Capítulo 3

1.7K 74 14
                                    

Á noite

- Nem acredito que vou sair da agência. – Margo falou enquanto penteava os cabelos loiros.

- Você só vai sair pra jantar comigo. – falei.

- Não interessa, eu estou há uns dois anos trancada nesses lugares. – revirei os olhos.

- Tente agir como uma pessoa normal na rua, por favor. – falei e então saímos.

Quando chegamos no restaurante, Margo encontro uma amiga. Deixei as duas conversando e me sentei em uma mesa mais distante, como sempre.

Em seguida duas pessoas entraram no restaurante. Levei um susto ao ver quem era. Harry estava acompanhado de um garoto com cabelos castanhos, e assim que me viu, fez sinal para o mesmo e veio em minha direção.

- Droga! – murmurei e tentei esconder o rosto.

- Eu já te vi, Anne. – ele falou e então se sentou na cadeira da frente.

- Como descobriu meu nome? – perguntei agora lhe encarando.

- Tenho minhas informações. – ele falou olhando para o outro garoto, que agora estava sentado em uma mesa nos encarando e sorrindo.

- Quem é ele? – perguntei.

- Meu parceiro, Louis. – assenti. – Não sabia que você andava tanto pela cidade.

- Eu ainda não consegui entender o seu problema. – mudei de assunto. – Você pode ser preso a qualquer momento, e dane-se se os outros descobrirem minha identidade, você não se preocupa com isso?

- Algo me diz que você não quer me prender. – ele mordeu os lábios.

Ri irônica.

- Que ótimo, me fez perder a fome de novo. – falei me levantando.

- Sério? Que coincidência, não é, gracinha?

- Para de me chamar de gracinha seu idiota, já não descobriu meu nome?

- Você fica linda irritada. – revirei os olhos.

Fiz sinal para Margo de que estava indo embora, e ela apenas assentiu. Deduzi que ela jantaria com a amiga dela, e então saí.

Harry veio atrás.

- Para de me seguir. – pedi.

- Não estou te seguindo, estou andando com você. – sorri sínica.

Percebi uma rua isolada há alguns metros dali, tinha apenas dois postes com luzes fracas e algumas casas fechadas com madeira. Comecei a caminhar até lá.

- É um lugar perigoso aí, você não acha? – Harry começou, apenas ignorei-o. – O que você gosta de fazer além de lutar?

- Ler.

- Nunca imaginei. – ele falou sorrindo. – Eu canto.

- Sua voz deve ser linda. – ironizei.

- Quer ouvir?

- Não. – falei seco e deduzi que já podia atacá-lo.

- Você é sempre mal-humorada assim, ou é por que está afim de mim? – ri.

- Você é muito otário mesmo. – e então virei-me para traz e lhe atingi no rosto.

Ele cambaleou para traz e caiu. Vi uma das suas bochechas ficarem vermelha.

Missão ImpossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora