Capítulo 7

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Dois dias se passaram, Harry e eu não conseguimos nos ver mais, devido meus treinos rígidos e o reforço de seguranças na Agência. Porém, trocamos mensagens e ligações o tempo inteiro.

Foram dois dias de duro treinamento, e na semana seguinte atacaríamos eles, sem pensar duas vezes. Eu estava preocupada, eu deveria avisar Harry do que aconteceria, mas eu não podia trair a Agência e o Sr. Paul.

Já era um pouco mais de sete horas da noite, eu estava sentada na minha cama, terminando de ler Cidades de Papel, a qual eu não consegui nem encostar depois que vim para Londres.

Logo recebi uma mensagem.

''O que você acha de vir jantar comigo e os meninos? xH''

''Estão planejando colocar veneno na comida? xA''

''Boba! Não mude de assunto. xH''

''Chego aí em uma hora. xA''

Ele não falou mais nada. E nem eu.

Fui para o banho. O rádio estava ligado em uma altura boa o bastante para se ouvir através da porta do banheiro. Tocava Chasing The Sun, da The Wanted.

Eu não era fã, mas eu estava tão animada que a música estava me contagiando.

- I'm never
I'm never down
Live forever, forever
With you around.
- cantarolei.

Coloquei meu cabelo em baixo da água e molhei-o por inteiro. Mais alguns minutos de banho e então saí.

Fui para o meu quarto, e certifiquei-me de que a porta estava fechada, em seguida peguei uma calça preta rasgada e uma blusa grande que eu havia ganhado de uma amiga. Por último calcei meu all star preto, e então sequei meus longos cabelos lisos, colocando uma touca qualquer.

Terminei de me arrumar, e quando vi já era oito e meia, da noite. Resolvi não levar meu celular, afinal Margo podia me rastrear, ela sabia que eu vinha escondendo algo.

Tranquei a porta do quarto, em seguida enchi minha cama de travesseiro e coloquei o edredom por cima. Se alguém espiasse pelo enorme buraco que tinha no trinque, pensaria que eu estaria dormindo.

Desliguei a luz e pulei a janela, o que foi meio difícil, já que havia seguranças por toda parte. Sinceramente, eu não sabia como Harry fazia aquilo.

Em seguida chamei um táxi. Ele levou uns cinco minutos para chegar.

- Me leve até essa rua, por favor. – pedi entregando-lhe um papel com o endereço.

Andamos por alguns minutos, e um pouco antes de entrarmos no beco vi que o motorista se assustou com a situação.

- A Senhorita tem certeza que deseja entrar ali? – ele perguntou.

- Ah, você pode me largar aqui. – falei já lhe entregando o dinheiro.

- Mas e a Senhora?

- Eu sei me defender, obrigada. – e então desci.

Andei até a pequena rua, onde, como sempre, estava muito mal iluminada e com muita serração. A fumaça branca e gelada me dava medo. Haviam alguns carros parados com o som muito alto que chegava ecoar no fim da rua. As pessoas que se encontravam ali estavam fumando e bebendo.

Fiquei com medo, mas assim que vi Louis sentado na calçada, me esperando, me acalmei.

- Oi princesa. – ele foi fofo.

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