Capítulo 5

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Max e eu seguimos para um prédio extremante sombrios, o concreto parece aguentar as tempestades, mas isso só acontece nos andares de baixo, quando olhamos para cima e é possível ver que a partir do quinto andar as paredes ruíram, mas incrivelmente ainda não desabaram as janelas não aguentaram, e é possível ver cacos dos vidros que ainda resistem, a hera e o musgo estão congelados, o que faz o prédio parecer uma Ruína antiga.

Hoje conseguimos três refeições, Mary comeu com Cal e a escola nos deu outro vale.

A neve densa está cobrindo minha perna na altura do joelho, minha bota vermelha fica branca e meu casaco branco também está cheio de neve, quando olho para Max, vejo seu casaco extremamente cheio de neve, apesar de alto, a neve batia próxima ao joelho e caminhávamos com dificuldade.

Viro-me para Max e dou umas batidinhas no seu casaco para dispersar um pouco de neve, e tiro a neve que está em seu bolso, para fora.

Chegamos, e uma menina loira aparece com o rosto sujo se contorcendo de frio, dou a ela meu casaco, e fico com meu moletom sobre as blusas que estou vestindo devido ao inverno.

Retiramos de uma caixa térmica três refeições e dividimos para dez pessoas. Max tira quatro casacos e da para os homens e eu entrego as mulheres e as crianças cobertores que conseguimos comprar com o dinheiro do trabalho voluntário.

Sento-me e converso com uma garota ruiva que aparentava ter a minha idade, sua roupa estava suja, e havia uma arma em sua cintura. Mas ela não demonstrava que iria-me machucar. Qual é o seu nome?

-Alisson, e o seu? E o dele? O que estão fazendo aqui? Alguém os seguiu?...- O seu olhar demonstrava que ele mataria caso eu respondesse algo contrário ao que ela esperava.

-Calma Allison, me chamo Kara e ele Max, e ninguém nos seguiu eu acho. Cadê seus pais?

-Meu pai morreu indo as guerras não permitiram nem que ele chegasse lá, e minha mãe - Ela tirou a arma da sua cintura, por sorte estava sem munição - Se deu um tiro por não ter comida o suficiente para nós duas. - Disse ela em um tom estável e muito maduro, seus olhos castanho-claros encheram se de lágrimas, mas ela as secou e seus olhos escureceram, como se todo o brilho que havia ali sumisse do nada. -E os seus?

- Eu não sei bem, disseram-me que eles dois foram à guerra, não pouparam nem ela. - Eu realmente não sabia como eles morreram. - Eu apenas me lembro dos seus abraços.

-Você estuda?

- Sim. Na Superiory Militar High Schol, e antes que me faça perguntas "é!" com os filhos de coronéis, grandes soldados, e os médios mais ricos. - cinquentão por cento não tem cara de soldado e nem vai à guerra. - Eu e ele conseguimos estudar lá porque nos destacávamos na escola. E você faz o quê?

- Vivo tentando conseguir comida para eles.

-Que bom que conseguiu uma amiga, mas está na hora de ir o frio vai piorar. - Max fala atrás de mim Voltamos depois?

-Claros ele me ajuda a me levantar, enquanto limpo minha roupa ele ajuda Alisson - Tchau, nos vemos qualquer dia. - aceno.

-Tchau -

Bom meus queridos e "Crushados" leitores, o que vocês estão achando do livro?

Jardim Negro (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now