Ele vibrava frequentemente.

Poderia ser ela...

:- Alô?!

:- Mani minha gata!

:- O que você quer Dimitri?

:- Ai, nossa! Não posso ligar para minha amiga que amo?

:- Ligar pode, mas falando desse jeito, parece que quer algo.— Suspirei em exaustão. Arrumei meu cabelo que deveria estar horrível e sentei no sofá.

:- Você me conhece bem...— Gargalhou.— Então Manizinha, eu queria saber se você está indo para a avenida esses dias...

:- Não... Porque?!

:- Então... Já que você está parada aí, eu tive uma idéia de te pôr na lista de meninas que dançam pole dance. Da outra vez, você quebrou esse galho pra mim e poderia fazer de novo? A menina principal que dançaria se machucou e a única que eu conheço e que dança super sexy é você. Vai ser um tipo de despedida de solteiro em um cabaré, com apresentações luxuosas. Será dia 22, você poderia vir?— Respirei fundo e olhei para meu anelar com as duas alianças.

:- Sabe o que é, Di... Eu não estou muito em clima pra isso. Nem para a avenida eu estou indo.

:- Mani, quebra esse galho pra mim, por favor?— Mordi o canto da boca e tornei à olhar para as alianças.— Eu pedi para o Joe acertar o cachê antes pra você e, ele vai pagar bem.

:- Eu posso pensar e te dou a resposta?

:- Não pode demorar, é daqui à dois dias!

:- Eu te ligo mais tarde para te dar a resposta.

:- Pensa direitinho, quatro mil já é seu, more!

:- Irei pensar, até mais tarde.— O esperei desligar. Pousei o celular em minha boca e fixei meu olhar no chão.

Querendo ou não, eu precisava de dinheiro. Não estou indo para a avenida e ainda estou pagando a dívida do empréstimo. Quatro mil seria ótimo e me daria uma certa tranquilidade.

Toquei nas alianças em meu dedo e suspirei.

. . .

Respirei fundo e olhei para a enorme casa à minha frente. Cerrei meus punhos e mordi o canto da boca quando senti minhas pernas tomarem iniciativa de se locomoverem para a porta daquela casa.