Prólogo

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Eu sempre fui uma pessoa ansiosa. Acho que herdei essa característica da minha mãe, que desde sempre, se preocupa com coisas que ainda nem aconteceram. Por um lado é bom, pois me sinto preparada para amanha -por já ter imaginado os problemas que podem surgir e também já ter uma solução para todos-, mas por outro, essa espera está me deixando louca.

Amanha é o meu primeiro dia na faculdade e não estou me aguentando de nervoso. Depois de tanto tempo deitada na cama, decido sair e refrescar a cabeça. Coloco uma calça jeans justa, um tênis, uma blusa preta e uma jaqueta, acredito estar frio lá fora. Saio do quarto, desço as escadas e torço para não acordar ninguém.

Cheguei em um pequeno bar perto do centro, vejo alguns grupos sentados rindo, bebendo e brincando como se vivessem o ultimo dia de suas vidas, não me sinto bem assim a anos, 5 para ser mais exata. Sinto uma pitada de inveja. Vejo alguém sentar do meu lado e o olho. Nossa, ele deve ser o cara mais lindo que já vi. Está com uma jaqueta de couro e usa o cabelo negro para o alto. Ele deve ter percebido que alguém o encarava, pois olha para mim e levanta as sobrancelhas como se me perguntasse o porquê de eu estar olhando. Logo, desvio o olhar e coro. Ele solta uma risada, tira o casaco e estica a mão para mim.

"Olá" ele diz "Meu nome é Henri Thomas e o seu é...?"

"hm... meu no-nome é Melissa." Sorrio, um pouco nervosa.

"Certo, Melissa. O que você bebe?" Ele sorri e pergunta.

"Bom, posso beber o que você beber." Ele sorri com a minha resposta e pede dois whisky com gelo. Eu deveria negar, provavelmente por amanha ser um dia importante e eu não estar disposta a ficar de ressaca, mas uma dose não deve fazer mal, certo?

Começamos a conversar e vemos que tínhamos muito em comum. Ele tinha cursado medicina, como eu vou cursar, mas preferiu virar professor. Disse que tem paixão por dar aula e que é o que ele faz de melhor, mesmo que às vezes sinta falta de trabalhar em hospital. Descobri que ele tem 28 anos, mesmo que não pareça. Ele também tem os olhos cinza bem intensos e um sorriso que me perco.

Me levanto para ir ao banheiro depois da minha terceira dose, estava bem tonta já. Uso o banheiro e me olho no espelho, meu rosto estava mais alegre e sem preocupação, sorrio para mim mesma e faço uma nota na minha cabeça: "sair me faz bem". Assim que abro a porta, o vejo parado me olhando com um olhar bem sugestivo. Em questão de segundos, ele me empurra para dentro do banheiro e me joga na parede enquanto nos beijamos.

Querido ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora