Capítulo 8

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Hoje o inverno estava muito cruel mesmo assim decidimos visitar um prédio que ficava muito distante.

A noite já caia, mas continuavamos mesmo assim e Max seguiu calado, talvez quisesse poupar energia durante o caminho, houve um instante em que não conseguiamos caminhar, então sentamos ao lado de um prédio, após muito tempo o frio piorou, e ele começou a tremer, tentamos novamente seguir caminho, mas assim que Max começou a caminhar tropeçou em algo estranho no chão, o que resultou em uma queda muito feia

Track....

Algo se quebrou, ai meu Deus, algo quebrou. Entrei imediatamente em pânico.

- Max você vai ficar bom prometo. - Tentei levanta-lo puxando o pelo braço.

- Ka... Aí Meu braço —Seus olhos azuis acinzentados imploravam por ajuda.

-AlGUÉM ? por favor alguém me ajuda!-

Vi um vulto vermelho se movimentar em prédio, parecia ser Alisson, mas antes que eu pudesse verificar, escutei uma gélida respiração atrás de mim. Quando me viro deparo com olhos extremamente pretos olhando para mim. O medo me dominou.

-Calma eu não vou te machucar, só quero ajudar. -Seu cabelo castanho estava grisalho, devido a neve. -Deve ter um carro logo alí.- Ele fez sinal para que eu andasse.

-Mas e ele? Eu não posso deixar Max - Eu estava chorando, eu não queria perder Max, estava fazendo muito frio, nunca havia feito tão frio.

-Tá eu vou pedir para o dono do carro vir aqui. - Ele se afastou, o vi cruzando a esquina.

Senti que estava sendo observada novamente, mas aquele garoto não estava alí, ah que burra sou! Eu nem perguntei o nome dele.

Seria Alisson me observando? Acho que não. Ela "mora" quase do outro lado da cidade.

-Ei! - Avistei o menino vindo e um carro logo atrás - O Amigo alí os ofereceu ajuda, Vamos!

-E a majestade aí não vai ajudar?

-Claro plebeia - Eu fiz um gesto de referência, ele riu e também fez uma referência.

Carregamos ele até o carro, o motorista se apresentou como Zack, ele era negro e tinha o cabelo raspado, provavelmente ele já havia participado do exército.

- Vocês tem algum hospital para ir?-Zack ainda não havia ligado o carro.

- Hum... Vamos para o Outley Special Hospital, nosso plano de saúde é de lá.

-Aquele Hospital de rico? - Zack parecia forçar sua surpresa.

- O orfanato paga aquele Hospital.

-V-você mora em um orfanato, então você é órfã? - O menino também não me parecia surpreso.

-Não eu vivo com meus pai, minha mãe e meus irmãos em uma mansão, mas saio por aí pedindo esmola e fazendo orfanatos pagar planos de saúde. -Que pergunta mais idiota de se fazer, comecei a bufar e depois de um tempo o respondi - É Garoto eu moro em um orfanato e sim eu sou órfã, e ele também é.

-Desculpa...

- Ah, afinal qual é seu nome moleque?

-É Théo, ó eu tenho a mesma idade que você provavelmente, e qual o seu nome?

-Kara.

-Tipo a gíria "cara"?

-Você acabou de perder minha possível amizade.- Eu realmente ficava com raiva quando comparavam meu nome a essa gíria.

-Desculpa... De novo -Ele baixou a cabeça.

-Tranqüilo. -Seguimos calados, e Max continuava desmaiado.

-Chegamos- Ele me olhou, seus olhos eram impossíveis de interpretar. - Aqui está meu número -Ele me entregou um papel- Me ligue quando achar necessário.

-Tchau Théo.

-Tchau Kara.

Eu entrei com Max na emergência.

Quando olhei para a porta , o garoto ja tinha desaparecido.

Jardim Negro (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now