The real end.

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POV DINAH

:- Ei, Mani, está tudo bem. Olha para mim, só foi um pesadelo.— Toquei sua face molhada de cada lado, fazendo-a olhar para mim com os olhos vermelhos e o corpo trêmulo. Ela não contestou nada, apenas me abraçou fortemente e fungou contra meu ombro.

:- Foi tudo tão real, Dinah.

:- Mas não é, foi apenas um pesadelo. Eu estou aqui, tudo bem?— Ela concordou com a cabeça e fungou novamente. Afaguei seu cabelo, soltando um chiado para que parasse de chorar. Ontem ela havia ido trabalhar, pois quis fazer um plantão para ter o dia do natal livre. Como me preocupo com seu bem estar, deixo-a dormir tranquilamente enquanto distraio Norman e faço as tarefas de casa. Com certeza o dia foi pesado no hospital, fazendo-a ter pesadelos.

:- Cadê Norman? Eu quero meu filho.

Desvencilhou-se dos meus braços bruscamente, correndo pelo corredor até o quarto do garoto que brincava dentro de seu quarto. Caminhei pelo corredor, perseguindo-a até o quarto e vendo os dois trocarem um abraço apertado. Quero dizer, Normani o esmagava em um abraço, enquanto ele arregalava os olhos confuso. Ela começou à distribuir beijos por todo seu corpo, dizendo o quanto o amava e o quanto não sabia viver sem ele. Acho que já sei o que ela sonhou...

:- Mamãe, eu vou perder o jogo do video-game contra a Tay.— Reclamou com dificuldade.

:- Tay, coisa linda! Eu senti tanto a sua falta também.— A morena envolveu a pequena que estava concentradamente mexendo no controle, amassando-a com vontade ao ponto de fazê-la rir assustada por sua atitude inesperada.

:- Mamãe, sabia que estou com mais de mil pontos?!

:- É mesmo, meu amor?— Voltou a abraçá-lo com vontade. Soltei um riso nasal, pois estava achando engraçado a forma como ela não deixava o pequeno respirar direito e muito menos falar.— Eu amo tanto você, meu pequeno. Nunca deixe a mamãe, está bem?

:- Está bem.

:- O que você sonhou, Mani?!

Ao perguntar aquilo, ela deu um pulo, deixando Norman brincando em paz. Grudou seus braços em meu pescoço, enquanto distribuía beijos em minhas bochechas, testa, queixo, nariz e pescoço. O que deu nela?!

:- É tão bom te olhar e saber que estamos juntas de verdade. Eu senti tanto medo de não te ter em minha vida.

:- Mani, eu estou aqui. Sempre estive aqui por você.

:- Eu sei, mas foi um pesadelo tão horroroso que eu nunca mais quero pensar em ter.— Suspirou pesadamente.— Sonhei que tudo isso aqui foi uma grande ilusão. Que nada da nossa história havia existido, muito menos Norman. Eu fiquei com tanto medo.

:- Foi só um pesadelo, meu amor. Eu estou aqui, Norman também está e não vamos à lugar algum sem você.

:- Eu espero.— Se apertou ainda mais forte e fungou novamente. Acariciei suas costas e beijei-lhe o ombro carinhosamente tentando transparecer calma. Eu sei como pesadelos nos deixa, ainda mais sonhar em perder a família.

:- Precisamos descer, hoje é natal, nossa família está lá embaixo à nossa espera. Eu disse que iria te chamar e quando cheguei você estava chorando.

. . .

:- Está melhor?— Ela que estava sentada no sofá, virou-se para me observar com uma carinha tão abatida. Para ficar dessa forma, o sonho deve ter sido muito real ao ponto de deixá-la morrendo de medo. Sentei ao seu lado, acariciando sua coxa calmamente e dando-lhe um sorriso reconfortante. Todos os nossos familiares estavam sentados em uma grande roda, prontos para começarmos a sessão de entrega de presente antes da ceia.

The Bitch - NorminahOnde histórias criam vida. Descubra agora