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Onde é que estou?

Tento mexer a cabeça, mas paro antes mesmo que o faça por conta das dores de cabeça. Ao longe, não muito longe, ouço pequenos sons de "bip" que pareciam vir de máquinas. O som é irritante, tão irritante que a dor de cabeça parecia piorar. Conhecia perfeitamente aquele barulho.

Estou num hospital?

Porque que estou aqui?

Perguntas sem respostas ecoaram na cabeça, o que me fizeram ficar assustada. Eu preciso de respostas! Necessito-as.

Senti-me a entrar em desespero. O medo começou a crescer ainda mais dentro de mim. Ouço passos rápidos dentro do quarto, não me atrevo a virar o rosto para o lado, de onde vinham os passos. Eu já sabia que era ele.

A minha assombração tinha voltado.

— Ainda bem que já acordaste. — fala uma voz aliviada ao meu lado. A voz que não era dele. Suspiro de alívio não ser a minha assombração. A minha cabeça rodou um pouco para o outro lado vendo um homem alto, de cabelos pretos, olhos castanhos-claros, a sua beleza era lindíssima mesmo tendo algumas rugas na testa. O senhor deveria ter uns 60 anos, nem tanto. Eu nunca vi este homem na minha vida ou será que vi? — Não te mexas muito querida. — reprende-me calmo quanto tentei mexer-me mais.

— Quem...Quem é o senhor? — Pergunto baixo, com medo que seja alguém que ele tenha mandado vir-me buscar para me levar de volta para o inferno. Ou para me matar.

— Como te vou contar isto? — pergunta mais para si do que para mim. O homem senta-se num espacinho que tinha na cama, bem junto de mim. A minha respiração acelera, sinto pavor e medo de tê-lo assim, tão perto do meu corpo.

— Calma. — pede-me com o seu rosto cheio de pavor enquanto segurava na minha mão que estava em cima da minha barriga. — Respira devagar.

Não me toque!

LIBERTA-ME DA ESCURIDÃO | LIVRO UMOnde histórias criam vida. Descubra agora