Aquele sorriso...

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Izadora

Aquele homem era minha perdição. Disso eu tinha plena certeza, e com apenas uma dança ele me excitou do que qualquer homem,  e isto sem nenhum beijo e nenhuma carícia. Céus!
Pensei que fosse agarra-lo na frente de todos. Ainda bem que meu auto controle estava ativado e não fiz nenhuma besteira.
Não posso negar que fiquei sem reação quando o encontrei... Porque eu fiquei.
E meu senhor! Não sei em que momento da vida poderia me imaginar sem palavras perante um lindo homem.
Isto nunca aconteceu. Nunca acontece! Isso me assusta,  um pouco? Não, muito! Afinal eu jurei a mim mesma que nunca me deixaria levar pela conversa fiada de homens bonitos, e passar pelo que minhas amigas passam.
Mas este mascarado consegue me desconcertar e me causa tanto calor que penso estar em uma sauna.
No caminho, para o que parece ser um apartamento perto do salão onde acontece o baile,  ele não para de me tocar e óbvio eu retribuo na mesma medida senão com mais intensidade.
Nunca fui mulher de esconder minhas vontades, muito menos, quando estou com tesão, talvez sejam meus genes,  dizem que mulheres brasileiras são bem fogosas.
Claro que existem exceções,  mas eu definitivamente não faço parte destas exceções.
O provoco até chegarmos ao local que ele escolheu para dormimos mais uma vez.
Mas assim que abro a porta tomo um susto. O lugar está à luz de velas... E tem somente uma cama no chão e um balde com uma garrafa que a risco eu ser de vinho.
Não esperava por algo tão íntimo. Há me julguem... Sou uma mulher prática. Não sou de flores e corações.
Ok. Engulo seco e me viro para o homem mais lindo com quem dormi até hoje. Esqueci de mencionar, mais gostoso também.
- O que é isso tudo, bonitão?
Percebo que ele fica sem graça. Entendeu que eu não gostei muito. Deve ter sido pela minha expressão de  pavor.
- Eu só quis fazer algo decente. Nada demais. -  responde ele.
- Entendo...
Ele me interrompe e diz: -  Se quiser podemos ir embora.
- Não... Olha aqui bonitão. Cara olha pra mim... -  seguro em seu rosto. E continuo. - Mascarado, eu gostei, só não esperava. Obrigado.
- Tudo bem. -  diz ele. Percebo que ainda não está cem por cento que nem antes.
Então me aproximo dele,  enlaço meus braços em seu pescoço, esqueci de dizer que adoro homens mais altos que eu, e o puxo para um beijo. Esperando que desta forma, ele esqueça o acontecido e volte a se animar.
E é o que acontece. Ele me agarra com mais ferocidade, como um verdadeiro animal,  mas eu gosto disso. Ele sabe ser carinhoso e feroz ao mesmo tempo.
Estamos tão desesperados que quando percebo,  já estou caindo sobre o colchão e ele vem por cima de mim. Seus olhos parecem ter brasas,  incrível como de claros eles passam a ser escuros... E eu reconheço a escuridão do seu olhar... É desejo.
Devolvo seu olhar,  arranho seus braços e costas a medida que vamos nos despindo, para que na manhã seguinte ele ainda se lembre de mim. É meio egoísta eu sei.
Quando ele me penetra,  me sinto preenchida... Para não dizer completa.
Há uma conexão inegável entre nós. Isso tenho que concordar.
Até que chegamos ao ápice.
A nossa respiração pesada,  e som frenético de nosso corações são as únicas a serem ouvidas por todo o apartamento.
Ele começa a beijar meu rosto,  minha clavícula... E depois o vale entre meus seios.
- De novo? -  pergunto divertida pra ele.
Ele abre um sorriso de lado capaz de fazer qualquer mulher se desmanchar na calcinha, mas este não era o meu caso. Eu nem estava usando uma mesmo. Rio comigo mesma.
- Claro Morena.
Então recomeçamos todo o processo. Por incrível que pareça maus duas vezes... Esse homem é uma máquina.
Dormimos exaustos. E percebo que os primeiro sinais do dia já começam a aparecer.
Quando acordo já é de tarde. Eu acho.
Levanto e me deparo com uma visão maravilhosa... O mascarado de apenas boxer cozinhando. E o que é melhor não está de máscara.
Acho que isso já está a começando a me irritar. Não sei porque.
Visto sua camisa,  e sigo até ele.
- Bom dia. -  digo com uma voz rouca ainda.
Ele se vira e depois de me dar uma bela olhada diz: -  Muito boa tarde. Senhorita. 
Ele vem em minha direção,  e seu olhar me faz pegar fogo. Quando chega bem perto,  e posso afirmar que ele estava quase colado em mim. Ele me beija castamente.
- Agora sim... Boa tarde. Fiz algo pra gente comer. Não sou lá um  gel gourmet,  mas não vamos passar fome. -  e da novamente aquele sorriso de lado,  capaz de arrasar calcinhas.
- Geralmente não como de manhã. Mas como imagino ser bem tarde,  vou aceitar, e aviso q se tiver ruim vou dizer na sua cara.
- Adoro seu senso de humor. - diz ele depois de uma risada gostosa.
- Todos adoram meu bem.
- Bom vamos lá comer então.
Ele nos serve um prato de macarrão a bolonhesa. Devo admitir que não estava nada mal, ainda mais acompanhado de um vinho tinto.
- O que vice achou? - me questiona o mascarado. Preciso descobrir o nome dele.
- Estava delicioso. Para um homem,  até que você cozinha bem.
- Para um homem? -  ele ri. -  Me sinto lisonjeado. Mas não é só isso que sei fazer bem. -  Então ele pisca pra mim.
- É verdade. Mas acho que você poderia refrescar minha memória não?
Ele me pega do banco que eu estava sentada,  e me carrega de volta ao colchão,  me jogando e em seguida me agarrando e nos transamos mais uma vez, uma é pouco foram várias.
Já de noite decido que é hora de ir para casa,  já que amanhã é domingo e eu preciso descansar.
Segunda tenho uma reunião importa te com o no o departamento de marketing.
O misterioso mascarado faz questão de me levar em casa,  após muita insistência.
Assim que chegamos no meu prédio,  já vou saindo do carro quando ele diz: -  Ou espera... Você vai sair assim?
- Não estou te entendendo!?
- Digo... Não vai se despedir?
Reviro os olhos,  mas entro novamente no carro e lhe dou um longo beijo.
- Satisfeito?
- Muitíssimo.
- Espera tem algo que quero te perguntar. Posso?
- Claro. Sou um livro aberto.
- Me diga seu nome... Seu nome de verdade.
Quando ele ia me responder o seu telefone toca e ele me estende o indicador pedindo um minuto. Assunto. E espero.
Ele me parece nervoso. Mas tento não prestar muito atenção,  o que se tona impossível devido aos seus gritos.
-  Não. Estou ocupado.
Passa a mão pelo cabelo. Definitivamente ele tá nervoso.
- Não te interessa aonde estou. Que saco.. Não tenho que te dar satisfação da minha vida.
Um suspiro profundo.
- Olha não faça nenhuma besteira. Estou indo para aí. Tá... Tá bom. Okay. - Ele me olha e já sei o que vem a seguir.
- Bonitão não precisa se explicar. Pode ir tudo bem. Outro dia a gente se fala. -  digo e lhe dou um último beijo.
- Desculpas mesmo morena. Até.
E saio cantando pneu. Céus! Que ele dirija com cuidado.
Não vou negar que me incomodou sua conversa, sei que ele estava conversando com uma mulher. Mas logo espanto esse pensamento, afinal não temos nada e nem vamos ter.
Subo sem muito animo e preparada para ficar na cama o dia todo. Quando encontro Ashley dormindo no meu sofá com a mesma roupa de ontem. Estranho... Ela tinha ficado na companhia do peguete dela.
Decido não acorda-la e sigo meu caminho até o quarto em silêncio e vou direto para o banho. Após um relaxante banho, me permito cair na cama...
Quando abro meus olhos, vejo alguém pulando ao meu lado... E percebo que é a minha querida amiga,  que logo não vai ser tão querida assim se não deixar eu dormi mas um pouco.
- Acorda Iza. Tem encomenda pra você.. Anda logo!
- Ta já vou... Espera só mais cinco minutos.
- Não! Tem que ser agora...anda por favor.
Tratei de levantar aquela chata,  não ia me deixar em paz. Quando chego na sala... Tomo um susto.
- O que é isso? 


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Demorei né. Desculpe!
Opiniões?
Kisses, se you later

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