4- "E a avó sou eu?"

20 2 0
                                    

Dillan: 25% do que ganhares na corrida.
Eu: 15 e já é muito.
Dillan: Assim tens ir tu comigo para a cama.
Eu: Então não te pago.
Dillan: Por mim tudo bem, desde que tenha anal. Amanhã vem ter comigo às 22h30 e tratamos disso.
Eu: Feito.
Fui de novo até à rua onde estavam o Mickey, o Gabe e a Polly a conversar.
Polly: Finalmente! O que é que foste fazer lá abaixo? Foder alguém?
Eu: Tem calma sua puta fui só falar com o Dillan sobre o trabalho que me deu, mais nada.
Polly: Tá.
Ela não pareceu muito convencida mas passou.
Polly: Vamos embora?
Eu: Tens pressa de lavar o carro?
Polly: Não. Mas eu tenho vida sabes?
Eu: Ai sim?
Ela lançou aquele olhar mortal de novo. Hoje toda a gente me quer matar... Aiai...
Eu: Deixa-me no shooping.
Mickey: Também posso ir? Precisava de comprar umas coisas, cheguei ontem à noite, ainda não tive tempo.
Eu: Claro, anda. Mas acho que vou mudar de roupa primeiro, estou cheia de calor.
Fomos andando até ao carro.
Eu: Tu se quiseres ficas já lá, escusas de apanhar seca à minha espera.
Mickey: Eu espero.
Ele deu-me um daqueles sorrisos de lado, entramos no carro e a Polly começou a guiar.
Eu: A serio? E a avó sou eu? Há um pedal chamado acelerador, não sei se sabes, mas serve para ACELERAR.
Polly: Chata...
Liguei o volume do radio e fomos a cantar o caminho todo. Quando chega-mos os rapazes ficaram na sala e a Polly veio comigo para o meu quarto.
Polly: O que é que vais vestir?
Eu: Sei la, uma coisa qualquer.
Polly: Uma coisa qualquer? Uma coisa qualquer. Tu não podes levar "uma coisa qualquer"! Vocês têm imensa química, tens de o imprecionar!
Eu: Sim, sim... É isso tudo, já sei.

Nisto já estava de roupa interior a escolher o que vestir. Tenho mesmo que ir ás compras. Optei por uns calções pretos, um top de alças branco e uns airmax 90 pretos. Apanhei o meu cabelo num longo rabo de cavalo, pus desodorizante, perfume. Pronta.
A Polly levantou o olhar do seu telemóvel e encarou-me.

Polly: Podia ser pior. Mas há coisas que nunca mudam.
Eu: Vamos para baixo.
Polly: De certesa que não te queres arranjar melhor?
Eu: Fine.

Pus uma pulseira e um relogio.

Eu: Agora, quer queiras quer não, fora do meu quarto.
Polly: Que rabugenta!
Eu: Sim, a minha sorte é que me amas. Andor.

Empurrei-a para fora do meu quarto, agarrei na minha mala, tranquei a porta, pus a chave ao pescoço (escondida por baixo da roupa) e, finalmente, desci.

A Polly tinha ido não sei para onde e encontrei o Mickey a olhar para o dia de ontem com o comando na mão e o jogo na pausa.

Eu: Então?
Mickey: O Gabe foi à wc.
Eu: Bexiga de bebé.

Sentei me ao lado dele e agarrei no comando disponivel, começando a jogar com ele.
Não acredito!

Eu: Ai que atrasado! Como é que ele fica uma volta e meia atrás?! Ele ao menos sabe que o objetivo da corrida é chegar á meta primeiro?

O Mickey riu-se e não respondeu.
Usei uns truques e ao fim de poucos minutos estava mesmo perto dele.
Claro que não ganhei! Faltavam me três voltas e ao Mickey faltava uma e meia! Mas so perdi por meio segundo.

Mickey: Recuperas-te bem.

Eu: Na próxima ganho eu.

Mickey: Vai sonhando.

O Gabe entrou na sala.

Gabe: Então, vamos acabar a corrida?

Eu: Aquela em que estavas a ser esmagado? Já a terminei e se não fosse o teu atraso até ganhava.

Gabe: Sim, claro.

Eu: Acabamos com uma diferença de meio segundo.

Ele ficou de boca aberta a olhar para mim, surpreendido, acho que o meu adversário me facilitou um pouco a tarefa mas não vou comentar porque assim a surpresa é maior quando o esmagar completamente no próximo jogo.

Eu: Agora, se das licença, temos planos.

Agarrei na mão do Mickey com um sorriso convencido e o nariz empinado e saimos de casa deixando o Gabe ainda de boca aberta.

Uma Ruiva ComplicadaOnde histórias criam vida. Descubra agora