Bônus Laura

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Quando o vi daquele jeito estranhei, ele nunca havia me negado, mas então ele me diz que conheceu uma pessoa e toda minha confusão se tornou medo. Eu ainda o amo. Sei que não deveria, pois somos 'amigos' agora, mas eu ainda amo. Ele é a pessoa mais importante do mundo para mim. Uma pena só ter percebido isso depois de ter o feito sofrer.

Quando nos conhecemos nos primeiros anos da faculdade, decidimos namorar. Ele era o namorado perfeito, se preocupava comigo e realmente me amava, mas eu era egoísta na época, vivia o traindo, mas ele nunca soube. Depois de 2 anos de namoro, viajei com sua família e acabei ficando com o seu irmão. John me perturbava desde que nos conhecemos através de Henri. Eu o aceitei no meu quarto e em mim naquele dia, me arrependo amargamente até hoje.

Henri descobriu e terminou tudo no mesmo momento. Eu pedi, chorei, implorei, mas sabia que ele não me perdoaria. Nunca o valorizei, até o dia que o perdi.

Depois disso, também parei com o John.

Alguns anos se passaram e esbarrei com ele na biblioteca da faculdade. Precisava pedir desculpas por tudo e precisava também voltar a tê-lo, independente de como ele me quisesse.

Foi nesse dia que nos tornamos amigos novamente, viramos amigos coloridos, por assim dizer. Sempre desejei que voltássemos, mas agora ele me diz isso, sinto meu coração partir.

"Quem é ela?" pergunto ainda tonta com o que ele acabou de me dizer.

"Uma aluna. Nos conhecemos em um bar um dia antes das aulas começarem." Ele me diz e eu fico aliviada. Ele não seria louco de se envolver com uma aluna. A reitoria o demitiria sem pensar duas vezes.

"Você perdeu a cabeça, Henri? Isso não pode acontecer. É contra a política da universidade alunos e professores se envolverem. Se descobrirem isso, você vai perder seu empre..."

"Você acha que eu não sei disso?" ele grita, me interrompendo e eu me assusto. "você não acha que minha razão vive me dizendo isso? Eu não consigo esquecer ela, Laura. Ficamos apenas uma maldita vez e eu estou louco." Uau! É a única coisa que eu consigo pensar, não sei o que dizer a ele e fico em silencio.

Eu o consolaria com sexo como fiz durante esses anos desde que voltamos a nos falar, mas ele já me recusou uma vez hoje e para o bem do meu ego, vou ficar apenas sentada aqui com ele.

"Vou me deitar, o quarto de hospedes está livre para você." Ele diz e sai rapidamente do cômodo. Eu fico ali sentada ainda absorvendo o que falou dessa tal aluna. Depois me levanto e me arrasto para o banheiro.

Fiquei um bom tempo ali e assim que sai, ouço a campainha tocando. Estranho. O que alguém estaria fazendo ali a essa hora. Saio enrolada na toalha e quando abro a porta vejo uma mulher de cabelos pretos e olhos verdes assustados me encarando. Essa deve ser a tal aluna.

Querido ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora