Melissa
John me deixou na porta do dormitório e saiu com o carro, depois de muita insistência para subir ao meu quarto e dormir comigo. Nem respondi, apenas revirei meus olhos para ele.
Eu iria voltar para o apartamento de Math, mas esqueci de minhas chaves e se eu chegar esse horário lá, ele simplesmente me mata.
Subi as escadas rezando para a porta estar destrancada, como a Clara sempre deixa. Lembro que brigava com ela porque Nick ou até as meninas do prédio sempre entravam aqui em horas desapropriadas.
Entrei no dormitório com as luzes apagadas. Fui logo tirando a roupa, Rio de janeiro está um calor de matar e tudo o que eu preciso agora é de um banho gelado. Arranquei os saltos e abri meu vestido, um tempo depois ele parou nos meus pés.
Fui até o banheiro e liguei a luz para me preparar para um banho.
"Que bela visão." Escuto uma voz rouca conhecida dizer no quarto escuro.
Viro para o dono da linda voz e paraliso.
"O que você está fazendo aqui? Você perdeu a cabeça?" Digo puxando meu vestido de volta ao meu corpo.
Henri está deitado na minha cama com os braços atrás da cabeça e sorrindo para mim.
"Vim te ver." Ele diz um pouco enrolado e com a voz mais rouca que o normal. Eu fico parada ainda sem acreditar que ele está aqui.
"E se alguém te ver?" Pergunto me aproximando dele e logo sentindo o cheiro de álcool emanar pelo seu corpo. "E ainda por cima bêbado desse jeito."
"Eu não estou tão bêbado." Rebate. "Eu precisava te ver." Ele diz e suspira.
"Bom, eu estou aqui." Digo sentando ao seu lado.
Henri se senta na cama e segura meu rosto, acariciando o mesmo.
"Por que demorou tanto?" Ele pergunta.
"Estava lanchando com o John." Ele aperta minhas bochechas fazendo um bico involuntário se formar.
"Só isso?" ele pergunta e eu afirmo com a cabeça. "Eu sou um estúpido." Ele abaixa a cabeça negando.
"O que aconteceu para você beber assim?"
"Você aconteceu." Ele diz olhando para meus olhos e depois minha boca. "Desde o primeiro dia que te vi, não consigo te tirar da minha cabeça." Ele suspira e continua. "Eu sou um maldito por me apaixonar por minha aluna?" Apaixonar? Ai Melissa, ele está bêbado, por favor.
"Henri, você está bêbado e..." Começo.
"Eu não paro de pensar em você." Ele me interrompe. "Odeio ter que fingir que você não me causa nada. Odeio não poder te beijar e abraçar como qualquer outro pode. Odeio te ver com o John, porra, como eu odeio te ver com ele." Ele diz e eu rio. "O que eu sinto por você é maior do que tudo que já senti na vida. Você faz isso, Melissa. Você despertou algo em mim que ninguém nunca conseguiu." Ele para e suspira.
"Henri, eu não sei..."
"Pode parecer clichê, mas você é tudo o que eu sempre quis. Eu sei que eu sou um maldito, mas sou um maldito que gosta de ti e prometo fazer de tudo para ver você feliz."
E então ele cola nossos lábios em um beijo carinhoso totalmente oposto do que quando nos conhecemos. Sua língua toca meus lábios pedindo permissão para me beijar e eu dou. Ele me puxa para cima dele e acabamos deitados na cama. Henri abre minhas pernas com a sua e cada uma para em um lado de seu corpo, o acolhendo. Ele desvia sua atenção da minha boca para meu pescoço, espalhando beijos molhados por toda sua extensão.
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Querido Professor
RomanceMelissa sempre foi uma garota inteligente e com o falecimento do seu pai, que era médico, decidiu que essa seria a carreira que ia seguir. Desde a morte do seu pai, sua vida foi se tornando monótona e triste, até que ela conhece os irmãos Thomas...