|| SÉRIE SEGREDOS OBSCUROS || LIVRO UM
Rosalie nunca soube o que era viver, muito menos ter paz. Perdeu os pais em um assassinato. Foi levada por um psicopata obsessivo, que sempre a observava de longe e quando menos esperava ele tinha-lhe obrigado...
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Fernando continuava sentado numa das cadeiras da sala de espera do hospital. Impaciente e preocupado, à espera de notícias da jovem que tinha atropelado.
Os minutos passavam, os ponteiros do relógio giravam vagarosamente como se estivessem a brincar com a sua angústia e o medo que corroíam no seu corpo.
Farto de estar sentado e sem notícias, encaminhou-se a receção. Uma mulher morena atende-o com um sorriso atencioso, do outro lado do balcão de mármore.
— Boa noite, senhor, deseja alguma informação?
—Boa noite, sim desejo. — Formula um sorriso tenso e educado ao mesmo tempo— Gostaria de saber da jovem que entrou a minutos atrás?
— Nome da paciente? — pergunta a mulher na frente do computador pronta para digitalizar o nome da paciente para encontrar o registo de internamento.
— Lily Cross. — Fernando responde com calma e ponderação, mas no fundo continuava bastante nervoso. Ele não sabia ao certo o nome da jovem, tivera de inventar um nome falso para encobrir o crime que cometerá na estrada. E pior de tudo, Fernando sinalizou no resisto do preenchimento da informação da jovem — que foi basicamente obrigado assinar para cumprir as regras hospitalar para fornecer informação da paciente aos médicos — que a jovem que atropelar era a sua filha.
A funcionária assentiu, enquanto escrevia o nome da rapariga. Fernando ficou tenso, de olhos presos na jovem mulher na sua frente que procurava na tela do computador em completo silêncio.
— Não tenho informações da sua...— Ela fez uma pausa, retirou os olhos do ecrã do computador para o Fernando que acabou por ajudá-la a completar a sua mentira.
— Minha Filha! —respondeu firme e convincente para aquela mulher não suspeitasse do crime que estava a fazer ao ocultar a verdade. A verdade que ele nem sabia ao certo, e que a única coisa que podia assegurar era que a jovem que tinha atropelado era uma jovem menina que não devia estar naquele lugar.
