Na grande cidade de Londres a chuva caía intensamente. Uma rapariga de cabelos compridos castanhos era a única que andava pelas ruas, sem destino. As pessoas da cidade encontravam-se em casa protegidas do horrível temporal que fora anunciado na televisão, enquanto isso, a jovem rapariga que aparentava não comer há dias, pelo seu horrível estado, parou de andar quando viu um sítio onde estavam alguns mendigos abrigados da chuva, do outro lado da rua.
— Finalmente encontrei um abrigo. — Sussurrou baixo, abraçando o corpo que termia de frio.
Esta sai do passeio para a estrada onde não passava nenhum carro. Rosalie, era como se chamava a jovem rapariga. Esta mesma passou lentamente a estrada para outro lado da rua sempre com os olhos fixos nos sem abrigos que falavam entre si, rindo e comendo algo que haviam encontrado no lixo antes mesmo que o temporal se pusesse. A cada passo que Rosalie dava, o seu coração batia a mil querendo sair disparado do seu peito, o seu corpo que antes termia por frio, e que agora tremia de medo por aqueles sem abrigos velhos, que eram só homens.
Rosalie parou um pouco, antes de chegar junto dos sem abrigos, para pensar se era bom ficar naquele sítio ou procurar outro para dormir.
— O quê que uma jovem como tu faz aqui? — Perguntou um dos homens mendigos levantando-se do chão, chamando atenção de Rosalie que parou de pensar para tomar atenção aquele ser humano.
— Eu... Eu...— Rosalie não a consegui formular uma resposta decente enquanto olhava para o homem que chegava cada vez mais perto dela.
— A tua mãe não te ensinou que não se deve aproximar de estranhos? — O homem, que agora estava bem perto da jovem, levantou a sua mão para tocar no braço da Jovem que agiu rapidamente, dando alguns passos para trás.
— Não me toque!
— Eu é que sei se te toco ou não vadia! — Rosnou não dando tempo de Rosalie afasta-se, pelo simples facto que ele pegou no braço dela e o apertou com força. — Eu conheço muito bem meninas como tu, que andam pela rua a oferecer o corpo para qualquer pessoa que pedir sexo.
— Eu não sou nada disso. — Murmurou, arregalado os olhos.
Todas as noites que sofria, Rosalie simplesmente rezava para ter uma vez na vida paz, foi por isso que a mesma saiu de Irlanda e deixou tudo, ou tentou deixar todo o seu passado para trás. Mas parece que em Londres, que irá ser seu país daqui em diante, as suas assombrações e o seu passado não a deixaram descansar em paz. Possivelmente só quando morresse.
— Claro que és minha querida, e eu e meus companheiros gostaríamos de provar-te todinha. — O individuo foi chegando o seu rosto mais para junto do rosto da jovem, que com rapidez, deu um forte estalo no rosto do homem.
—Seu nojento! — Cuspi-o as palavras enquanto tentou retirar o seu braço da mão do homem que a olhou com raiva. — Largue-me! — Gritou desesperada com as lembranças do passado a assombrarem a sua mente.
—Fala baixo vadia! — Rosnou olhando para a pobre rapariga que tentava de tudo para retirar o seu braço da mão do homem. — Para quieta!
—Deixe-me em paz. — Implorou com a sua voz cheia de angústia.
—Não antes de ter aquilo que quero. — O velho puxou com força pelo braço juntado o corpo dela ao dele.
Rosalie fechou os olhos com força para logo em seguida respirar fundo, para não ver o estrago que iria causar ao homem. Esta levanta lentamente a sua perna e dá uma forte ajoelhada no membro do sem abrigo que de mediato largou o seu braço.
—Vadia! — gemeu de dores agarrado ao seu membro.
Rosalie não perdeu tempo e começou a correr para bem longe do velho e dos outros mendigos. A chuva começou a cair com mais densidade em Londres. A jovem corria deixando as suas lagrimas rolarem pelo seu rosto pálido, deixando a sua visão um pouco embaciada e com alguma dificuldade de ver a rua. Já cansada de correr, Rosalie parou no meio da estrada curvando as costas um pouco para a frente e apoiando as suas mãos nos joelhos para recuperar o seu folgo. Ficou durante alguns minutos naquela posição até que se endireitou, e quando o fez ouvi-o um barulho que vinha de trás dela, não muito longe.
Ao vira-se deparou com um par de luzes fortes muito perto da sua pessoa, vindo na sua direção, não dando tempo de a mesma fugir. O corpo da pobre jovem foi jugado com alguma brutalidade para longe, caindo alguns segundos depois com brutalmente no chão.
— Foda-se!
Mesmo com a cabeça doendo, virou-a um pouco para o lado encontrando o dono da voz que lhe jogou para longe.
— Não te mexas, por favor. — A voz desesperada de um homem voltou a falar com a mesma que só vi com a sua visão turva. — Já chamei ambulância. — Informou ajoelhando-se ao lado da pobre jovem que o olhou e logo fechou os olhos, apagando-se completamente.
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LIBERTA-ME DA ESCURIDÃO | LIVRO UM
Любовные романы|| SÉRIE SEGREDOS OBSCUROS || LIVRO UM Rosalie nunca soube o que era viver, muito menos ter paz. Perdeu os pais em um assassinato. Foi levada por um psicopata obsessivo, que sempre a observava de longe e quando menos esperava ele tinha-lhe obrigado...