Belas Surpresas

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Izadora

Eu queria muito acreditar que o que eu estava vendo era apenas uma mentira. Apenas um engano da minha querida,  tudo bem não tão querida assim,  secretária.
Mas não! Como nada em minha vida é perfeito, o que quer dizer que, quase nada dá certo. Aconteceu isso.

Céus! Eu estou perdida... Perdida vai ser meu segundo nome pronto!

Engulo seco, e admiro o belíssimo homem de terno à minha frente. Se o achava bonito,  e extremamente gostoso, de roupa informal... De terno ele é ainda melhor!
Depois de questionar o motivo de ele estar ali. Respondo: - Você é o Senhor Brown? - digo receosa. Mas já convicta do que ele vai me falar.

- Sim. E ao que me parece você, minha deusa, é a Senhora Garcia.

Vê-lo me observar daquela forma,  estava me deixando inquieta mas, eu não podia demonstrar isso. Aqui no meu ambiente de trabalho não!
Apesar de ter me excitado muito ouvi-lo me chamar de Senhora Garcia, devo manter a compostura.

E prossigo: - Bom, Aqui não sou deusa,  muito menos a sua. Você veio aqui tratar de negócios,  e é disso que vamos falar. Sente - se por favor. -  gesticulo com minha mão, indicando a cadeira à minha frente.

- Claro! Como desejar... - sei que o maldito está usando duplo sentido. Percebo seu olhar de malícia.

E assim passamos as últimas duas horas discutindo,  valores e designers. 
Por estar tratando ele de modo polido e profissional, ele para de gracinhas,  mas vez ou outra solta uma piadinha. A reunião estava indo melhor do que eu imaginava.
Continuamos mais alguns minutos conversando sobre negócios,  percebo então que ele sabe muito de sua área. E que além de tudo, está na empresa do pai por próprio mérito,  e não é mais um filhinho de papai. Graças!

Eu não o suportaria se ele fosse desta maneira, tive uma infância complicada,  e dou muito mas, muito valor mesmo as coisas que conquistei e conquisto até hoje. E sinceramente não tem espaço para alguém metido a besta na minha vida.

Daí em diante rola todo tipo de assunto. Não tenho problema em me comunicar com ele... Isso é estranho e ao mesmo tempo bom.
Convenhamos que não sou um tipo de mulher convencional,  falo tantas besteiras quanto um homem. Amo vídeo games, a única coisa de homens que não gosto, fora uma parte física que me interessa muitíssimo, é o futebol. Sério, não aguento aquilo!

Enfim, nem vemos a hora passar. Até que alguém bate a porta. E é minha secretaria, a Ellen. 

- Senhora, já é hora do almoço. Quer que eu peça algo, ou vai sair para o restaurante de sempre? - diz ela. 

Acho que tem alguém afim do mascarado. Não tão mascarado hoje. 

- Não precisa... Pode ir almoçar, eu tenho muito trabalho ainda. -  digo.

Até que Adam fala: - Aproveitando... O que acha de almoçar comigo? -  em seguida me dando um belo sorriso de lado capaz de queimar neurônios.

Fui incapaz de me recuperar rapidamente desse sorriso. Volto a atenção ao que estava falando quando ouço um estalar de dedos.

- E então? -  diz ele. 

-Bom...ahn. Não sei... tenho alguns arquivos para revisar. E... - tento não me afetar pela postura confiante que ele demonstram, mas é quase que impossível. 

Ele interrompe meus pensamentos que já estão uma bagunça o suficiente, e diz: - Por favor, Senhora Garcia. Gostaria de continuar a nossa conversa. Afinal ainda temos muitos detalhes para acertar. - E com isso ele me lança um olhar inquisidor, e me deixa encurralada.

- Tudo bem. - aceito, derrotada. Esse homem será minha ruína!

- Ótimo!

Então me dou conta que Ellen ainda esta na sala, aposto que esperava que o mascarado aceita-se a minha recusa e com isso ficasse com ela. Mas querida, sinto muito em dizer, que seus planos acabaram! Ela diz que irá reservar a mesa, mas o Senhor Brown diz não ser necessário, já que sua secretária já fez isso. O cretino, sabia que uma hora ou outra eu aceitaria! Por isso não parava de mexer no blackberry.

Enfim, arrumei minhas coisas e fomos em direção ao elevador. Percebi alguns olhares direcionados ao mascarado cretino, não posso negar, não tem como não olhar. Assim que chegamos pegamos o elevador vazio. E assim que as portas se fecham... ele me prensa na parede, aperta o botão de emergência e diz: - Vou fazer agora, o que me deu vontade desde que cheguei na sua sala...

E com isso...




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